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Se os católicos naõ adoram imagens, por que adoram um objecto, a criz?

 

Se os católicos não adoram imagens, por que adoram um objecto, a cruz?

 

Em primeiro lugar, é preciso diferenciar a cruz de Cristo (a real, ainda que esteja espalhada pelo mundo inteiro em pequenas lascas) das cruzes que vemos e tocamos.

Na celebração da Sexta-Feira Santa, de facto, há um momento litúrgico em que os fiéis vão “adorar” a cruz: ajoelham-se diante dela, com uma simples inclinação de cabeça, ou a beijam. Este gesto simboliza a adoração à cruz de Jesus, na qual Ele foi pregado (Suma Teológica III, 25, 4).

O que veneramos não é o objecto, mas a verdadeira cruz de Jesus, que o objecto representa. A cruz de Jesus forma uma unidade com Ele, ao estar impregnada do seu sangue precioso. Não podemos separar Cristo da sua cruz na redenção.

É verdade que a cruz foi um instrumento de tortura, mas também é verdade que, unida ao Corpo de Cristo, ela adquire para nós uma conotação totalmente diferente. A cruz adquire um novo significado pela presença de Jesus nela.

Se não podemos separar Jesus da cruz e da obra redentora, também não podemos separar o cristão da cruz. Jesus pede-nos que carreguemos a nossa cruz, e é por isso que não se pode conceber um cristão sem cruz.

Quando a Igreja nos apresenta a cruz para veneração, o que ela nos propõe é que adoremos Jesus sofredor na sua cruz, esse mesmo Jesus no acto da sua imolação.

Adorar a cruz de Jesus é um gesto inclusive de gratidão, de agradecimento ao Senhor Jesus pelo seu amor extremo, redentor e concreto, não só a favor da humanidade em termos coletivos, mas por cada pessoa, individualmente.

A imagem da cruz, ou até as relíquias da cruz de Jesus não merecem culto por si mesmas, mas somente enquanto relacionadas a Cristo e à adoração que Ele merece de maneira absoluta.

Portanto, nenhum católico adora ou idolatra objectos. A idolatria significa que algo que não é Deus (um ídolo) toma o lugar de Deus. Os católicos só adoram o próprio Deus. A cruz remete a Deus, e é a Deus que adoramos, não a cruz em si.

O católico sabe muito bem que a idolatria é um pecado grave, pois isso significa negar o carácter único de Deus, para o atribuir a pessoas ou coisas criadas. Os católicos não fazem isso. Na idolatria, a pessoa compara (dá o mesmo peso e importância) a criatura com o seu Criador, e esta comparação, sob qualquer ponto de vista, é inaceitável.

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