Um dia feliz
Pode-se organizar a festa, não a alegria
- 14-02-2020
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A festa é parte integrante da alegria. Pode-se organizar a
festa, não a alegria.
Friedrich Nietzsche dizia: «a habilidade não está em
organizar uma festa, mas em trazer pessoas capazes de proporcionar alegria».
Assim como Paulo qualifica a alegria como fruto do Espírito
Santo, do mesmo modo também João, no seu Evangelho, uniu intimamente o Espírito
e a alegria. O Espírito dá-nos a alegria. Ele é a alegria.
A alegria é o dom no qual todos os outros dons estão. É a
expressão da felicidade, do estar em harmonia consigo mesmos, algo que só pode
derivar de estar em harmonia com Deus e com a sua criação.
Faz parte da natureza da alegria o irradiar-se, ter de
comunicar-se.
Que a alegria esteja sempre viva em nós e, depois, que se
irradie no mundo nas suas tribulações.
Chega de tristeza!
Ninguém precisa de ficar triste, porque o Senhor nos cumula
de esperança:
"Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se
alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza transformar-se-á em
alegria" (Jo 16,20).
A tristeza não pode ter a última palavra nas nossas vidas; ao
contrário, precisamos de nos alegrar em Deus, mesmo no meio às tribulações,
porque Ele cumpre todas as suas promessas na nossa vida.
"Mas a vossa tristeza transformar-se-á em alegria".
Entrega a Jesus a tristeza, o medo, a dúvida, a insegurança,
a incredulidade, o ciúme, a inveja, a desconfiança, e toma posse da alegria do
Senhor na tua vida. Renuncia a estes sentimentos que minam as tuas forças e
paralisam as tuas acções.
"Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque Ele fez
prodígios! A sua mão e o seu braço forte e santo lhe deram a vitória" (Sl
97).
Vivamos este dia na presença de Jesus, orando em todos os
momentos:
Jesus, eu confio em Vós!
A alegria precisa de ser construída a partir das nossas
escolhas
“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!”. (Fl
4,4)
Esta Palavra é provocadora para nós, cristãos, porque num
coração triste não pode habitar Deus. A nossa alegria precisa de produzir
frutos. Seja o que for que façamos, pensemos ou falemos a respeito de Deus, se
não estivermos alegres, tudo será em vão, não produziremos frutos. Não
convenceremos as pessoas a respeito da fé, sem alegria.
“Como o Pai me ama,
assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Disse-vos estas coisas para
que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa”. (Jo
15,9.11)
Jesus revela o amor de Deus por nós para que a nossa alegria
seja completa, pois a experiência de sermos amados por Deus nos dá a garantia
de que “nem a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, nem mesmo a morte,
pode nos separar do amor de Deus”. (Rm 8,35-39)
Às vezes somos levados a pensar que quando estamos abatidos
não podemos viver na alegria, mas, numa pessoa com a vida centrada em Jesus, a
tristeza e a alegria podem conviver.
Os santos, por exemplo, ilustram bem esta verdade. Eles
passavam por grandes sofrimentos, angústias, inúmeras tribulações... Com
frequência descobrimos na sua vida alegria na tristeza.
A alegria contagia, mas também a tristeza. Há pessoas que se
alegram com pouco e contagiam a todos com este pouco; outras, ao contrário, também
por tão pouco se entristecem, se chateiam e acabam também por contagiar os que
estão à sua volta com os seus aborrecimentos.
A alegria, porém, precisa de ser construída a partir das
nossas escolhas. Alegria e tristeza não dependem só das circunstâncias da vida,
depende de como escolho encarar estas circunstâncias.
Duas pessoas podem ser vítimas dum mesmo acidente, para uma,
isso pode ser motivo de gratidão, enquanto que para outra pode representar uma
tragédia, às vezes até insuperável. As circunstâncias são as mesmas, mas a
maneira de reagir é diferente.
”Pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade
alguma”. (Eclo 30, 25)
É importante darmo-nos conta que em cada momento da nossa
vida temos a oportunidade de escolher a alegria, e assim nos tornarmos pessoas
melhores, menos amargas e ásperas. Quando optamos pela alegria, contagiamos o
ambiente à nossa volta e somos fonte de cura para os outros.