Muitos, mesmo tendo nascido num lar cristão, só conseguem manter-se firmes, enquanto são crianças, levadas à Igreja pelos pais. Quando se tornam adolescentes, já começam a sentir-se inseguros e chegam a desviar-se, quando se tornam jovens.
É preciso saber conduzir-se em qualquer lugar, diante de quem quer que seja, sem envergonhar-se do maravilhoso nome de JESUS.
Alguns aspectos que precisam de ser considerados neste assunto.
l. TOMAR POSIÇÃO NA IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO
1.1. Como Salvo
- Nascido de novo (Jo 3.33-5);
- Regenerado: nova maneira de viver (2 Co 5.17);
- Nova maneira de pensar (Rm 12.2);
- Posição de salvo. Daniel e seus companheiros, no meio de muitos estranhos, num palácio real, não negou sua fé nem a seu Deus.
1.2. Como Discípulo
- Discípulo é aquele que segue a alguém. Somos discípulos de Jesus.
- O discípulo de Jesus tem características especiais. (Jo 13.34,35);
- O amor é a marca principal do cristão: amar a Deus, ao próximo e ATÉ aos inimigos (Mt 5.44-45).
- Tomar posição como discípulo.
1.3. Como Servo
- Servo é aquele que está disposto a servir;
- É a posição mais difícil na vida do cristão. Muitos só querem mandar, ser senhores;
- "Eu, um servo?" (Um livro recomendado);
- Jesus, Senhor e Mestre, deu-nos o exemplo (Mt 20.25-28; Jo 13.4-8; 12-15).
- É necessário tomar a posição de servo.
2. TOMAR POSIÇÃO NO TESTEMUNHO
2.1. Como Luz do Mundo
- É testemunho a ser visto pelos homens (Mt 5.14-16);
- É o testemunho em posição elevada (No velador e não debaixo da cama);
- Nós temos a luz da vida (Jo 8.12);
2.1.1. Falando de Cristo
- Sempre que tiver oportunidade (At 4.18-20);
- Falar a tempo e fora de tempo (Com sabedoria);
- É preciso ter sabedoria no falar:
. Não lançar pérolas aos porcos (Mt 7.6);
. Não perder tempo com o herege (Tt 3.10);
- Preparado para responder com mansidão (1 Pe 3.l5);
- Há cristãos que não gostam de falar de Cristo. Têm vergonha ( Lc 9.26);
2.l.2. O Testemunho na Escola
- Na escola, há grande quantidade de pessoas que se desviam da fé;
- A escola é um desafio ao testemunho, à tomada de posição: PROFESSORES, COLEGAS, MATERIALISMO, DROGAS, LIBERTINAGEM, ETC);
- Como se conduzir na escola:
. Orar antes de sair de casa;
. Ser um leitor da Bíblia;
. Não se esconder como crente;
. Não se irritar quando for criticado;
. Ser bom aluno;
. Pesquisar e ler bons livros;
2.1.3. O Testemunho no Trabalho
- Um desafio tão grande quanto o da escola;
- É importante saber conduzir-se como na escola: orar antes de ir para o trabalho, ler a Bíblia, Não se ocultar como crente, não se irritar quando for criticado,
- Especificamente, o cristão deve ter os seguintes cuidados no trabalho:
. Ser pontual e assíduo;
. Ser eficiente;
. Ter a presença de Deus. Ver o exemplo de José: "O Senhor era com ele" (Gn 39.4-4)
. Ter cuidado com "AS ARMADILHAS DO AMBIENTE": Grande parte das horas do dia passamos no trabalho. Aí, podem surgir tentações, "convites", assédios, sexo, dinheiro, ameaças de perda do emprego, etc.. José foi assediado por uma mulher ímpia no trabalho, na casa de Potifar.
2.l.4. O Testemunho no Namoro ou Noivado
- Só namorar uma pessoa crente (2 Co 6.14);
- Respeitar o "terreno dos solteiros".
- Lembrar que o nosso corpo é templo do Espírito Santo ( 1 Co 6.19-20)
- Fugir dos desejos da Mocidade (2 Tm 2.22);
- Convidar Cristo para estar presente no namoro ou noivado.
2.l.5. O Testemunho com a vida
- Como Sal da Terra
- É o testemunho silencioso: não se vê, mas se sente (Mt 5.13);
- O sal preserva, conserva e dá sabor : Não ser de mais nem de menos;
- Sal de mais: fanatismo; sal de menos: frieza, pecado, sem sabor;
- O fruto do Espírito: Temperança (vem de tempero): em tudo; no orar, estudar, jejuar, etc).
- "Assim falai e assim procedei"(Tg 2.12);
- Não devemos ser como os fariseus hipócritas;
- Grandes pregadores arruinaram os seus ministérios porque não pregaram com a vida: só com palavras!
3. OBSTÁCULOS À TOMADA DE POSIÇÃO
3.1. Receio da opinião dos outros
- O receio arma laços (Pv 29.25);
- A pessoa fica presa. Não toma posição;
- Não devemos agradar a homens quando precisamos tomar posição como crentes ( Gl 1.10).
3.2. Inveja secreta do ímpio
- Prejudica a tomada de posição;
- É preciso avaliar a situação do ímpio (Sl 9.17);
- DAVID quase se desviou (Sl 73. 17-20);
- MOISÉS preferiu sofrer a pecar (Hb 11.23-29).
