Temas de Formação
Católico, porque estás no mundo?
- 18-11-2015
- Visualizações: 149
- Imprimir
- Enviar por email
Católico, porque estás no mundo?
Amar e servir a Deus, segundo o nosso estado, sejamos pais, padres, ou profissionais, é a única razão da nossa existência e o maior motivo da nossa alegria.
Há muitos católicos que nem sequer sabem por que estão no mundo…
- Por que foi, ó meu Deus, que me pusestes no mundo?
- Para te salvar.
- E por que me quereis salvar?
- Porque te amo.
O bom Deus criou-nos e pôs-nos no mundo porque nos ama; quer salvar-nos porque nos ama… Mas, para nos salvarmos é preciso conhecermos, amarmos e servirmos a Deus.
Ó bela vida!… Como é belo, como é grande conhecer, amar e servir a Deus! Só temos que fazer isto neste mundo. Tudo o que fizermos fora disso é tempo perdido.
É preciso só agir por Deus, pôr as nossas obras nas Suas Mãos…
Devemos dizer ao acordar: “Queria trabalhar hoje por Vós, ó meu Deus! Submeter-me-ei, a tudo vindo de Vós, a tudo o que Me enviardes. Ofereço-vos em sacrifício. Mas, meu Deus, eu nada posso sem Vós; ajudai-me!”
Oh! Como no momento da morte havemos de lamentar o tempo que tivermos dado aos prazeres, às conversas inúteis, ao repouso em vez de o termos empregado na mortificação, na oração, nas boas obras, em pensar na nossa pobre miséria, em chorar os nossos pobres pecados!
É então que vemos que nada fizemos para o Céu.
Como é triste, três quartas partes dos cristãos só trabalham para satisfazer este cadáver que vai dentro em breve apodrecer na terra, ao passo que não pensam na sua pobre alma, que deve ser eternamente feliz ou desgraçada.
São falhos de espírito e de bom senso: isto faz tremer!
Eis aí, pois, o homem que se atormenta, que se agita, que faz barulho, que quer dominar sobre tudo, que se julga alguma coisa, que parece querer dizer ao sol: “Sai daí: deixa-me iluminar o mundo em teu lugar!”.
Um dia, este homem orgulhoso será reduzido quando muito a uma pitada de cinza que será arrastada de riacho em riacho, até ao mar.
Nós parecemo-nos com os montinhos de areia que o vento junta no caminho, que volteiam um momento e se desfazem imediatamente depois… Nós temos irmãos e irmãs que morreram.
Pois bem! Eles estão reduzidos a um punhado de cinza.
As pessoas do mundo dizem que é muito difícil conseguir a própria salvação. Entretanto, não há nada mais fácil:
Observar os mandamentos de Deus e da Igreja, e evitar os sete pecados capitais; ou então, se quiserdes, fazer o bem e evitar o mal; é só isto.
Os bons cristãos que trabalham em salvar a própria alma e em fazer a sua salvação estão sempre felizes e contentes;
Gozam antecipadamente da felicidade do Céu; serão felizes durante toda a eternidade.
Ao passo que os maus cristãos que se condenam são sempre para lastimar; murmuram, são tristes, são infelizes como as pedras, e sê-lo-ão durante toda a eternidade. Vedes que diferença.
Uma boa regra de conduta: só fazermos aquilo que pudermos oferecer a Deus.
Ora, não se lhe podem oferecer maledicências, calúnias, injustiças, cóleras, blasfêmias, impurezas, espetáculos, danças… Entretanto, não se faz senão isto no mundo.
Falando das danças, S. Francisco de Sales dizia “que elas são como os cogumelos; que os melhores não valem nada…”
As mães bem que dizem: “Oh! Eu velo sobre as minhas filhas”. Velam sobre o vestuário, mas não podem velar sobre o coração delas.
Aqueles que fazem dançar na sua casa sobrecarregam-se de uma responsabilidade terrível perante Deus; são responsáveis por todo o mal que se faz, pelos maus pensamentos, pelas maledicências, pelos ciúmes, pelos ódios, pelas vinganças…
Ah! Se eles compreendessem bem esta responsabilidade, nunca fariam dançar.
Tal qual como os que fazem maus escritos, maus quadros e más estátuas; são responsáveis por todo o mal que estes objetos produzirem durante o tempo que durarem…
Oh! Isto causa perturbação! Vede, meus filhos, é preciso refletir que nós temos uma alma por salvar e uma eternidade que nos aguarda.
O mundo, as riquezas, os prazeres, as honras passarão; o Céu e o Inferno jamais passarão. Tomemos, pois, cuidado.
Os santos nem todos começaram bem, mas todos acabaram bem. Nós começamos mal, pois acabemos bem, e nos iremos juntar a eles no Céu.