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O que é heresia

As heresias sempre nos acompanharam desde o início da Igreja

Heresia não significa o mesmo que incredulidade, cisma, apostasia ou qualquer outro pecado contra a fé. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) define a heresia do seguinte modo:

“Incredulidade é negligenciar uma verdade revelada ou a recusa voluntária de lhe dar o próprio assentimento.

Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Baptismo, de qualquer verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou dúvida pertinaz a respeito dessa verdade; apostasia é o total repúdio da fé cristã; cisma é a recusa de sujeição ao Romano Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja sujeitos a ele” (CIC 2089).

Para ser culpada de heresia uma pessoa deve estar obstinada (incorrigível) no erro. Uma pessoa que está aberta à correcção ou que simplesmente não tem consciência de que o que está a dizer é contrário ao ensino da Igreja, não pode ser considerada como herética [herege].

A dúvida ou a negação envolvidas na heresia devem ser pós-baptismal, ou seja, ocorrer depois do Baptismo. Para ser acusada de heresia uma pessoa deve ser, antes de tudo, baptizada. Isto significa que os movimentos que surgiram da divisão do Cristianismo ou que foram influenciados por eles, mas que não administram o Baptismo ou que não baptizam validamente, não podem ser considerados heresias, mas apenas religiões separadas (exemplos incluem muçulmanos que não possuem baptismos e testemunhas de Jeová que não baptizam validamente).

E, finalmente, a dúvida ou a negação envolvidas na heresia devem estar relacionadas a uma matéria que deve ser crida com “fé católica e divina”, por outras palavras, alguma coisa que tenha sido definida solenemente pela Igreja como verdade divinamente revelada (por exemplo, a Santíssima Trindade, a Encarnação de Jesus Cristo, a Presença Real de Cristo na Eucaristia, o Sacrifício da Santa Missa, a Infalibilidade Papal, a Imaculada Conceição e a Assunção de Nossa Senhora).

As heresias sempre nos acompanharam desde o início da Igreja até aos nossos tempos actuais. Geralmente elas sempre tiveram início em membros da hierarquia da Igreja, mas eram combatidas e corrigidas pelos Concílios e Papas. Felizmente temos a promessa de Cristo de que elas [heresias] jamais prevalecerão contra a Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16,18), pois a Igreja é verdadeiramente, nas palavras do Apóstolo Paulo, “coluna e sustentáculo da verdade” (1 Timóteo 3,15).

Artigo extraído do site www.cleofas.com.br – do tema 'Grandes heresias'

 

 

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