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Liberdade ou libertinagem?

 

Liberdade ou libertinagem?

 

Enquanto as paixões nos dominarem, não seremos livres e felizes

 

A maior aspiração do ser humano é a felicidade. E isto é consequência natural de termos sido criados à “imagem e semelhança de Deus” (cf. Gen 1,26), para participar da sua vida bem-aventurada. Deus pôs em nós uma sede infinita para que somente n’Ele ela pudesse ser saciada.

Santo Agostinho (354-430), depois de buscar a felicidade nos prazeres do mundo, na retórica, na oratória e no maniqueísmo, somente saciou o seu coração quando encontrou o Evangelho. E mais adiante, lamentou ter demorado tanto para ter descoberto a verdadeira fonte da felicidade: “Ó Jesus Cristo, amável Senhor, por que, em toda a minha vida amei, por que desejei outra coisa senão Vós?”

O Criador não quis para nós uma felicidade pequena, esta que se encontra entre as coisas do mundo: o prazer dos sentidos, o delírio das riquezas ou o fascínio do poder e do prestígio. Tudo isso é ilusão, porque o que está abaixo de nós não pode satisfazer a nossa alma. Isso é muito pouco para nós. Deus quis que a nossa felicidade fosse muito maior; quis que esta fosse Ele próprio. E isso é um grande ato de amor do Pai para connosco. O Pai sempre quer “o melhor” para o filho.

É preciso distinguir entre liberdade e libertinagem, entre ser livre e ser libertino. Liberdade – sem compromisso com a verdade e com a responsabilidade – torna-se libertinagem; e esta jamais poderá gerar a felicidade, já que vai desembocar no pecado. E “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).

Ser livre não é “fazer tudo o que eu quero”. Não. Muitas vezes, isso é loucura. A verdade é o trilho da verdadeira liberdade. Liberdade sem verdade é loucura. Será liberdade assegurar que dois mais dois são cinco? Será liberdade desrespeitar o manual do seu aparelho de TV e em vez de ligá-lo em uma tomada de 120 volts, como alerta o manual, você teimar em ligá-lo em outra de 210 volts?

Será liberdade, por exemplo, usar drogas, para se sentir livre, mesmo destruindo a vida?

Da mesma forma, será liberdade usar o sexo – sem o compromisso do casamento – apenas por prazer, mesmo sabendo que ele poderá gerar uma gravidez não desejada, um aborto, um adultério? Não. Tudo isso não é liberdade; é loucura!

A liberdade não pode ser confundida com libertinagem; posso dar socos no ar à vontade, mas até não atingir o nariz do meu irmão. Pregar a liberdade de expressão – sem respeitar os direitos dos outros – equivale à perversão intelectual e a volta à barbárie.

A liberdade de expressão não dá o direito a alguém de ofender ou ridicularizar o pai ou a mãe dos outros. Defender a liberdade absoluta de expressão é, muitas vezes, uma forma de “corporativismo doentio” de uma mídia às vezes mal formada, sem princípios éticos, que mascara a truculência e o arbítrio, e se esconde atrás de uma interpretação maldosa da lei.

A liberdade, que faz a felicidade, é alicerçada na verdade e na responsabilidade. Fora disso é loucura, libertinagem, irresponsabilidade... pecado, que vai gerar a dor, o sofrimento e as lágrimas. Não queira experimentá-la. É muito melhor aprender com o erro dos outros. Abra os olhos e tenha coragem de ver!

Experimente hoje dar a um jovem tudo o que ele quiser: dinheiro à vontade, prazer até não poder mais, e você verá que a sua “fome” de felicidade continuará insaciada. Não fosse isto verdade, não teríamos tantos jovens de famílias ricas, mas delinquentes, envolvidos com as drogas, crimes, etc. Por outro lado, vá a um mosteiro e pergunte a um monge, que abdicou de todos os prazeres do corpo e do espírito, para abraçar somente a Deus, se lhe falta algo para ser feliz. A resposta será não! Nada lhe falta para ser feliz.

A liberdade só atinge a perfeição quando está ordenada para Deus, seu bem último. Quanto mais praticar o bem e a virtude, tanto mais livre a pessoa será. Enquanto as paixões nos dominarem, não seremos livres e felizes. Enquanto o espírito do homem for escravo da sua carne e da sua sensibilidade, este ainda não será livre. Ainda viverá se arrastando pela vida.

Por exemplo, no tempo de Carnaval parece que se oficializou a prática do pecado; a liberação de todo vício e de todos os mais baixos instintos. Pobre criatura humana ferida pelo pecado original! Mergulha na lama mais fétida achando que sairá dela perfumada.

E o pior de tudo é quando as autoridades constituídas, que deveriam primar pelo bom senso, pelo pudor, pelo equilíbrio, entre outros, agem ao contrário e fomentam a imoralidade e a depravação distribuindo fartamente a “camisinha” e a “pílula do dia seguinte”, para que haja “sexo seguro”.

O cristão, que vive segundo a lei de Cristo, sabe que tudo isto é mau e aumenta o sofrimento e a escravidão da pessoa; por isso, não compactua com esta situação.

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rm 12,2).

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