Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Página Mariana

PAGINA MARIANA

 

MARIA  
MARIA – Se A segues, não te desencaminhas.
Se lhe rezas, não desesperas.Se pensas nEla, não erras.
Se te ampara, não cais.
Se te protege, nada temes.
Se te guia, não te fatigas.
Se estiver a teu lado, caminhas seguro.
Ela impede que o Seu Filho nos castigue,
que o demónio nos perturbe,
que as virtudes se percam,
que os méritos desapareçam
e que a graça de Deus nos abandone.
S. Bernardo
 
AVÉ MARIA                         
Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.
 
A NOSSA SENHORA DA VIDA                        
                   
Ó Maria,
Aurora do mundo novo, mãe dos viventes,
Confíamo-Vos a causa da vida.
 
Olhai, Mãe, para o número sem fim
De crianças a quem é impedido nascer,
De pobres para quem se torna difícil viver,
De homens e mulheres
Vítimas de violência desumana,
De idosos e doentes
Assassinados pela indiferença
Ou por uma suposta compaixão.
 
Fazei com que todos aqueles
Que crêem no vosso Filho
Saibam anunciar com desassombro e amor,
Aos homens do nosso tempo,
O Evangelho da vida.
 
Alcançai-lhes a graça de o acolher
Como um dom sempre novo,
A alegria de o celebrar com gratidão
Em toda a sua existência,
E a coragem para o testemunhar
Com tenacidade,
 
A fim de construírem,
Juntamente com todos os homens
De boa vontade,
A civilização da verdade e do amor,
Para louvor e glória de Deus Criador
E amante da vida.
Ámen.
João Paulo II, in “O Evangelho da Vida”, nº105
 

 
O ANJO DO SENHOR                        
- O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Avé Maria...
- Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Avé Maria...
- E o Verbo divino se fez homem.
R. E habitou entre nós
Avé Maria...
- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a vossa graça em nossas al-mas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da Ressurreição. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor.
Amém.
Glória ao Pai... (três vezes)
                                 

Rainha dos Céus, alegrai-Vos, Aleluia. (Rezar no Tempo Pascal)                         
- Rainha dos Céus, alegrai-Vos, Aleluia.
R. Porque Aquele que trouxestes em vosso ventre, Aleluia,
- Ressuscitou como disse, Aleluia.
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia,
- Rejubilai e exultai, Virgem Maria, Aleluia,
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia.
Oremos: Senhor, que enchestes o mundo de alegria pela Ressurreição de Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, fazei que, pela intercessão da Virgem Santa Maria sua Mãe, alcancemos as alegrias da vida eterna.
Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém
- Glória ao Pai...
 
SALVÉ RAINHA                   
Salvé Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salvé.
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva, a Vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei!
E depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
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LADAINHA DE NOSSA SENHORA                                
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria – Rogai por nós.
Santa Mãe de Deus
Santa Virgem das Virgens
Mãe de Cristo
Mãe da Igreja
Mãe da divina graça
Mãe puríssima
Mãe castíssima
Mãe imaculada
Mãe amável
Mãe admirável
Mãe do bom conselho
Mãe do Criador
Mãe do Salvador
Virgem prudentíssima
Virgem venerável
Virgem louvável
Virgem poderosa
Virgem clemente
Virgem fiel
Espelho de justiça
Trono de sabedoria
Causa da nossa alegria
Vaso espiritual
Vaso honorífico
Vaso insigne de devoção
Rosa mística
Torre de David
Torre de marfim
Casa de ouro
Arca da Aliança
Porta do Céu
Estrela da manhã
Saúde dos enfermos
Refúgio dos pecadores
Consoladora dos aflitos
Auxílio dos cristãos
Rainha dos Anjos
Rainha dos Patriarcas
Rainha dos Profetas
Rainha dos Mártires
Rainha dos Confessores
Rainha das Virgens
Rainha de todos os santos
Rainha concebida sem pecado original
Rainha elevada ao Céu em corpo e alma
Rainha do Santíssimo Rosário
Rainha da família
Rainha da paz.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
-Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
-Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
Oremos: 
Senhor Deus, nós Vos pedimos, concedei-nos a nós, vossos servos, que gozemos sempre da saúde da alma e do corpo; e, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, sejamos livres dos males presentes e re-cebamos a eterna consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amem.
 
CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA                        
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova desta minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser; e porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Lembrai-Vos que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa; guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.
 
MAGNIFICAT                       
A minha alma glorifica ao Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre.
Glória ao Pai…
 
++ S. Beda Venerável, presbítero, explica assim o Magnificat:
Maria glorifica o Senhor que n’Ela actua
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Com estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o género humano.
Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e serviço de Deus e, pela observância dos mandamentos, mostra que está a pensar sempre no poder da majestade divina.
Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas em meditar no seu Criador, de quem espera a salvação eterna.
Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a sua ressonância mais perfeita ao serem proferidas pela bem-aventurada Mãe de Deus, que, por singular privilegie, amava com perfeito amor espiritual Aquele cuja concepção corporal no seu seio era a causa da sua alegria. Com razão pôde Ela exultar, mais que todos os outros santos, em Jesus, seu Salvador, porque sabia que o eterno Autor da salvação havia de nascer da sua carne com nascimento temporal, e, sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor.
Porque fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso, e santo é o seu nome. Maria nada atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d"Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma trans¬formar os seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes.
Logo acrescentou: E santo é o seu nome, para fazer notar aos que a ouviam e mesmo para ensinar a quantos viessem a conhecer as suas palavras, que, pela fé em Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação. segundo a palavra do Profeta: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. É precisamente o nome a que Maria se refere ao dizer: E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.
Por isso se introduziu na liturgia da santa Igreja o costume, belo e salutar, de cantarem todos este hino de Maria, na salmodia vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordarem assiduamente o mistério da Encarnação do Senhor, se entreguem com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirmem na verdadeira santidade. E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora de Vésperas, para que a nossa mente, fatigada e distraída ao longo do dia com pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo de descanso.
 
LEMBRAI-VOS                   
Lembrai-Vos, ó piíssima, Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa protecção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado.
Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés.
Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo.
Amém.
 
AUGUSTA RAINHA DOS ANJOS
 
Augusta Rainha dos Anjos,
Vós que recebestes de Deus
o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás,
humildemente Vos rogamos
que envieis as Legiões Celestes
para que às Vossas ordens
persigam e combatam
os demónios por toda a parte,
refreando a sua audácia
e precipitando-os no abismo.
Quem é como Deus?
Ó Bondosa e Carinhosa Mãe,
Vós sereis sempre o nosso amor
e a nossa esperança.
Ó divina Mãe, enviai os Santos Anjos
em nossa defesa,
afastando para longe de nós o cruel inimigo.
São Miguel e todos os Santos Anjos,
combatei e rogai por nós.
Amen.
 
A GRANDE PROMESSA DE MARIA                              
Os Cinco Primeiros Sábados de Desagravo ao Imaculado Coração de Maria
No dia 10 de Dezembro de 1925, a Santíssima Virgem Maria apareceu à Irmã Lúcia, em Portugal: "apareceu-lhe a Santíssima Virgem, e, ao lado, suspenso numa nuvem luminosa, um Menino. A Santíssima Virgem, pondo-lhe no ombro a mão, mostrou-lhe um Coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: 'Tem pena do Coração da tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar'.
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OS DOGMAS MARIANOS                               
"...Os Dogmas são luzes no caminho da nossa fé que o iluminam e tornam seguro.
Na verdade, se a nossa vida for recta, a nossa inteligência e o nosso coração
estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé."
(CIC 89)
A Igreja possui quatro Dogmas Marianos. Aos tempos antigos pertencem os dogmas da Maternidade Divina e da Virgindade Perpétua. Estes dois Dogmas, estreitamente ligados entre si, estão inseparavelmente unidos à fé em Cristo. Nos tempos recentes, foram definidos os Dogmas da Imaculada Conceição e da Assunção de Nossa Senhora.
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A FORÇA DA ORAÇÃO DIÁRIA DO TERÇO
Um dia uma estudante disse que há um mês atrás o pai tinha entrado no seu quarto para lhe comunicar que a mãe e ele se iam divorciar. Ela e o seu irmão combinaram então encontrar-se rodos os dias na cave para rezar o Terço por intenção dos pais.
Uma semana depois, ela contou que o pai tinha ido de novo ao seu quarto para lhe dizer que já não haveria divórcio; e na semana seguinte disse-me que o pai tinha ido à Missa com a família pela primeira vez em dez anos! Na outra semana disse-me que a sua vida de família era a mais feliz do que nunca.
Tudo pelo facto de ela e o seu irmão terem começado a rezar o Terço todas as noites e de terem posto toda a família sob a protecção de Nossa Senhora.
  
