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O que farias hoje, se o mundo acabasse amanhã?

O que farias hoje, se o mundo acabasse amanhã?

O fim do mundo é um assunto que preocupa muita gente e causa diversas reacções: medo, agitação, ansiedade, indiferença. Tais comportamentos podem variar de acordo com a filosofia de vida de cada pessoa, com a sua crença.
 
Os católicos, por exemplo, acreditam no fim dos tempos, que se refere à segunda vinda de Cristo, o que não significa que o mundo vai acabar.
 
Nós acreditamos que, com a segunda vinda de Cristo, haverá céus novos e terra nova, onde nós viveremos com Cristo. Fim do mundo é a morte, o fim deste mundo. Só que nós acreditamos que somos apenas peregrinos neste mundo, o nosso lugar é o céu.
 
A partir da Revelação, sabe-se que o mundo não é definitivo, o que significa que ele terá o seu fim. Porém, não se sabe quando isso vai acontecer.
 
O próprio Filho do Homem disse que nós não sabemos nem o dia e nem a hora em que isso acontecerá. Desde o início dos séculos sempre apareceram falsos profetas que anunciaram o fim do mundo e, como era de se esperar, todas essas previsões foram por água abaixo, continua a ser válido o que o Senhor disse a seus discípulos.
 
Comportamento humano diante do fim do mundo
 
Várias são as hipóteses levantadas para o fim do mundo, mas o que costuma ser comum é o comportamento do homem frente a essa possibilidade. Normalmente, as pessoas tendem a preocupar-se com o aspecto material, querendo realizar tudo o que elas não puderam fazer. O lado espiritual, por sua vez, nem sempre é contemplado.
As pessoas são fruto do tempo presente e hoje estão inseridas num mundo consumista, que põem desejos passageiros e que deixam as pessoas num ritmo frenético. Desta forma, passam a querer adquirir tudo a todo o custo.
 
Viver uma situação destas, vai causando um esvaziamento de si mesmo, uma falta de princípio de valores e deixa o homem angustiado e ansioso. Dentro do campo do comportamento humano, é o que resulta neste consumismo desenfreado.

Rompimento com os valores
 
Diante da hipótese da proximidade do fim do mundo, é possível o surgimento de desejos que a pessoa não alimentaria na sua vida, talvez por ir contra as suas crenças e comportamentos mais enraizados.
 
As pessoas vivem a partir de normas e, tomando como exemplo o campo religioso, elas adequam-se a essas regras porque desejam viver a experiência com Deus. No entanto, o mundo também provoca desejos.
 
Preparação espiritual
 
E se por um lado o fim do mundo desperta a vontade de satisfazer desejos humanos, mesmo os mais improváveis e surpreendentes, por outro coloca em questão o aspecto espiritual.
 
A partir da passagem bíblica presente em Actos dos Apóstolos (1, 4-8), vemos que a Igreja entende que Deus não quer que façamos especulações sobre quando Jesus vai voltar, principalmente no sentido de marcar datas.
 
O que a Igreja recomenda mesmo, e inclusive neste tempo do Advento se insiste, é que estejamos preparados. Assim como devemos estar preparados para a primeira vinda dele no Natal, também devemos estar preparados para a sua segunda vinda.
 
Tudo o que gera temor em relação ao futuro não é do espírito cristão, uma vez que o Senhor é o “Príncipe da Paz” e não quer gerar a má ansiedade no coração dos seus filhos.
 
Ele quer sim que nós, esperando a sua vinda gloriosa, esperando o fim deste mundo passageiro e o começo de uma nova criação, estejamos a todo o momento preparados através de uma contínua purificação e conversão para que quando Ele venha encontre em nós a imagem de seu Filho, homens e mulheres restaurados por Cristo e Ele, identificando o seu Filho em cada um de nós, nos acolherá para vivermos eternamente com Ele no céu. Esta deve ser a nossa atitude.


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