Semana Santa
Morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras
- 27-03-2024
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Este projecto divino de salvação mediante a morte do “Servo, o justo” (Is 53,11) tinha sido anunciado antecipadamente na Escritura como um mistério de redenção universal, isto é, de resgate que liberta os homens da escravidão do pecado. S. Paulo, na sua confissão de fé, que diz ter “recebido” (I Cor 15,3), professa que “Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras!”. A morte redentora de Jesus cumpre, em particular, a profecia do Servo Sofredor. Jesus mesmo apresentou o sentido da sua vida e da sua morte à luz do Servo Sofredor. Após a sua Ressurreição, ele deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús, e depois aos próprios apóstolos.
“Deus tem a iniciativa do amor redentor universal”
Ao entregar o seu Filho pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu desígnio sobre nós é um desígnio de amor benevolente que antecede a qualquer mérito nosso: “Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e enviou-nos o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados” (I Jo 4,10). “Deus demonstra seu amor para connosco pelo facto de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8).
Este amor não exclui ninguém. Jesus lembrou-o na conclusão da parábola da ovelha perdida: “Assim também, não é da vontade de vosso Pai, que estás nos céus, que um destes pequeninos se perca” (Mt 18, 14). Afirma ele “dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20, 28); este último termo não é restritivo: opõe o conjunto da humanidade à única pessoa do Redentor que se entrega para salvá-la. A Igreja, no seguimento dos apóstolos, ensina que Cristo morreu por todos os homens sem excepção: “Não há, não houve e não haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido”. Catecismo da Igreja Católica (599-601; 604-605)