                                 
É errado usar o Terço ao pescoço?
         É comum ouvirmos a pergunta se é errado ou não usar o Terço ao pescoço. Muita gente com um aparente zelo pelo Terço, pela devoção e pelo seu bom uso, condena o uso deste santo objeto devocional no pescoço. Dizem eles que o Terço foi feito para se rezar e não para se usar como enfeite. Por um lado até está certo dizer isto, pois que adianta trazer ao pescoço as “bolinhas”, se depois elas não estão nas nossas mãos, e as Ave-Marias nos nossos lábios? Só que nós não conhecemos o coração de ninguém, ou seja, somente Deus que é omnisciente, omnipresente e omnipotente é que sabe se a determinada hora do dia aquela pessoa que traz o Terço ao pescoço o reza ou não.
         Para analisarmos se é errado ou não, devemos ir por um caminho que só a pessoa que o usa poderá responder: qual a intenção de coração? Se o uso do Terço no pescoço for para honrar a Santíssima Virgem Maria, para mostrar que devemos recorrer ao Terço, aí não é pecado. Mas se o uso for apenas por moda, vaidade, reduzindo o Santo Terço a um simples acessório para colocar no pescoço por pura vaidade, aí já é errado e até pecado.
Isto vale também para quem coloca o Terço no retrovisor do carro. É errado? Será que quem coloca o Terço no retrovisor quer honrar a Santíssima Virgem, ou está a querer usar o Terço como amuleto para dar sorte, evitar acidentes, etc.? Tanto é que há pessoas que têm o Terço pendurado juntamente com um amuleto, uma bola. Juntam o sagrado com o profano! Uma santa devoção com algo pagão.
         O problema não é propriamente o uso do Terço ao pescoço, mas a intenção. O livro “O Segredo do Terço” escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort cita outros santos, como o Beato Alano, fala até mesmo da importância de se usar o Terço ao pescoço:
 “O Bem-aventurado Alano disse que um homem tinha tentado todos os tipos de devoções para se ver livre de um espírito maligno que o possuía, mas sem sucesso. Um dia pensou em usar o Terço em volta do pescoço, o que veio a aliviá-lo consideravelmente. Ele descobriu que sempre que tirava o Terço, o demónio o atormentava cruelmente, então ele resolveu usá-lo dia e noite. Isto fez com que o espírito maligno se afastasse para sempre, porque ele não podia suportar tão terrível corrente. O Bem-Aventurado Alano também testemunhou que ele tinha libertado grande número de pessoas que estavam possessas simplesmente colocando-lhes o Terço em volta de pescoço.” Então, usar o Terço ao pescoço, com devoção, e não com superstição ou como bijuteria, ajuda nas tentações e é uma grande arma contra satanás, ainda mais se não apenas usar o Terço, mas rezar o Terço. Usar o Terço ao pescoço é um escudo contra os dardos inflamados do inferno.
         Um caso citado por São Luís no “O Segredo do Terço”, mas no caso a pessoa não usava o Terço no pescoço, mas na cintura: “Nossa Senhora abençoa não somente aqueles que propagam o Terço, mas ela recompensa copiosamente os que com o seu exemplo atraem os demais a esta devoção. Alfonso, Rei de León e da Galícia, desejando que todos os seus servos honrassem a Santíssima Virgem rezando o Terço, colocava um grande Terço no seu cinto e usava-o sempre, mas infelizmente nunca o rezava. Contudo, o facto de usá-lo, motivava a toda a corte a rezá-lo devotamente. Um dia o rei adoeceu gravemente e quando creram que estava para morrer, ele caiu em êxtase, viu-se a si mesmo perante o trono do julgamento de Nosso SENHOR. Muitos diabos estavam lá a acusá-lo de todos os pecados que tinha cometido e Nosso SENHOR como Juiz Soberano já estava para condená-lo ao Inferno, quando Nossa Senhora apareceu a interceder por ele. Ele pediu uma balança e colocou os seus pecados num dos pratos. No outro prato Nossa Senhora colocou o Terço que ele sempre levava na cintura, juntamente com todos os Terços que foram rezados por causa do seu exemplo. Viu-se que os Terços pesaram mais do que os seus pecados. Ao olhá-lo com grande benignidade, Nossa Senhora disse: ‘Como recompensa por esta pequena honra que me fizeste em usar o meu Terço, eu obtive uma grande graça do meu FILHO. A tua vida será prolongada por mais alguns anos. Vive-os sabiamente, e faz penitência’. Quando o Rei recobrou a sua consciência, exclamou: ‘Bendito seja o Terço da Santíssima Virgem Maria, pelo qual fui liberto da condenação eterna!’ Após recuperar a saúde, passou o resto da sua vida a propagar a devoção do Santo Terço e rezou-o fielmente todos os dias.”
