Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Temas de Formação

Seminarista: quem é e o que faz?

Seminarista:quem é e o que faz?  

Não são raras as vezes em que surgem as seguintes dúvidas: Quem é o seminarista? O que é que ele faz?

Muitos não conhecem a trajectória de um homem para chegar ao sacerdócio, e quando a descobrem, admiram-se pelo tempo de formação. Para uma melhor compreensão e uma resposta satisfatória, voltemos um pouco à história da Igreja e às reflexões elaboradas pelos recentes Papas.

Seminaristas, quem são e o que fazem

Foi a partir do Concílio de Trento (1563) que realmente foram criados os seminários nas dioceses, voltados para a formação da razão e da fé do futuro presbítero da Igreja. Antes disso, o homem que desejasse ser padre, recebia logo as ordens sacras, ajudando o bispo local. Percebe-se, então, a contribuição deste concílio e mais especificamente a sua aplicação na vida de São Carlos Borromeu, que fundou seminários e escreveu regulamentos. Posteriormente, o Concílio Vaticano II e o Código de Direito Canónico elaboraram melhor sobre como deve ser a formação do clero. Atualmente, há vários documentos que tratam do assunto, como o Decreto Optatam Totius, Pastores Dabo Vobis, Documento 93 da CNBB entre outros.

Missão na Igreja

Seminarista é aquele que recebeu um chamamento de amor de Deus e, na liberdade, Lhe responde. O Papa emérito Bento XVI, no encontro com os seminaristas nos EUA, em 2008, disse que seminaristas são “jovens que se encontram num tempo forte de busca de um relacionamento pessoal com Cristo, um encontro com Ele, na perspectiva de uma importante missão na Igreja”.

Nas residências, geralmente, seminários, que podem ser o Menor ou Maior, os seminaristas recebem formação que convergem para a unidade da pessoa. Viver no seminário é estar no tempo da descoberta de Cristo. É tempo de acolhimento e amadurecimento do dom recebido da iniciativa de Deus e não por mérito da pessoa. Tempo importante de se relacionar com Deus, que se expressa de forma significativa na oração para um correto discernimento.

A idade, a rectidão dos candidatos, a idoneidade espiritual, moral e intelectual, a saúde física e psíquica, são critérios examinados pela Igreja na aprovação daqueles que desejam ingressar no seminário. (Optatam Totius, 6).

Quatro pontos importantes aos futuros sacerdotes

De forma simples e directa, o Papa emérito Bento XVI, na carta aos seminaristas, em 2010, ressalta alguns pontos para os futuros sacerdotes:

1- O seminarista deve ser um homem de Deus (1Tm 6,11). Jesus deve ser o ponto de referência de toda a sua vida;

 2- Os sacramentos. Deve-se celebrar com íntima participação da Eucaristia. A penitência leva à humildade, e deixando-se perdoar, aprende-se a perdoar os outros. Também o Papa pede para não excluir piedade popular, porque, por meio dela, a fé entrou no coração dos homens;

 3- Estudar com empenho, porque a fé possui uma dimensão racional e intelectual. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura. Amar o estudo da teologia;

 4- Ser exemplo de homem maduro.

A formação humana, espiritual, intelectual e pastoral deve ser bem trabalhada pela equipa formativa dos seminários, mas o seminarista deve ser o primeiro interessado por ela.

Papa Francisco

O Bispo de Roma, como sempre, trabalha toda a sua reflexão em três pontos. Em 2014, disse que o seminarista deve ser fraterno, orante e missionário. A fraternidade é parte integrante do chamamento, não se pode viver individualmente. A oração deve ser um convite ao Espírito Santo, como no Cenáculo, pois d’Ele depende a construção da Igreja, o guia dos discípulos e o dom da caridade pastoral. A missão deve torná-los discípulos humildes capazes de preferência pelas pessoas marginalizadas, as das periferias. Levar as pessoas a acolherem a ternura de Cristo.

O seminarista não é um solteirão, mas um homem comprometido com o Senhor e a Sua Igreja. Não se está a preparar para receber uma profissão, mas para se configurar à imagem de Cristo, o Bom Pastor. Por fim, é preciso ter disposição, caso contrário é preciso buscar outra caminho para a santidade, pois a formação será permanente. É difícil a vida clerical, mas é bela se levada com seriedade. É admirável!

Regressar