Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Temas de Formação

Animais que me aproximam do bem

 “Animais que me aproximam do bem”– o exemplo que Santo António Claret tirou dos animais 

O Espírito Santo diz-me: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, observa o seu proceder e dela aprende a sabedoria” (Pr 6,6). 

Desejo aprender não só da formiga, mas também do galo, do burro e do cão. 

O galo   “Quem deu inteligência ao galo?”(Job 38,36); “E nesse instante um galo cantou” (Mt 26,74). 

O galo acorda-me e eu, como Pedro, devo-me lembrar dos pecados para os chorar; 

Assim como o galo canta de dia e de noite, assim tenho de louvar a Deus a cada hora e levar os outros a fazer o mesmo. 

O galo vigia o galinheiro dia e noite. Eu devo cuidar noite e dia das almas que o Senhor me confiou.  O galo, ao perceber o menor ruído de perigo, dá alarme. Eu devo fazer o mesmo. Exortar as pessoas ao menor perigo de pecar. 

O galo defende o seu terreiro quando outro animal ou ave de rapina vem para atacar. E eu devo defender as almas que o Senhor me confiou, contra os gaviões dos vícios, erros e pecados. 

O galo é muito generoso, se encontra comida, chama as galinhas. Devo abster-me das comodidades e ser generoso e caritativo, principalmente com os mais necessitados. 

O galo, antes de cantar, agita as asas. Eu, antes de pregar, devo agitar as asas do estudo e da oração. 

O galo é muito fecundo. Eu também o devo ser, espiritualmente, a tal ponto, que possa dizer como o apóstolo Paulo: “Pelo Evangelho, eu vos gerei em Cristo” (1Cor).  

O burro 

O burro é o animal mais humilde por natureza. O seu próprio nome denota desprezo, a sua habitação, uma cocheira. A sua comida é palha e pobre os seus arreios. Também devo ser humilde, pobre na moradia, na roupa e na comida, para dar exemplo às pessoas como Jesus Cristo. Já que, pela natureza frágil, a minha tendência é para o orgulho e o poder. 

O burro é um animal muito paciente. Leva pessoas e cargas, recebe pancadas, sem se queixar. Hei-de levar com paciência a carga dos deveres e sofrer com resignação, trabalhos, perseguições e calúnias. 

Nossa Senhora serviu-se do burro para a Sua viagem na fuga para o Egito, com a perseguição de Herodes. Também me ofereço a Maria para levar o seu nome a toda a parte com prazer e alegria. Também devo meditar com devoção os santos mistérios, particularmente os dolorosos. 

Jesus usou um jumento para a sua entrada triunfal em Jerusalém. Peço a Jesus que se digne servir-se de mim para levar a toda a gente o seu triunfo sobre o mal dos pecados e com ele entrar triunfante na Glória do Pai. A Ele todo o louvor e toda a glória que lhe puder dar na minha vida missionária.  

O cão 

 “Cães mudos que não sabem ladrar” (Is 56,10). 

O cão é um animal tão fiel e constante companheiro do seu dono, que nem a pobreza nem o trabalho o separam dele. A mesma fidelidade e constância devem ligar-me ao meu Senhor Jesus Cristo e conservar-me no meu serviço. 

Direi com São Paulo: “Nem a vida, nem a morte, nem outra coisa qualquer, me pode separar do amor de Cristo” (Rm8,35). 

O cão é um animal leal. Mais obediente que um filho ou um empregado, mais dócil que uma criança. Não só faz voluntariamente o que manda o seu dono, mas olha a fisionomia do seu senhor para conhecer a sua intenção e vontade, para a cumprir sem esperar que o mandem. 

E ainda o faz com a maior prontidão e alegria e ainda corresponde aos afetos do dono, de tal maneira que é amigo dos amigos e inimigos dos estranhos ao seu dono. Eu devo possuir estas excelentes qualidades e fazê-las servir o meu Deus e Senhor. 

Farei, portanto, o que ele mandar diretamente ou por intermédio dos seus representantes. Os amigos de Deus serão meus amigos e os seus inimigos tratarei com respeito, porém sem tolerâncias. E sem contestação, deverei lutar contra os inimigos da alma, por não serem amigos de Deus. 

O cão vigia durante o dia e à noite redobra a sua vigilância. É o guarda fiel. Se suspeita das más intenções de alguém, ladra sem parar e avança, se decide. A defesa do seu dono está acima de tudo. 

Proponho vigiar-me também e estar contra os inimigos de Deus. 

O maior prazer do cão é estar e andar na presença do seu dono. Mostrar-lhe contentamento. Procurarei andar sempre, com prazer e alegria na presença do meu Deus, o querido Senhor, e assim não pecarei e serei perfeito, segundo a palavra do Senhor a Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito”(Gn 17,1).

 

Regressar