Portanto, se a intenção de usar o Terço ao pescoço, no braço, na cintura, até no retrovisor do carro, for para fazer a Virgem Maria honrada, amada e conhecida, não há problema. Vimos neste caso que apesar do rei não o rezar, só por usar na cintura, deu um bom exemplo, fazendo com que o povo rezasse o Terço. Isto foi agradável a Nossa Senhora. No entanto, não achemos que basta usar o Terço ao pescoço, ou mesmo a medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças, o escapulário, etc., sem mudar de vida, achando que vamos entrar no Céu porque acabamos de ver como nossa Mãe é Misericórdia. Não abusemos da Misericórdia de Deus e de Nossa Senhora. Se persistirmos no pecado, mesmo com consciência, e usarmos das devoções como desculpa para o pecado, estaremos a cometer um pecado de presunção, um pecado contra o Espírito Santo.
No exemplo que São Luis Maria de Montfort nos deu, mostra-nos que a graça que Nossa Senhora deu ao rei foi de ser prolongada a sua vida aqui na terra, para que ele fizesse penitência, e não somente usasse o Terço na cintura, mas que rezasse também. E São Luís diz que ele rezou o Terço TODOS OS DIAS. Talvez Nossa Senhora já tenha livrado da morte muitos de nós, porque trazemos junto ao nosso corpo um Terço, uma medalha, ou um escapulário; talvez Ela tenha prolongado os nossos dias, e esteja à espera que emendemos de vida, que passemos a rezar o Terço diário. S. Tiago vai dizer “sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos.” (Tiago 1,22) – Ou seja, fazendo uma analogia, podemos também dizer: Sejam devotos do Terço rezando, e não apenas levando-o; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos. É que muitos caem em pecado por fraqueza, por ignorância, por não saberem a verdade; agora se nós sabemos a verdade, sabemos que temos que mudar de vida, não podemos levar o Terço sem rezá-lo. Seria muita ingratidão para Aquela que já tantas vezes nos livrou da morte repentina e de termos ido para o inferno.
O problema também está no mundo de hoje. Hoje querem tirar tudo quanto é exterior. Não devemos retirar o uso exterior do Terço por causa dos escrúpulos ou mesmo de alguns abusos de outras pessoas. Onde estão as casas com quadros do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria? Diz São Luís: muitas vezes só caímos em pecado porque não temos nenhum sinal. Ora, se quem usa o Terço ao pescoço vive em pecado mortal, imagine se ele perdesse toda a devoção e arrancasse logo de uma vez... Estaria perdido, pois como em algum momento ele se lembraria de Deus e deixaria o arrependimento entrar no seu coração e procurar um padre para se confessar? Muito cuidado com as condenações, pois nós não conhecemos o coração. Diz São Pio X: “quando não está inteiramente apagada a chama da fé, ainda resta a esperança de que se elimine a corrupção dos costumes; mas, quando à depravação se junta a ignorância da fé, já não resta lugar a remédio, e permanece aberto o caminho da ruína”. A devoção à Santíssima Virgem, em muitos casos, é esta última fagulha da fé. E se a apagarmos, dizendo para os pobres ignorantes que não se deve usar o Terço ao pescoço sem rezá-lo, ele se esquecerá de Deus e de Nossa Senhora por completo, e então estará tudo perdido.
Há pessoas que têm uma devoção a Nossa Senhora, mas que não sabem rezar o terço. A pessoa foi ensinada a tudo, menos a rezar. E então, nós devemos aproveitar e evangelizar essas pessoas, e ensiná-las a rezar. Devemos ir rezar nas suas casas, fazer panfletos ensinando a rezar. Se nós deixarmos a pequena chama que ainda se tem de devoção a Nossa Senhora se apagar, a coisa só tende a piorar.
Que bela missão a nossa se formos propagar o Terço pelo Portugal e pelo mundo. Vamos distribuir Terços, ensinar a rezar, distribuir medalhas milagrosas de Nossa Senhora das Graças, escapulários... Enfim, vamos sair do comodismo de criticar quem usa o Terço, e vamos rezar o Terço para que quem usa tais objetos devocionais se possa converter. Vamos evangelizar. Vamos sair do comodismo maldito que vem das mais profundezas do inferno. Clamemos por um novo vigor, que o Espírito nos ilumine, que nos dê essa graça, de no ventre da Virgem Maria, sejamos gerados novos homens e mulheres propagadores do Terço. Sim, queremos participar deste novo Cenáculo.
Se queres usar o Terço para honrar a Virgem Maria, usa-o sem medo. Não tenhamos medo de sermos chamados fanáticos, loucos, se é por amor à Nossa Mãe não há problema. Honremos Nossa Senhora. Levemos o mundo todo a amar e a honrar à Virgem Maria.
 “Os hereges, todos os que são filhos do mal e claramente possuem selo de reprovação de DEUS, têm horror à Ave Maria. Eles ainda rezam o PAI Nosso, mas nunca a Ave Maria; eles prefeririam colocar uma cobra venenosa em volta dos seus pescoços do que um Escapulário ou um Terço.” (São Luís Maria Grignion de Montfort)
  
