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Como celebrar a Palavra quando não há sacerdote ou diácono

 

Como celebrar a Palavra quando não há um sacerdote ou diácono 

 

Orientações para a celebração da Palavra de Deus

A Eucaristia é, por excelência, a celebração do Dia do Senhor. O Catecismo da Igreja Católica prescreve: “O mandamento da Igreja determina e especifica a lei do Senhor: ‘Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da Missa’. Satisfaz o preceito de participar dela quem a assiste segundo o rito católico no próprio dia da festa ou à tarde do dia anterior” (CIC 2180). A Celebração da Palavra não deve ser confundida com a Missa.

Não confundamos nunca essas celebrações com a Eucaristia. Missa é Missa. Celebração da Palavra, mesmo com a distribuição da comunhão, não deve levar o povo a pensar que se trata do Sacrifício da Missa. É errado, por exemplo, apresentar as oferendas, rezar o Cordeiro de Deus e dar a bênção própria dos ministros ordenados.

O ideal seria que todas as comunidades pudessem participar da Missa, contudo, a realidade que vivemos não é essa. Muitas comunidades não têm acesso à Celebração Eucarística presidida por um ministro ordenado. Muitas delas encontram-se em regiões distantes que não permitem aos fiéis irem a uma igreja. O que fazer em tais casos? Qual a orientação da Igreja?

Vejamos o que diz a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia: “Promova-se a celebração da Palavra de Deus nas vigílias das festas mais solenes, em alguns dias feriais do Advento e da Quaresma e nos domingos e dias de festa, especialmente onde não houver sacerdote. Neste caso, será um diácono ou outra pessoa delegada pelo bispo a dirigir a celebração” (SC, 35.4).

O diretório diz: “Quando em alguns lugares não for possível celebrar a Missa aos domingos, veja-se primeiro se os fiéis não podem deslocar-se à Igreja de um lugar mais próximo e participar ali da celebração do mistério Eucarístico.

Quando a celebração da Missa dominical não é possível, é muito recomendada a celebração da Palavra de Deus, seguida da comunhão Eucarística. Mas, é necessário que os fiéis percebam, com clareza, que tais celebrações têm simplesmente carácter supletivo e não venham a considerá-las como a melhor solução para as actuais dificuldades ou concessão feita à comodidade.

Por isso, as celebrações dominicais, na ausência do presbítero, nunca podem realizar-se aos domingos naqueles lugares onde a Missa já foi ou vier a ser celebrada nesse dia, ou tiver sido celebrada na tarde do dia anterior, mesmo noutra língua”.

A celebração dominical na ausência do presbítero é orientada por um diácono que a preside ou, na sua falta, por um leigo designado pelo pároco.

Na Celebração da Palavra, sejam valorizados os seguintes elementos: 1) Reunião em nome do Senhor; 2) Proclamação e actualização da Palavra; 3) Acção de Graças; e 4) Envio em Missão.

Com o seguinte esquema:

1. Ritos iniciais: Saudação, acolhimento, introdução no espírito da celebração, rito penitencial. Quem preside conclui os ritos iniciais com uma oração;

 2. Leitura, Salmo e Evangelho;

 3. Partilha da Palavra de Deus;

 4. Profissão de Fé;

 5. Oração dos Fiéis;

 6. Momento de Louvor: não deve ter, de modo algum, a forma de Celebração Eucarística.

 7. Oração do Senhor – Pai Nosso;

 8. Abraço da Paz;

 9. Comunhão Eucarística: Nas comunidades onde se distribui a Comunhão durante a Celebração da Palavra, o Pão Eucarístico pode ser colocado sobre o altar antes do momento da ação de graças e do louvor, como sinal da vinda do Cristo, Pão Vivo que desceu do Céu;

 10. Ritos finais.

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