O sexting é uma perigosa moda adolescente
Até alguns anos atrás, as cartas de amor eram os meios utilizados pelos jovens namorados para demonstrar o seu afeto. Com a evolução da tecnologia, as cartas foram substituídas pelo “sexting”, que hoje se converteu na nova forma dos jovens namorados demonstrarem o seu “carinho”, sem levar em conta as consequências que isto lhes pode ocasionar.
Além disso, há uma outra parte da juventude que usa o sexting para se divertir ou também para criar popularidade e alcançar aceitação entre os grupos.
O que é o sexting?
O termo sexting nasceu da junção das palavras “sex” (sexo) e “texting” (envio de textos) para se referir ao envio de imagens deles mesmos ou de amigos com pouca roupa ou em posições eróticas através do telemóvel, computadores ou outros dispositivos electrónicos.
Tudo surge quando os adolescentes decidem tirar fotos ou vídeos com as características descritas acima e as enviam inocentemente a um(a) jovem que querem conquistar, pois confiam que essa pessoa manterá em sigilo as imagens. No entanto, na maioria das vezes, as imagens são transmitidas de pessoa a pessoa até que se proliferam pela internet rapidamente, revelando ao mundo a intimidade de quem aparece na foto.
Segundo especialistas, as causas deste fenómeno vão desde a desatenção familiar até ao maior acesso às tecnologias sem o controle ou a orientação dos pais, situação que coloca em risco a reputação dos jovens, que muitas vezes não possuem critério ou discernimento suficiente para perceber as consequências de se enviar imagens ou vídeos da sua intimidade.
O que fazer como pais?
Algumas recomendações para orientar os filhos perante este modismo:
1) Formar a consciência dos filhos sobre a importância do seu corpo e da sua integridade em geral. Mostrar-lhes as consequências deste tipo de prática.
2) Estimular a autoestima dos filhos, pois um(a) jovem com boa autoestima não permitirá que isto aconteça com ele(a).
3) Ensinar aos filhos a importância de não partilhar ou reenviar este tipo de mensagens, caso as recebam.
4) Criar um vínculo de confiança com os filhos, de forma que eles possam comunicar abertamente com os pais, de modo que os pais sejam as primeiras pessoas contactadas no caso dos jovens precisarem de ajuda.
5) Orientar os filhos sobre o uso responsável da tecnologia e sobre os riscos a ela associados. Ao dar um telemóvel a um menor de idade, deve ser-lhe explicada a finalidade do uso, o que pode fazer e o que não pode.
6) Não simplesmente proibir o uso da tecnologia. A curiosidade, acompanhada pela restrição dos pais, leva a que os filhos busquem a informação que querem através de amigos e outras pessoas, de forma irresponsável.
7) Colocar o computador em lugares visíveis dentro da casa, como na sala, num ambiente onde os jovens possam ser supervisionados pelos adultos e não lhes seja permitido ter um local de intimidade com o computador.
A melhor maneira de cuidar da integridade dos filhos é falar com eles sobre as consequências do uso inadequado da sexualidade, tanto a curto como médio prazo e do desvirtuamento do verdadeiro sentido do amor.
A sexualidade baseada no amor e no respeito deve fazer parte da tarefa educativa da adolescência, etapa da vida onde a afetividade precisa de boa orientação. A tarefa dos pais é promover uma sexualidade baseada na dignidade da pessoa, que não é nada mais do que o respeito do próprio corpo e do corpo do outro.
O que diz a doutrina católica?
Todas estas iniciativas, de si são boas e devem ser adotadas. Mas, na realidade, só produz efetivo e duradouro resultado a formação dos filhos e dos alunos, desde a mais tenra infância, de acordo com a doutrina e a moral ensinadas pela Santa Igreja Católica e aplicadas pelos santos ao longo dos tempos.
Ou seja, a finalidade da nossa vida aqui na terra, a finalidade feliz na Pátria celeste para quem pratica as virtudes, particularmente a castidade, e os tormentos eternos no inferno para quem se entrega às paixões desordenadas e sobretudo à depravação moral. Que, para a prática da virtude, e especialmente a prática da pureza, é indispensável a oração, a devoção à Santíssima Virgem Maria e a frequência dos sacramentos.
Sem estes recursos não se obtêm os auxílios sobrenaturais indispensáveis para se manter no caminho reto e recusar os apelos e facilidades proporcionadas pela pseudo civilização neopagã dos nossos tempos.