3.3. Receio de perder amigos
- JESUS disse: "Quem não é comigo é contra mim" (Mt 12.30);
- Quem são os amigos de Jesus (Jo 15.14);
- Quem são os amigos do mundo (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17);
- Quem são os companheiros do crente ( Sl 119.63);
- É interessante ter amigos, mas comunhão só com os servos de Deus ( Rm 12.18);
- O MELHOR AMIGO É JESUS! Devemos tomar posição ao lado dEle.
4. COMO TOMAR POSIÇÃO SOZINHO ACERTADAMENTE
4.1. Fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10.31);
4.2. Fazer tudo em nome de Jesus, dando graças a Deus (Cl 3.17);
4.3. Fazer de todo o coração, como ao Senhor (Cl 3.23);
4.4. Fazer o que é lícito e conveniente diante de Deus (1 Co 10.23);
4.5. Não dar escândalo ao mais fraco (1 Co 8.9-13);
4.6. Não fazer em caso de dúvida (Rm 14.23);
4.7. Lembrar que vamos dar contas a Deus de todas as nossas obras (Rm 14.11,12; Ec 11.9).
4.8. Evitar a aparência do mal (1 Ts 5.22).
Qual é actualmente a doutrina da Igreja
sobre a teoria do evolucionismo?
A teoria moderna do evolucionismo remonta a 1850, ao livro “As Origens das Espécies” em que Darwin (1809-1882) defende a transformação indefinida de todas elas, mediante a selecção natural e sexual na luta pela existência.
Ao início, Darwin prescindiu, com acerto, da questão transcendental da origem do homem; mas depois, por instigação de Huxley e Haeckel (1834-1919) em novo livro publicado em 1871, “A Descendência do Homem “, passou a defender no homem a mesma transformação que defendera para os animais irracionais - dando azo a que uma questão meramente científica se transformasse numa questão filosófica e religiosa.
Daí surgiriam dois extremismos opostos: dum lado, os que advogavam um criacionismo estático: Deus teria criado directamente tudo - espécies e sub-espécies (as modificações existentes seriam apenas acidentais) interpretando a narrativa do Génesis à letra;
e do outro lado, um materialismo total, segundo o qual, tudo teria vindo a partir apenas das forças físico-químicas da Natureza, sem ser preciso recorrer a nenhuma origem ou poder extra-cósmico.
Claro que o criacionismo (a criação de todas as coisas, tal como são agora, de acordo com o relato bíblico, sem fases transformadoras) não se consegue provar cientificamente, mas, em si, não seria nenhum absurdo; ao passo que o materialismo total, ao prescindir da criação divina, cai no maior dos absurdos: a existência e a consequente evolução a partir do nada.
Um dos corifeus deste materialismo, Haeckel, chegou a afirmar que “a primeira partícula orgânica se formou por mero acaso” a partir de um coágulo ou rebento de matéria gelatinosa (originada de quê?) que se sentiu espontaneamente dotado de vida, vindo a ser o primeiro protoplasma: primeiro no reino vegetal, continuando depois no reino animal, até se chegar ao homo sapiens...
No entanto a vida, mesmo a meramente animal, supõe tais exigências de sabedoria, que é impossível explicá-la fora dum criador inteligente.
Contudo, podemos admitir, sem problema para a fé, qualquer evolução, desde que a partir dum acto criador inicial, mediante o qual Deus tenha dado à matéria as potencialidades que entendeu, menos a de dar origem à alma humana, que, racional e espiritual, está fora de qualquer evolução.
Diz o cientista de renome internacional, Francis Crick, prémio Nobel de Biologia devido à descoberta do ADN:
“Um homem honesto, armado com todo o saber hoje ao nosso alcance, deveria afirmar que a origem da vida parece ter a ver com o milagre, tantas são as condições que têm de ser reunidas para a fazer surgir” - (“Deus e a Ciência” - Ed. Notícias - p. 46). E
Jean Guitton, um dos grandes pensadores modernos, reforça:
“Tudo me leva apensar que existe, no fundo do próprio universo, uma causa da harmonia das causas,uma Inteligência” (...)
“Concluo, ao observar a assombrosa complexidade da vida, que umainteligência transcendente (no instante primordial daquilo a que chamamos a Criação) ordenou a matéria que deu origem à vida”.
BENTO XVI E A EVOLUÇÃO
Bento XVI voltou a abordar a relação entre criação e o evolucionismo, defendendo que o cosmos não é um sistema caótico, mas sim ordenado, sendo possível “ler” nas suas regras internas a presença de um Criador.
O Papa falava aos participantes da assembleia plenária da Academia Pontflcia das Ciências.
Para Bento XVI, afirmar que a criação do cosmos e o seu desenvolvimento sejam fruto da “providencial sabedoria”de um Criador não é o mesmo que dizer que a criação remonta apenas ao início da história do mundo e da vida.
O Criador “dá origem” aos seus desenvolvimentos” e “ampara-os continuamente”.
“Muitos dos nossos contemporâneos reflectem hoje sobre a origem última dos seres vivos, sobre a sua causa inicial e sobre o seu fim último, e ainda sobre o significado da história humana e do universo”.
Nesse contexto, afirmou o Papa, “surgem, naturalmente, questões relativas à relação entre a leitura científica do mundo e a leitura oferecida pela Revelação cristã. Os meus predecessores Pio XII e João Paulo II observaram que não existe nenhuma oposição entre a compreensão da criação ditada pela fé e as provas oferecidas pelas ciências empíricas”.
In Magnificat Abril de 2009