Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Mês do Sagrado Coração de Jesus

Famílias, ide ao Sagrado Coração de Jesus!

Famílias, ide ao Sagrado Coração de Jesus!

 

Numa época agitada, em que nos encontramos inquietos pelo futuro do nosso lar, fica aqui uma palavra de alento: “Voltai-vos para o Sagrado Coração de Jesus, consagrai-vos a Ele inteiramente e vivei na serenidade e na confiança!”

Não há dúvida de que, se se quiser sair da crise actual, será preciso reedificar a sociedade sobre bases mais conformes com a moral de Cristo, a primeira fonte de toda a verdadeira civilização. E se se quiser conseguir tal fim, será preciso começar por fazer as famílias novamente cristãs, porque muitas se esqueceram da prática do Evangelho, da caridade que ela requer e da paz que ela traz consigo.

A família é o princípio da sociedade.  Isto o sabem bem os que, para expulsar Deus da sociedade e lançá-la na desordem, se esforçam por tirar à família o respeito e até a lembrança das leis divinas, exaltando o divórcio e a união livre, pondo obstáculos ao papel providencial confiado aos pais com respeito aos filhos, infundindo nos esposos o temor dos cansaços materiais q implica o glorioso peso de uma prole numerosa.

Contra estes perigos, então consagremo-nos ao Coração Santíssimo de Jesus.

O que faltou e ainda falta ao mundo para viver em paz é o espírito evangélico de sacrifício, e este espírito falta porque, quando a fé enfraquece, vence o egoísmo, que destrói e torna impossível a felicidade em comum. Da fé saem o temor de Deus e a piedade, que fazem pacíficos os homens; o amor ao trabalho, que conduz ao aumento das próprias riquezas materiais; a caridade, q repara assiduamente as inevitáveis brechas que as paixões humanas deixam abertas na justiça.

Todas estas virtudes supõem o espírito de sacrifício a que estamos obrigados: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24).

Mas, tanto entre os homens como entre os povos, as ambições de cada um não podem conciliar-se nunca com o bem-estar de todos. Diz S. Tiago, “Donde vêm as lutas e as contendas entre vós? Vêm das vossas paixões, que combatem nos vossos membros” (Tg 4, 1).

Para voltar a encontrar a paz, é preciso que os homens façam o que lhes pregam Jesus Cristo e a Igreja: sacrificar as próprias aspirações e desejos, porque são incompatíveis com os direitos alheios ou com o interesse colectivo. A isto os encaminha a devoção ao Sagrado Coração.

Porque, em primerio lugar, a imagem do divino Coração, rodeado de chamas, coroado de espinhos, aberto pela lança, recorda até que ponto Jesus amou os homens e se sacrificou por eles, ou seja, “até se esgotar e se consumir”. Além disso, os lamentos do Salvador pela infidelidade e ingratidão dos homens imprimem a esta devoção um carácter essencial de penitência expiatória.

Ao devoto obséquio da nossa piedade, deve estar associada uma digna satisfação pelos nossos pecados. Estes dois elementos fazem a devoção ao Sagrado Coração eminentemente apta para restabelecer a ordem violada e, com isso, para preparar e promover o retorno da paz.

Fazei, pois, deste Coração o rei da vossa casa, e assim nela estabelecereis a paz. Tanto mais porque Ele mesmo prometeu que a paz reinaria nos lares que lhe fossem consagrados.

Oh! se todos os homens escutassem este convite e esta promessa! Leão XIII e Pio XI, consagraram solenemente o mundo ao Coração de Jesus. Quantas almas, porém, ignoram ainda - e quantas até o desprezam - o manancial de graças que lhes foi aberto e lhes é tão facilmente acessível! Não sejais vós do número desses negligentes que deixam fechadas ao Rei do amor as portas do lar, da cidade, da nação, e atrasam com isto o dia em que o mundo, pacificado, voltará a ter verdadeira felicidade.

Jesus pede-vos unicamente que lhe deis sinceramente o vosso coração: esta é a verdadeira consagração. Tende coragem de a fazer, e vereis que Deus não se deixa nunca vencer em generosidade. Sejam quais forem as dificuldades que a vida vos impuser, não tereis  desalentos e tristezas que levam ao abatimento; mas tereis, um coração como o do próprio Deus. E vereis realizar-se na vossa família, na nossa pátria e na humanidade inteira, a promessa que o Senhor fez ao profeta Jeremias: “Dar-lhes-ei um coração capaz de me conhecer e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, porque de todo o coração se voltarão para mim” (Jr 24, 7).


Regressar