  
  
 Na gruta de Lurdes
Jeanne foi acometida por mais de 7 doenças, todas de uma só vez.
Ela ficou DEZ ANOS internada em estado grave num hospital. Não comia, não se levantava e sofria muito, sentia tantas dores que precisava de tomar morfina todos os dias.
A febre nunca baixava. Vivia com 39 graus. O médico que cuidava de Jeanne deu um parecer sobre o seu estado de saúde e concluiu: toda a esperança parece estar perdida.
Ninguém mais acreditava que Jeanne recuperaria. Parecia mesmo um caso perdido. Ela deveria esperar a morte chegar.
Foi então que tudo mudou de uma hora para a outra: a família de Jeanne, numa última tentativa de salvá-la, resolveu levar a enferma à gruta de Lourdes, na França.
Quando chegaram, levaram Jeanne à Santa Missa, e o padre quase se recusou a dar-lhe a comunhão, porque ela não parava de vomitar. Mas, após a Santa Missa, Jeanne foi levada, finalmente, à gruta.
Eis o que ela mesma relatou sobre os momentos em que esteve na gruta onde Nossa Senhora de Lourdes:
"Após a missa, levaram-me à gruta, sempre na maca. Chegando ali, ao cabo de alguns minutos, tive a impressão que uma pessoa me amparava sob as axilas para me ajudar a sentar.
E vi-me sentada. Virei-me para ver quem me tinha auxiliado, mas não vi ninguém. E sentei-me, tive a sensação de que as mesmas mãos que me tinham ajudado a sentar seguravam as minhas para colocá-las sobre a minha barriga.
Perguntei a mim mesma o que me estava a acontecer: se estava curada ou a sai de um sonho. Notei que o       meu ventre tinha voltado ao normal. E então senti uma fome fora do comum."
Naquele mesmo dia, Jeanne voltou a ANDAR. Depois de 10 anos de tratamentos intensos, dos mais avançados.
...Jeanne podia comer, andar, falar. ESTAVA CURADA.
 

SOB A TUA MISERICÓRDIA NOS REFUGIÁMOS                      
"Sob a Tua misericórdia nos refugiamos, Mãe de Deus! Não deixes de considerar as nossas súplicas em nossas dificuldades, mas livra-nos do perigo, única casta e bendita!"
(Papiro egipiciano do ano 200 d.C)
  
O Rosário, doce vínculo que me liga à Mãe do Céu, deve deslizar entre os meus dedos diariamente. Esforçar-me-ei por compreender a sua riqueza e valor em ordem à minha formação e apostolado mariano.
 
