Em "O Fracasso do Ateísmo", o padre Jesús María Silva Castignani refuta Marx, Nietzsche, Freud e outros grandes representantes do pensamento ateu e materialista.
Cinco dos mais frequentes pontos em debates e conversas são:
1º Sem religião seríamos melhores
Para o padre, o primeiro erro deste mito é "pensar que todas as religiões são iguais". "No cristianismo, uma moralidade de perdão, amor e misericórdia é proposta", acrescentando que "a alegação de que sem religião seríamos melhores não pode ser demonstrada". Pelo contrário, e isso é verificável, "ideologias ateístas tomam o bolo quando se trata de tortura, experimentos humanos e genocídio". A religião cristã, "precisamente porque tem essa tendência da natureza humana à desordem, é por isso que propõe esforço moral e virtude. É por isso que nos torna melhores e se não fosse por ela, o homem, vítima de seus piores vícios, teria feito do mundo um inferno."
2º A Religião é um falso consolo para os problemas
Na verdade, o padre afirma que a fé "não diminui os sofrimentos, mas mesmo às vezes os afia, uma vez que testam a fé e fazem duvidar da existência ou bondade de Deus. Afirmar que a fé é um falso consolo é uma posição teórica que é feita sem ter contrastado com a experiência de tantos crentes que sofreram apesar de terem fé e, muitas vezes, precisamente por causa da sua fé."
3º A Fé atrasa a civilização
Para enfrentar este mito clássico do ateísmo, o autor volta ao mundo grego para falar sobre as origens da ciência natural: "Começou a desenvolver-se num ambiente religioso e naturalmente crente, como é o caso de Pitágoras, conhecido tanto por seu teorema como pelas suas crenças místicas." Mais tarde, houve também numerosas e notáveis eminências científicas movidas pela fé, como - entre muitos outros exemplos - "a teoria do Big Bang, formulada pelo padre Lemaître e amigo de Einstein, o que torna este mito "uma afirmação totalmente duvidosa".
4º Fé e razão são incompatíveis
O erro deste mito encontra-se "ao pensar que tudo está reduzido à matéria", esquecendo que "na realidade não existe apenas o material". Se aceitarmos isso", explica Castignani, "entendemos que "deve haver uma relação entre os mundos físico e metafísico e analisar os aspectos físicos de todas as realidades, mas não os reduzir a eles. A ciência tem um campo no qual deve fazer todos os progressos possíveis, mas não pode exagerar e explicar a arte abstracta ou garantir que uma experiência religiosa seja falsa. É por isso que tantos cientistas têm sido crentes e poucos foram trazidos mais perto da fé pela ciência."
5º Fanatização da Religião
Outro mito espalhado pelo ateísmo é que a religião torna os seus seguidores fanáticos intransigentes que querem impor as suas ideias aos outros à força ou eliminá-los usando violência se eles não as partilham. Para o autor, além do facto de que esta afirmação "também não pode ser demonstrada", tem um erro de conceito: "Aquele que é fanático, é assim por causa do seu carácter, porque ele tem um transtorno, uma patologia psíquica ou uma personalidade muito radical, não porque ele é religioso".