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Como lidar com a pressão social por estar solteiro?
- 15-07-2019
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Como lidar com a pressão social por estar solteiro?
Por que sofro por estar solteiro?
Por que é que algumas pessoas sofrem mais que outras por estar solteiras? A angústia do estado de solteiro, principalmente entre as mulheres, tem aumentado cada vez mais, sobretudo para as pessoas que estão entre os 30 anos. A potencialização deste sofrimento, depois dos 30, acontece pelo facto de a pessoa se sentir frustrada nos seus projetos.
É natural e faz parte do desenvolvimento humano este projectar, planear e sonhar. No entanto, quando a pessoa chega a esta fase da vida adulta média, que contempla entre 30 a 40 anos, pode ver-se de uma forma mais definitiva o curso da sua vida. Percebe-se já não estar no início da vida nem no fim, mas que o processo de estabilidade foi iniciado. Quando uma das dimensões da vida, neste caso a afectiva, tem uma lacuna, uma ausência, pode gerar um sofrimento maior. Tudo isto já acontece de forma natural.
Pressão social
Junto a isto, existe uma pressão imposta pela sociedade, especialmente por aqueles que estão próximos. A família começa a dizer piadinhas, os amigos começam a namorar e, por vezes, casam-se. Todos, então, perguntam: “Tu não namoras?”, “Ah! Mas tu estás muito exigente! Desse jeito, não vais namorar ninguém!”. Ou até mesmo: “Coitada(o)! Está até hoje sozinha(o)?”. E aí, aqueles que sofrem por estar solteiros têm vontade de “cavar” um buraco e entrar nele.
Para saber lidar bem com esta pressão que a sociedade impõe, é preciso, antes, compreender por que sofre, entender por que, quando ouve determinadas coisas, isto lhe causa tanto desconforto, pois sofrer pelo estado de vida em que se encontra não é algo geral. Há jovens, adultos e idosos solteiros que são felizes por estarem solteiros. A questão é individual, parte da experiência e vivência de cada um.
Conhecer-se é essencial
A nossa mente funciona como um grande arquivo, o qual, a todo momento, é acessado a partir de palavras que escutamos, situações que vivemos ou aquilo que vemos. Todas estas experiências funcionam como gatilhos, que trazem à tona um arquivo já escondido. Então, quando temos um arquivo na dimensão afectiva, que nos faz acreditar que somos ruins, que nunca vamos encontrar alguém, que vamos morrer solteiros, que ninguém nos ama, que sou indesejável, imperfeito, que vamos ficar sozinhos para sempre, a sociedade pressiona-nos a dar uma resposta. Isto dispara o gatilho em direcção a algo que gera sofrimento, por não acreditarmos que, um dia, conseguiremos encontrar alguém para ser nosso companheiro.
Acciono, então, todo o tipo de emoção desconfortável que possa ser vivida, como a ansiedade, a tristeza, angústia, desesperança, medo, solidão e desespero. Sentimentos que podem ter o poder de paralisar a vida de uma pessoa, pois ela começa a acreditar que ficará solteira para sempre! Pois como são consequência de um pensamento ruim, aumentam este pensamento, dando peso a esta emoção. O primeiro ponto é: por que sofro por estar solteiro? Que verdade existe dentro da minha cabeça sobre este assunto que me assusta tanto?
Quando tu sabes o que te causa sofrimento, é mais fácil enfrentar a pressão da sociedade, pois o sofrimento está em acreditar que, um dia, não darás esta resposta à sociedade, a qual, no fundo, tu querias dar. O solteiro está solteiro e não é solteiro; ele é uma pessoa antes de definir o seu estado de vida, seja solteiro, casado ou celibatário. Encontra-te com a tua verdade, assume-a e o sofrimento diminuirá!