Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Quaresma

Quaresma: tempo de desconectar e fazer silêncio no coração

 Estamos sempre com pressa, procurando sem encontrar, sem tempo para assimilar todas as experiências que temos no dia a dia

Como vai a sua vida de oração? A Quaresma é um tempo privilegiado para procurar mais momentos de oração e de silêncio, para contemplar o Senhor na adoração, para ler a Bíblia e saborear a Palavra de Deus.

Tempo para meditar sobre a própria vida à luz de Maria, buscando discernir os caminhos que precisamos de seguir. Tempo para ler livros de espiritualidade que despertem novas perguntas em nós. Tempo para enxergar Deus na nossa vida, no silêncio, no escondimento. Tempo para fazer algum retiro e voltar o nosso olhar para o próprio coração.

Desconectar

Como é difícil desconectar, deixar as coisas um pouco de lado, parar e fazer silêncio! Estamos sempre com pressa, procurando sem encontrar, sem tempo para assimilar todas as experiências que temos. A Quaresma convida-nos a ir ao deserto, seguindo os passos de Jesus, acompanhando a sua busca.

Jesus sentiu fome no deserto. Jesus vivenciou a necessidade, a fome, a sede, a solidão. O ser humano evita sempre ter fome. Como é difícil fazer jejum quando a Igreja o propõe! Parece que é quando temos mais fome.

Na vida, buscamos satisfazer os sentidos, as necessidades, à medida em que vão surgindo. Se temos fome, comemos; se temos sede, bebemos; se precisamos de alguma coisa, compramos.

Achamos que satisfazer os desejos é o caminho da verdadeira felicidade. Como nos enganamos! Um desejo satisfeito abre a porta a outro desejo. Maior ou diferente. E assim vamos andando, num círculo interminável. Saber renunciar torna-nos mais livres e, portanto, mais capazes de ser felizes.

Renúncia

Mas como custa sofrer a fome, a sede, a renúncia! Por isso, a Quaresma adquire um tom cinza, porque sentimos que temos de renunciar e parece-nos que renunciar é perder algo importante, que não ter é ausência do que desejamos. Como podemos ser felizes renunciando?

Sempre que Deus nos pede uma renúncia, ela adquire um sentido muito verdadeiro. Ele convida-nos a preencher o nosso coração com o seu amor, com a sua vida. Mas é claro que isso dói.

O homem de hoje perdeu a imagem positiva da renúncia, que parece já não ter valor para ele. Não gostamos de sofrer necessidades, queremos tudo para “agora”, achamos que precisamos de muitas coisas. Então, já saciados, o nosso amor empobrece e a nossa personalidade enfraquece.

Estamos acostumados a ter tudo facilmente. Nesta sociedade do bem-estar, nós habituamo-nos rapidamente às coisas boas. O aburguesamento da alma é lento, mas crescente. A alma vai perdendo força, ímpeto e adormece. Vai enfraquecendo quase sem percebermos.

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