PARÓQUIA DE SANTO ANTÓNIO DO ESTORIL
A Paróquia de Santo António do Estoril pertence à Vigararia V da Diocese de Lisboa. O Estoril fica situado a 25km de Lisboa e é considerado um local privilegiado para o turismo, conhecido pelas suas praias, o famoso Casino e outros atractivos.
Estoril – Praia do Tamariz
Igreja Paroquial de Santo António do Estoril
A história da Igreja de Santo António começa em 1527, com uma pequena ermida de madeira dedicada a São Roque, com um altar a Santo António colocado junto à entrada, no lugar de “Casal Estoril”. O terreno onde se erguia esta ermida foi depois doado, no século XVI, à Ordem de São Francisco. Com pedras retiradas de um antigo convento, os frades recém-instalados iniciaram a construção de um novo templo, ao qual foi anexado um pequeno eremitério e uma oficina artística. Nessa altura, a Igreja era composta por três naves: no altar-mor estava uma imagem de Nossa Senhora da Boa Nova e nos dois restantes encontravam-se imagens de São Domingos e São Francisco.
Quase completamente destruída pelo terramoto de 1755, a Igreja conheceu no século XVIII grandes transformações. As obras começaram em 1756 e foram extraordinariamente rápidas, havendo notícia de em 1758, pouco mais de dois anos após o seu início, se terem já concluído os trabalhos de reconstrução do altar, com a sua actual talha dourada. A fachada foi reconstruída integralmente em pedraria, onde se inseriram três janelas, encimada por uma imagem de Santo António colocada num pequeno nicho, tal como hoje ainda encontramos.
Em 1834, quando foram extintas as ordens religiosas, o convento foi vendido em hasta pública, tendo-se edificado nos terrenos anexos um prédio que era alugado em época estival aos utilizadores de Santo António do Estoril. Em 1916 a igreja foi entregue à irmandade de Santo António do Estoril.
Mas a história desta igreja não termina aqui, uma vez que em 1927 um incêndio destruiu o remodelado templo seiscentista. A luta travada pelos bombeiros das várias corporações presentes contra o fogo permitiu a recuperação de grande parte do património, incluindo azulejos e objectos de culto. De entre todas as grandes figuras da região que participaram no combate a este fogo, conta-se a de um chefe bombeiro que, num acto de grande heroicismo, e debaixo de grandes perigos, conseguiu abrir o sacrário e salvar o Santíssimo Sacramento. Em 1929, na cerimónia de início de funcionamento da nova Paróquia do Estoril, encontramos o templo com o seu aspecto actual, espécie de bastião da memória de um Estoril de outros tempos.
in “A Igreja de Santo António do Estoril – Um Bastião de Memória no Estoril”, Paróquia do Estoril 1998