Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Quaresma

A Quaresma, preparação para a Páscoa

O mistério central da fé cristã é Jesus Cristo, que morreu por nós e nos perdoou todos os nossos pecados, e ao terceiro dia ressuscitou, abrindo-nos de par em par as portas do céu. Celebramos isto continuamente em todas as nossas celebrações. Mas, uma vez por ano celebramos com toda a solenidade.

Para nos prepararmos bem para a Páscoa, a Igreja apresenta-nos o tempo da Quaresma, que dura quarenta dias e termina com a Páscoa, que dura cinquenta dias. Estes noventa dias são um tempo privilegiado no ano litúrgico para viver mais intensamente o mistério cristão, naquilo que ele tem de configuração a Cristo, que se despojou de tudo até à morte de cruz e que foi exaltado na ressurreição, o primeiro entre os mortos.

Entremos na Quaresma. Na Quarta-feira de Cinzas, todos inclinamos a cabeça para receber as cinzas, que nos lembra a nossa condição de pó, para a qual voltaremos após a morte. As cinzas vêm-nos lembrar do que somos: somos pó puro, que desaparece. A este pó Deus abaixou-se, tomando a nossa carne, levantando-a até que seja glorificada na ressurreição. Se somos alguma coisa, é a nossa condição de filhos de Deus, chamados a ser amados por toda a eternidade.

A vaidade das nossas vidas realmente entra neste tempo sagrado da Quaresma. Acreditamos em algo, iludimo-nos com qualquer coisa, e mentimos a nós mesmos e acreditamos nas nossas mentiras. A Quaresma introduz-nos cada vez mais na verdade de quem somos e para o que estamos destinados. O referente é sempre Jesus Cristo. Ele não tinha pecado, ele sempre viveu na verdade. No entanto, Ele assumiu a nossa condição fraca e humilhou-se tornando-se obediente escravo até à morte e morte na cruz, para ser glorificado pelo Pai. Deste modo, libertou-nos da morte, da mentira e do pecado, e abriu-nos de par em par as portas do céu, da vida eterna com Deus para sempre.

A Igreja, seguindo o exemplo de Cristo, dá-nos o tom.

Ela convida-nos ao jejum. Cristo jejuou durante quarenta dias e foi tentado pelo diabo.  A Igreja convida-nos a jejuar de tantas coisas: dos nossos vícios e maus hábitos, dos nossos desperdícios num mundo que constantemente nos incita ao consumo, enquanto muitos ao nosso redor e longe de nós não têm nem o básico para sobreviver. Com o espírito aguçado pelo jejum, podemos entrar mais profundamente no mistério de Deus e ser mais solidários com os nossos irmãos e irmãs.

Ela convida-nos à oração. Vamos voltar para Deus. Ele vai-nos curar e encher os nossos corações com a alegria que não temos. Neste Ano jubilar, ele encherá de esperança os nossos corações. Encontremos tempo mais abundante para a oração diária, para um retiro durante a Quaresma, para nos desembaraçarmos das coisas deste mundo e abrirmos as nossas almas a Deus. Vamos adorar o Santíssimo Sacramento. Vamos visitar o Santíssimo Sacramento. Façamos o compromisso da reza diária do Santo Terço, da frequência do sacramento do perdão e da comunhão eucarística na Missa. Vamos voltar para Deus e Ele nos restaurará.

Ela convida-nos à esmola. Vamos soltar os nossos bolsos e ser mais generosos. Dedicar o nosso tempo aos outros, a tantas pessoas que estão sozinhas, a tantas outras que não têm possibilidade de se inserir, a quem sofre a injustiça dos outros, a quem é abusado de tantas maneiras, a migrantes que chegam à procura de uma situação melhor. Abre o teu coração para o teu irmão, não te feches, e a tua vida florescerá em frutos de justiça.

Vamos viver a Quaresma. É um tempo de graça e salvação. É tempo de Deus e dos irmãos. E assim caminharemos rumo à grande festa da Páscoa, rumo à renovação da nossa vida.

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