Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Temas de Formação

Por que deves deixar de dizer palavrões… e como fazer

Os palavrões são rudes, além de psicológica e espiritualmente maus

Os palavrões estão por toda parte. É raro um dia que não escutas um. Mesmo em restaurantes e lojas, frequentemente ouvimos os clientes soltarem palavrões com total indiferença ao ambiente. O palavreado chulo em público é agora tão comum que chegou até aos programas de televisão.

Mas, qual é o dano disso; afinal, são apenas palavras. Mas, ao mesmo tempo, a maioria de nós sente que há algo errado. Sabemos que soltar palavrões não é saudável nem desejável. É um mau hábito, e uma falta de educação.

Motivos para parar

Em primeiro lugar, porque pode haver um uso legítimo para palavrões. É uma maneira de colocar uma força emocional extra numa declaração – seja para efeito ou para aliviar o estresse extremo. O problema é que a superexposição a palavrões enfraquece o seu impacto e, consequentemente, torna-o inútil. Ao mesmo tempo, a fala normal torna-se menos eficaz e produz menos impacto. Como viciados, exigimos doses cada vez maiores para registar qualquer efeito. Palavrões casuais, portanto, tornam-se cada vez menos eficazes e, ao mesmo tempo, forçam-nos a usá-los cada vez mais para tentar fazer com que as nossas palavras tenham peso.

O que nos leva a outro problema. O uso de palavrões serve para chocar o ouvinte, mas em conversas normais, isto é simplesmente rude – semelhante a gritar com a outra pessoa. A boa educação e cortesia determina que, em conversas comuns, devemos tentar fazer com que a outra pessoa se sinta razoavelmente à vontade, enquanto usar palavrões serve para deixar desconfortável a outra pessoa. Juntar os dois aspectos é algo contraditório. A única maneira pela qual uma pessoa se sentiria confortável a falar com alguém que diz palavrões o tempo todo, é ela admitir que se tornou tão insensível a ponto de tornar os palavrões sem sentido.

Hábito

Por fim, há um problema um pouco mais abstracto. É que aquilo que fazemos (incluindo o que dizemos) afecta o modo como pensamos. Os filósofos estão conscientes disso há séculos, e os neurocientistas estão a começar a aprender também. Cada vez que fazemos e dizemos algo, isso reforça certas conexões no nosso cérebro, tornando-nos mais dispostos a fazer a mesma coisa uma segunda vez, e assim por diante. Efectivamente, o nosso cérebro está a criar hábitos o tempo todo.

Estas conexões não afectam apenas uma área do cérebro, mas o todo. Quando agimos de certa forma, começamos a pensar de acordo com isso, e vice-versa. Assim, quanto mais vulgar for o nosso discurso, mais vulgar será o nosso pensamento e, consequentemente, mais vulgar será o nosso comportamento e atitude em geral.

Isto não quer dizer que há determinação extrema ligando palavras ruins a atitudes ruins. Mas quer dizer e alertar para o facto de que um mesmo processo de pensamento e atitude também encoraja o outro.

Foi-nos dito tudo nas Escrituras: “a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12, 34) e “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correcto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nestas coisas” (Filipenses 4, 8).

Em suma, dizer palavrões é algo grosseiro, psicológico e espiritualmente insalubre, e destrói até mesmo uma suposta “utilidade” eventual dos palavrões. Por todas estas razões, devemos tentar quebrar este hábito.

O problema é que é tão fácil uma palavra escapar quando o hábito do seu uso está formado, especialmente no calor do momento, que a maioria dos palavrões continua a ser usada. E uma vez lançado, não pode voltar. Como Winston Churchill disse, somos mestres das palavras não ditas, e os escravos daquelas que deixamos escapar.

Como parar

Há maneiras de se libertar do hábito de dizer palavrões. O primeiro é simplesmente praticar não dizer nada. Esta é uma habilidade bastante fácil de desenvolver: durante as conversas normais do quotidiano, basta fazer uma pausa de vez em quando antes de falar. Quando sentires vontade de maldizer algo, pára e conta até cinco antes de abrir a boca. Isto ajudará a colocar a língua sob controle (que é um hábito útil muito além de apenas evitar palavras feias).

Outra maneira muito útil, é esta: sempre que deixares escapar um palavrão, faz uma oração. Ou seja, se falhares três vezes, reza três Pai-Nossos depois de ter recuperado o domínio de ti mesmo. Isto reforçará a resolução de parar com os palavrões, assim como consagrar a tua língua a Jesus, e ficarás surpreso com a rapidez com que o hábito dos palavrões te deixará.

Portanto, vamos vigiar as nossas línguas e tentar elevar-nos acima da vulgaridade que nos cerca.


Regressar