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Como ser santo nos dias de hoje?
- 28-10-2019
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Como posso ser santo nos dias de hoje?
Deus me quer santo
Já paraste para pensar que Deus, por meio do Espírito Santo, derrama a santidade sobre o Seu povo fiel, porque Ele próprio quer salvar e santificar os homens? Sim, esta é uma verdade que acontece. Portanto, podemo-nos ajudar, porque Deus não nos quer salvar sozinhos, mas quer, comunitariamente, levar em conta as nossas relações, e, assim, a santidade acontece nas coisas simples.
Não precisamos de almejar realidades grandiosas, mas podemos buscar a santidade no quotidiano da nossa vida. O Papa traz o exemplo dos pais que criam os seus filhos, nos homens e mulheres que trabalham para trazer o pão para dentro de casa, nos doentes e idosos que continuam a sorrir. Estes são “os santos ao pé da porta”. Pessoas que, nos afazeres diários, buscam realizá-los com amor. O segredo está em viver com alegria, honestidade e competência o seu trabalho, ou melhor, a sua vocação. Por isso, utiliza os momentos ordinários para viver de forma extraordinária. Assim seremos santos!
Configurado a Cristo
Alcançaremos a santidade à medida que nos formos configurando e identificando com Cristo. Esta mudança a realizará o Espírito Santo, à medida que Lhe dermos abertura, para que nos transforme. Como já aprendemos, este é o desejo de Deus: a nossa santidade. Sendo assim, o próprio Deus nos apresentará situações e pessoas para que possamos crescer em santidade.
A fuga nunca será capaz de modelar santos; pelo contrário, somente enfrentando a nós mesmos e os que vêm ao nosso encontro teremos a possibilidade de sermos transformados em pessoas melhores. Da mesma forma que o silêncio e a oração geram em nós o homem novo, o encontro com o outro dá-nos a capacidade de agirmos como novo homem.
Um dos desafios para os que querem ser santos nos dias de hoje: Não cair num ativismo nem ocupação excessiva com as coisas, esquecendo o autor das coisas nem tão pouco fugindo dos encontros e obrigações próprias de qualquer pessoa comum. O Papa Francisco exorta-nos: “Precisamos de um espírito de santidade que impregne tanto a solidão como o serviço, tanto a intimidade como a tarefa evangelizadora, para que cada instante seja expressão do amor doado sob o olhar do Senhor” (n. 31).
Cada vez mais humanos
A santidade, como já deu para perceber, realiza-se na vida, no quotidiano e nas coisas simples que cada pessoa realiza. Colocar amor naquilo que fazemos dá um sentido totalmente evangélico nos afazeres da vida. Por isso, podemo-nos lançar sem medo de sermos santos, pois nada nos será tirado, nem as forças nem a alegria, porque, afinal de contas, foi Deus quem desejou isto para nós, e esta é a nossa vocação primeira, a santidade.
Tornar-se humano nada mais é do que fazer as coisas normais do nosso dia, mas, como acima mencionado, com amor. Eis o segredo! Contudo, um amor de facto e não um amor de teorias. Um amor traduzido em actos com aqueles que estão mais próximos de nós. Comecemos por esses. Tenhamos quase a certeza de que, durante o dia, estamos rodeados de pessoas que nos são caras ao coração, e muitas dessas pessoas podemos dizer que as amamos. Eis que temos um campo repleto de pessoas para amar, e assim nos tornarmos testemunhas de uma santidade humana, sem deixar de reconhecer a graça de Deus nas nossas atitudes.
Vamos ser o que Deus quer de nós. Santos! Por assim dizer, sermos cada vez mais humanizados e solícitos com aqueles que mais necessitam. O Papa Francisco exorta: “Não tenhas medo de apontar para mais alto, de te deixares amar e libertar por Deus. Não tenhas medo de te deixares guiar pelo Espírito Santo. A santidade não te torna menos humano, porque é o encontro com a tua fragilidade e com a força da graça” (n. 34).
“[…] existe apenas uma tristeza: a de não ser santo” (León Bloy)