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Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus

Hoje em dia, não é muito difícil notar quanto as coisas se têm desvalorizado. O ser humano tem dado ênfase ao prazer momentâneo, sem se preocupar se está ou não atingindo o outro, afinal, “o que interessa, o que vale é ser feliz”.

Sim, devemos viver a felicidade, mas não apenas senti-la, confundindo-a com o prazer. Infelizmente, valorizam-se as coisas e, até as pessoas são “coisificadas”. O pior é a falta de respeito por Deus, tanto por parte dos que crêem quanto por parte dos que não crêem n’Ele. O Senhor, desde o Antigo Testamento, tinha-se revelado como um Deus que se preocupa com os Seus: “Ouvi a aflição do meu povo e desci para o libertar”. Aqueles que fizeram uma experiência com Ele passaram a segui-Lo. O único Deus libertou o Seu povo e fez-lhe uma promessa de aliança. O único Deus revelou-se a Moisés; dentro dos mandamentos, ele ensina: “Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus”(cf. Êx 20,7).

O nome do Senhor é santo

É evidente, então, que o nome do Senhor é Santo, Sagrado. Assim, a Igreja ensina o que a Sagrada Escritura ensina, ou seja, não abusar do nome de Deus e, consequentemente, das coisas santas. Se devo respeito às pessoas e às suas crenças, se devo respeito à natureza, devo também respeitar o nome do Senhor. Isto serve para cristãos, não cristãos e também para aqueles que não professam fé nenhuma, pois o respeito vai além das classes económicas, partidárias e religiosas. Claro que, da parte de quem professa a fé: a exigência é maior, exige mais respeito ao nome de Deus.

É considerado uma blasfêmia tomar o nome de Deus em vão, porque fere o segundo mandamento; o Deus que se revelou também exigiu respeito “não jurarás falso” (Mt 5,33). Lógico que não se trata da lei pela lei, mas de um Deus que libertou, salvou e continua a agir; trata-se do divino, por isso, não se brinca com o nome Deus, ou não se blasfema contra Ele, pois “a blasfêmia é contrária ao respeito devido a Deus e a Seu nome. É em si um acto grave” (CIC 2148).

As pragas, ensina também o Catecismo da Igreja Católica, mesmo sem intenção de blasfemar, são um desrespeito a Deus, assim como fazer uso “mágico” do nome d’Ele. Se quisermos algo de Deus, deveremos, com temor, dirigir-nos a Ele com confiança e perseverança; não como um controle remoto que nos responde quando accionado. O juramento falso, outra falta grave, acontece quando, sob juramento, se faz uma promessa sem a intenção de a cumprir, ou se, de facto, não se cumpre, é uma falta de honra à palavra, um prejuízo pelo prometido que não foi cumprido.

Enfim, tomar o nome de Deus em vão, jurar falso, praguejar e blasfemar contra Deus, contra as coisas d’Ele, contra os santos, a Igreja, o Papa, os sacerdotes e tudo que é santo, são actos graves que ferem a comunhão com Ele. O Senhor merece respeito. Tudo o que é sagrado merece respeito. Ao mencionar o Seu Santo Nome, deve ser uma atitude de louvor, de agradecimento e pedidos, tudo com o máximo de respeito, pois trata-se do Santo e das coisas santas, das coisas de Deus, de Jesus que revelou a face misericordiosa do Pai, de Cristo que deu a vida para a nossa salvação. Trata-se de um amor tão grande que merece gratidão e respeito.

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