Necessidade de me formar na devoção mariana
Na formação dos Apóstolos interferem principalmente três pessoas.
Jesus, o divino Mestre, chama-os um por um, instruindo-os na sua doutrina e no seu amor, tornando-os participantes do seu sacerdócio, fazendo-os ministros do seu Evangelho, do seu perdão, do seu divino Corpo e Sangue.
O Espírito Santo, difundido no Cenáculo, comunica-lhes uma perfeita compreensão e o complemento da mensagem messiânica, renovando-os com vigor sobrenatural para darem testemunho de Jesus até ao sangue.
A Virgem Santíssima, Rainha dos Apóstolos, a quem Jesus os confia do alto da Cruz, é a sua terna Mãe, e Mestra, e Guia.
Afim de me formar frutuosamente para a santidade e para o apostolado, também eu preciso de me aproximar de Jesus com a mais sólida devoção, para que Ele seja o meu modelo e o meu santificador, uma vez que sem Ele nada se pode concluir (Jo., 15, 5), e que, por outro lado, tudo posso Naquele que me conforta. (Fil. 4, 13).
Devo, ademais, ser devoto e dócil ao Espírito de Jesus que está em mim, como altíssimo dom de Deus, para ser meu consolador, minha luz e minha força.
Enfim, é-me indispensável uma verdadeira e frutuosa devoção à SS. Virgem, inseparável de Jesus e do Espírito Santo em todo o trabalho espiritual e na vida de todo o cenáculo.
Falando da correspondência à vocação, S. João Bosco afirma: «Relativamente à vocação, a Virgem Santíssima ajuda muito, e quando, sozinho, pouco se faria, com o auxílio de Nossa Senhora consegue-se muito. Já conheci vocações duvidosas ou inteiramente erradas que, com a intercessão da Virgem Maria, entraram no seu lugar». (XII, 578).
E o abade Chautard acrescenta: «Todo o apóstolo construirá na areia, se não lançar como fundamento do seu apostolado uma verdadeira devoção à Virgem Maria».
Uma autêntica devoção para convosco, ó minha boa Mãe, é, portanto, um tesouro insubstituível que preciso de alcançar nos anos da minha formação, para dele me servir durante toda a minha vida.
Não uma devoção falsa e ilusória, causa de acídia espiritual, de presunção e de condenação; mas sim uma devoção real, e por conseguinte frutuosa. Ofereço-me, pois, à vossa escola, ó Rainha dos Apóstolos, e repito-Vos com S. João Berkmans: «Eu não descansarei, enquanto não alcançar uma verdadeira, fervorosa e frutuosa devoção para convosco».


NOSSA SENHORA, PADROEIRA DA BOA MORTE                                   
Um poeta formulava os seguintes votos a uma criança de pouca idade:
Naquele formoso dia
Em que nesta vida entravas,
Enquanto a gente sorria,
Só tu, crianças, choravas...
 
Deus queira, então, que ao ver chegar a morte,
Quando chorarem todos, já sem sp'rança.
Só tu fiques sorrindo à tua sorte,
Num reflexo da Bem-Aventurança!


