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Cuidado com o relativismo se te dizes Católico!

O perigo do relativismo na modernidade

Este é um assunto dos tempos que estamos a viver. Parece que estamos a entrar numa “nova era” do “cristianismo e do catolicismo,” onde tudo o que menos importa é de facto Cristo e aquilo que Ele deixou através da Santa Igreja.

 Tempos de internet, de acesso rápido a informações e por outro lado, informações superficiais espalhadas por aí, informações falsas…Tempos onde estamos a ver “especialistas” online por toda a parte. “Especialistas” em política, “especialistas” em história, em economia, em artes, em vida humana, em psicologia e em religião…

Parece que a internet, assim como as redes sociais, permitiram um tipo de democracia, – o que é bom –  mas esta democracia também acarretou que estes “especialistas” emergissem “do nada”, que era onde estavam anteriormente.

 Não sei se é mais engraçado ou triste, ver adolescentes que se dizem Católicos, que não viveram absolutamente nada da vida, que acabaram de “sair do leite materno”, colocando-se em assuntos de grandes envergaduras. Acreditando que aquela sua opinião é a verdadeira, é a correcta, é a que deve ser seguida! Aí de quem contrariá-los! Se acharão no direito de denegrir e se preciso for ofender o seu “opositor”, somente porque ele não concordou com tais ideias.

 Mas o triste mesmo é vermos um “fenómeno” acontecendo entre os cristãos: de um lado os relativistas, e de outro lado os moralistas. Realidades tão distintas que se convergem num ponto único, que é o perigo de desprezarem Cristo!

 Falemos do relativismo.

Quando falamos em relativismo, estamos a dizer de uma certa corrente de pensamento que nega a existência de uma verdade absoluta, universal ou perene sobre determinadas realidades, ficando assim à mercê do indivíduo definir aquela realidade “à sua verdade”. O indivíduo torna-se o padrão e a medida de todas as coisas que o cercam! E como o relativismo é destrutivo para o cristão!!

 Isto porque o cristão que pensa assim, cairá certamente num tipo de sofismo, que é uma linha de pensamento da Filosofia grega, que defende a subjectividade da verdade. Isto quer dizer que o homem defenderá e acreditará nalguma realidade, conforme o seu modo de a ver e a experimentar.

 Uma frase conhecida de um filósofo sofista grego chamado Protágoras, expressa bem o pensamento sofista:

“O homem é a medida de todas as coisas…”

Uma frase que se vivida realmente por algum indivíduo, logo o mesmo experimentará na sua alma uma profunda desilusão e tristeza!

Dante, na Divina Comédia, já definia o Inferno como o lugar “onde se pode o que se quer“…E ele tem razão em classificar desta forma o Inferno.

E este relativismo tem brotado nas redes sociais entre aqueles que se dizem Católicos! Estes “supostos Católicos” já não levam mais em consideração aquela tríade que constitui a base da Fé Católica, que é a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério! O que estes “supostos Católicos” fazem é exprimir a sua opinião, os seus “achismos” e ponto final!

Estes que se auto-intitulam Católicos defendem o movimento LGBT, defendendo a união homossexual e afirmando que “o que importava realmente era o amor, e que as pessoas são livres para fazer o que quiserem para serem felizes!!”

Se este é o ponto de vista da pessoa, não podemos fazer nada, porque esta é livre nas suas decisões e escolhas, naquilo que ela acha certo ou errado; porém, só não ande por aí a afirmar que se é Católico, porque não o é!

 Aquele que de facto é Católico, está OBRIGATORIAMENTE regido por leis e regras, e estas precisam de estar claras e haver na pessoa o esforço em vivê-las!

 Mas certamente virão os relativistas e questionarão: “quer dizer que tu não erras, não pecas, ou feres alguma destas regras e leis?”

É claro que nós, Católicos, não conseguimos viver na íntegra todas estas as realidades a que estamos submetidos por regra; mas existindo em nós a consciência daquela verdade apresentada, nós deveremos lutar até ao sangue para a vivenciar. E lutaremos não somente pela obrigação de a cumprir, mas lutaremos por amor! Porque sabemos que por detrás de todo o “código de conduta“, de todas as leis que a Igreja nos oferece, há uma promessa de amor e felicidade para o ser humano, e no findar da vida uma Eternidade plena com Deus!

O antídoto para este relativismo está no conhecimento e na Graça! Porque certamente alguns podem falhar por falta da compreensão de um todo que cerca a doutrina Católica, e isto é compreensível. Mas com humildade, estes ouvem as correcções, buscam a verdade, e colocam-se novamente no caminho correcto.

 O problema está nos “relativistas inveterados”, e estes sim, correm o grande risco de abandonarem Cristo e a sua Igreja. Porque engessaram os seus pensamentos, os contaminaram com o auto-referencialismo, e isto não permitirá que Cristo os possa “convencer” sobre A Verdade!

São realmente tempos maus, tempos estranhos! Tempos em que as pessoas pensam que o Catolicismo é um rótulo que pode ser aplicado a si mesmo para não se destoar muito daquelas pessoas que estão mais próximas de nós! Mas o Católico é aquele que quer configurar-se a Cristo, e isto será defendido com a própria vida se necessário for!

Se tu não tens a segurança doutrinal para abordar determinado assunto, não o faças! Estuda, lê, reza, busca a ajuda de pessoas mais experientes; só não sais dando a tua opinião por aí e depois auto-entitulando-te como Católico!

Danilo Gesualdo

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