O Senhor não é
indiferente às pequenas coisas, aos detalhes, Ele mostrou-o e mostra-o
continuamente. Se bem que é verdade que sem Ele não podemos fazer nada, nem
grandes, nem pequenas coisas, com Ele podemos fazer tudo.
O Senhor quer em
primeiro lugar que façamos o que está ao nosso alcance (não sem a Sua graça) e
não o deixemos por preguiça ou qualquer desculpa, por menor que seja. Se, de
facto, a gota no oceano naturalmente é insignificante, por não dizer “nada”, é
certo que Deus com esta gota pode encher o oceano. S. José Maria Escrivá dizia:
é certo que humanamente (pela lógica da matemática) 2 + 2=4; mas fazendo as
nossas contas com Deus: a conta torna-se: 2 + 2 + Deus = 00. Portanto, mãos à
obra! Alguns exemplos:
- Oração da manhã (mesmo
que breve); oração em família.
- Ao entrar na
igreja, olhar primeiro para o Senhor (Sacrário, crucifixo…) antes de olhar para
outras coisas.
- Evitar ao máximo
conversas desnecessárias na igreja; desligar o telemóvel! Deus quer falar connosco,
mas não pelo telemóvel.
- fazer com
"arte' o sinal da cruz, as genuflexões, actos de reverência; cuidar de uma
atitude recolhida (afastar as distracções ...).
- cuidar da ordem e
limpeza do quarto (casa), da cozinha.
- manter a ordem nos
lugares de trabalho (tudo no seu lugar!).
- cumprir primeiro
os deveres antes das outras coisas do próprio gosto.
- não fazer barulho desnecessário (portas,
cadeiras...).
- nas conversas saber primeiro escutar, responder com tranquilidade.
- saudar os outros, mesmo que seja só com um sorriso.
- mostrar alguma atenção ao
outro; prestar alguma ajuda.
- agradecer, não considerar tudo como normal, mesmo que seja um
dever.
- usar das coisas com espírito
de pobreza: não comprar sem necessidade; usar com medida; não esbanjar.
São tantas pequenas coisas, que fazem a diferença, que se todos
procurarem cuidar delas com atenção e delicadeza, serão uma ajuda grande para
todos e aumentarão a alegria da convivência.
Onde houver amor, cumprem-se com facilidade os deveres (quem ama o
próximo, cumpriu a lei. Rom 13,8); onde falta amor tudo custa e 'esquece-se' de
quase tudo! Fazer tudo diante do olhar de Deus,
com o Santo Anjo. Trabalhar nos defeitos, um a um, passo por passo: como,
por exemplo, controlar o nosso mau génio.
- contar até dez antes de reagir. (Faz-nos apaziguar, e em seguida
falar ou agir mais ponderadamente).
- não nos queixarmos dos contratempos. (Sabendo relativizá-los, e
valorizá-los).
Também é bom estar 'prevenido' (estar mentalmente preparado).
Ligar ao esforço alguma intenção (p. ex.: pelas almas, pela conversão de alguém,
etc.).
- fomentar um sorriso habitual. (Esforçar-se por uma atitude
desta, não tem nada a ver com hipocrisia, com inveracidade, querer parecer o
que não é).
- procurar olhar - em primeiro lugar - para o positivo (ajuda a
vencer a tendência de criticar, julgar).
Etc... uma coisa após outra.
Como amar os 'inimigos', ou aqueles que nos irritam, que
desprezamos?
- cortar radicalmente todas as críticas, os julgamentos;
e perdoar o mal que nos tiveram feito (ou que julgamos ter
sofrido).
- tentar ver as boas qualidades dos outros.
- saber agradecer a Deus por
nos ter dado aquela pessoa como irmão, irmã; rezar por ele (a) / ver Deus no outro.
- querer o bem para ele (a) e procurar fazê-lo. Com
isto já estamos a amar aquela pessoa.