 
PRINCIPAIS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA                        
NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA – (8 de Setembro)
Para desfrutar a fecunda e santa alegria da festa de hoje, que nos lembra a dádiva da Virgem Maria à terra, e que ao mesmo tempo anuncia o júbilo que inundou os Bem-Aventurados quando Ela foi presenteada ao Céu, na sua Assunção gloriosa, meditarei;
/ - Como a Natividade da Virgem Maria se dá na graça e no contentamento;
II - Como o meu nascimento se deu na culpa e na tristeza;
III - Os valores divinos e a alegria do meu renascimento baptismal,
O Senhor, concedei aos vossos servos o dom da graça celeste, a fim de que a festa da Natividade da Virgem Maria assinale um aumento de paz naqueles a quem a sua maternidade sorriu com os alvores da redenção.
A Natividade da Virgem Maria sucede na graça e no contentamento
Festejando a Natividade da Virgem Maria, a liturgia católica exulta nestas expressões: «O vosso nascimento, ó Santa Mãe de Deus, veio dar alegria ao mundo inteiro!».
Somente de três pessoas se festeja a natividade litúrgica: de S. João Baptista, da Virgem Maria e de Jesus Cristo, João Baptista, com efeito, foi santificado no seio materno, e consequentemente veio à luz em santidade e justiça.
A Virgem Maria não só foi santificada no seio ma¬terno, senão que foi concebida imune do pecado original e cheia de graça desde o primeiro instante da sua existência. O seu nascimento, por isso, dá-se nos esplendores da graça e das complacências divinas. É a primeira haste imaculada que rebenta do tronco envene¬nado da humanidade pecadora. Dela despontará brevemente o Salvador do mundo, que virá reconciliar a humanidade com Deus, reintegrando-a na posse dos bens perdidos pelo pecado.
Todo o mundo, por conseguinte, tem razão de exultar e de saudar a sua mais excelsa Benfeitora, que vem ressalvar o erro de Eva e comunicar ao mundo o Emanuel, fonte e princípio de todo o bem.
Com mais força de razão se celebrará, em 25 de Dezembro, o nascimento temporal do Menino Jesus, Salvador do mundo e cumulado de todos os dons sobrenaturais desde o primeiro instante da sua existência humana. Com efeito «as virtudes, os dons e os carismas que enobrecem a sociedade cristã, todos resplandecem na sua Cabeça, Jesus Cristo. Aprouve a Deus Pai que Nele habitasse toda a plenitude. (Col., 1, 19), Aformoseiam-No aqueles dons sobrenaturais que acompanham a união hipostática, por isso que o Espírito Santo habita Nele com tal plenitude de graça que impossível se torna concebê-la maior. Foi-Lhe conferido todo o poder sobre toda a carne (Jo., 17, 2); Nele culminam copiosamente todos os tesouros da sabedoria e da ciência. (Col., 2, 3). E a mesma visão beatífica subsiste Nele de tal modo que tanto na amplitude como na claridade supera indizivelmente o conhecimento beatífico de todos os Santos do Céu. Enfim, Ele é tão superabundante de graça e de verdade, que todos nós partilhamos da sua inexaurível riqueza. (Jo., 1, 14-16)». (Pio XII, Ene. Mystici Corporis).
A Virgem Maria é a aurora deste sublime Sol de Justiça, e o júbilo da sua Natividade prenuncia os júbilos do Natal de Jesus.
A íntima razão desta alegria é a sua intemerata inocência, que A faz quinhoar nos infinitos gozos de Deus: ao passo que o pecado ê a morte de todo o júbilo.
Ô Rainha da Glória, renovai em mim a vossa Natividade, mediante a devoção e a imitação das vossas virtudes, e também eu serei participante na divina alegria que Vos inunda. Conservai em mim esta alegria, preservando-me de toda a culpa, e dai-me que a possa comunicar a muitas almas, ensinando-as a viver em graça.

                                 
SÚPLICA À SANTÍSSIMA VIRGEM
 Dá-me os teus olhos, ó Mãe,
Para saber olhar;
Se olho com teus olhos,
Jamais poderei pecar.
 
Dá-me os teus lábios, ó Mãe,
Para poder rezar;
Se rezo comos teus lábios,
Jesus me escutará.
 
Dá-me a tua língua, ó Mãe,
Para ir comungar;
É a tua língua patena,
Para graças alcançar.
 
Dá-me as tuas mãos, ó Mãe,
Pois quero trabalhar;
Então o meu trabalho,
Uma eternidade valerá.
 
Dá-me o teu manto, ó Mãe,
Para a minha maldade cobrir;
Coberto com o teu manto,
ao Céu eu hei-de ir.
 
Dá-me o teu Céu, ó Mãe,
Para poder gozar;
Se Tu me dás o Céu,
Que mais posso eu desejar?
 
Dá-me Jesus, ó Mãe,
Para poder amar;
Se O tenho,
Sempre feliz hei-de ficar.
 
