Humanização nas Empresas
Vivenciar as relações no ambiente de trabalho
As empresas
buscam produtividade, e a capacidade de produção está associada ao esforço
oferecido por cada funcionário. As empresas crescem à medida que os
colaboradores também crescem interiormente. Quanto menor for a capacidade de
crescimento interior de cada um, tanto menor será a produtividade.
Como é que a espiritualidade cristã pode ajudar as companhias a serem locais de
alta produtividade gerada a partir da humanização?
Jesus Cristo
conhecia os Seus discípulos, Ele sabia o nome de cada um, conhecia a história
da vida deles. Trilhou um caminho fazendo deles não funcionários do Reino de
Deus, mas amigos que poderiam difundir, para outros cantos da Terra, a mensagem
de amor que Ele anunciava.
Claro que, numa empresa de grande porte, esta realidade de conhecer cada
colaborador é praticamente impossível de ser aplicada no dia-a-dia. Mas grandes
empresas possuem equipas responsáveis pelos diversos sectores. Por isso, o
primeiro passo é que o empresário conheça os que estão em contacto directo com
ele. Esta rede de conhecimento deve ser criada na base e estender-se de modo
mais amplo aos diversos sectores da companhia, para saber quem está ao seu
lado, as suas dificuldades, os seus limites e as suas potencialidades.
Conhecer os
dons de cada um que com ele convive directamente é o primeiro passo para uma
equipa de base, na qual o crescimento é prioridade e não meta a ser imposta.
Conhecer os que colaboram para o bom andamento da empresa é fundamental para
que a ideia principal do conhecimento interpessoal chegue a todos. Esta rede de
amor não é impossível de ser realizada; no entanto, só funcionará se for
vivenciada por todos os que acreditam na verdade dos seus princípios.
Uma rede de amor, na qual o conhecer e o acolhimento são eficazes, é fruto de
um processo nascido na verdade dos sentimentos de quem procura um modo novo de
vivenciar as relações no ambiente de trabalho. Ao buscar apenas o resultado
financeiro, a rede terminará, mais cedo ou mais, no fracasso.
O projecto inicial deve nascer da convicção de que as relações entre empresário
e colaboradores seja fruto de um processo que busque, em primeiro lugar,
superar as divisões existentes na empresa onde os funcionários não sejam vistos
apenas como meros executores de funções, e passem a ser vistos e conhecidos
como pessoas. Para o crescimento de uma empresa, o empresário terá de ter
consciência de que ele, primeiro, deverá buscar o crescimento interior. Não há
como exigir mudanças se antes elas não acontecerem, verdadeiramente, na sua
própria vida.