OS SANTOS FALAM DA VIRGEM MARIA                                   
São Cirilo do Alexandria
"Tesouro digno de ser venerado por todo o círculo"
"Saudamos, Maria, Mãe de Deus, tesouro digno de ser venerado por todo o círculo, lâmpada inextinguível, coroa da virgindade, trono da recta doutrina, templo indestrutível, lugar próprio daquele que não pode ser contido em lugar algum, mãe e virgem, por quem é chamado bendito nos santos evangelhos o que vem em nome do Senhor.
Saudamos a ti, que encerrou no seu seio virginal Aquele que é imenso e inacabável; a ti, por quem a Santa Trindade é adorada e glorificada; por quem a cruz preciosa é celebrada e adorada em todo o círculo; por quem exulta o céu; por quem se alegram os anjos e arcanjos; por quem são postos em fuga os demónios; por quem a criatura, queda no pecado, é elevada ao céu; por quem toda a criação, sujeita à insensatez da idolatria, chega ao conhecimento da verdade; por quem os crentes obtêm a graça do baptismo e o óleo da alegria; por quem foram fundamentadas as Igrejas em todo o círculo da terra; por quem todos os homens são chamados à conversão.
Quem haverá que seja capaz de cantar como é devido os louvores de Maria? Ela é mãe e virgem de uma vez; que coisa tão admirável! Quem ouviu jamais dizer que esteja proibido ao construtor habitar no templo que ele construiu?
Hoje todo mundo se alegra; queira Deus que adoremos a unidade, que rendamos culto de santo temor à Trindade indivisa, ao celebrar com os nossos louvores a Maria, sempre Virgem, templo santo de Deus."
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ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA                                 
Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, ou Nossa Senhora da Medalha Milagrosa teve duas aparições no ano de 1830.
Na primeira delas, no dia 18 de Julho, escolhe sua mensageira, Santa Catarina Labouré, religiosa, das Filhas da Caridade, em Paris. Orando num altar, Catarina ouve o conselho da sua Mãe Santíssima:
“Vinde aos pés deste altar: aqui as graças serão derramadas sobre todas as pessoas que as pedirem com confiança. Elas serão derramadas sobre os grandes e os pequenos”.
Nesse mesmo ano, em 27 de Novembro, Nossa Senhora aparece no mesmo altar àquela irmã. Nesta data Catarina recebe o encargo de propagar a devoção à medalha milagrosa que a própria Virgem Maria estabeleceu.
…As mãos da Senhora, carregadas das graças sugeridas pelos raios, abaixaram-se e estenderam-se como se vê na medalha, e a vidente ouviu: “Estes raios, são símbolos das graças que eu derramo sobre aqueles que as suplicam. Fazei cunhar uma medalha com a minha figura de um lado, e do outro, o M do meu nome, encimado por uma cruz, tendo em baixo dois corações, um coroado de espinhos e o outro, atravessado por uma lança. Todos os que a usarem com fé, receberão grandes graças. Catarina, foi ao seu confessor, e contou-lhe tudo…”
  
Súplica a Nossa Senhora das Graças: 
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa das nossas inúmeras culpas, acercamo-nos dos vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem das nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmarmos sempre como verdadeiros cristãos. Amém
Oração Final: 
Santíssima Virgem, eu creio e confesso a vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, pela vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me do vosso amado filho a humildade, a caridade, a obediência, a pureza de coração, de corpo e de espírito, a perseverança na prática do bem, a castidade, uma santa vida e uma boa morte. Amém.
  
A NOSSA SENHORA DA GRAÇA
«Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!» Tu és bendita entre todas as mulheres! Bem-aventurada Tu que creste! O Todo-Poderoso fez por Ti maravilhas! A maravilha da tua maternidade divina! A maravilha da tua imaculada Conceição! A maravilha do teu «sim»! Tu foste associada intimamente a todas as obras da nossa Redenção, associada à Cruz do nosso Salvador; o teu coração foi trespassado, ao lado do Seu Coração. E agora, na glória de teu Filho, Tu não cessas de interceder por nós, pobres pecadores. Tu velas pela Igreja, de que és a Mãe. Tu velas sobre cada um dos teus filhos. Tu obténs de Deus, para nós, todas essas graças que simbolizam os raios de luz que irradiam das tuas mãos abertas. Com a única condição de que tenhamos a ousadia de t'as pedir, que nos aproximemos de Ti com a confiança, e a simplicidade de uma criança. E é assim que Tu nos conduzes a Teu Filho Jesus.
João Paulo II na Capela da Medalha Milagrosa - Paris - Maio de 1980
 
Testemunho pessoal:
Eu tinha catorze anos de idade, quando comecei a sentir um cansaço e dores no peito, quase não conseguia respirar. Fui levado pela minha mãe a um bom médico que logo diagnosticou que estava com um problema no pulmão, que envolvia também o coração. Ele pediu para que internasse o menino e indicou um pneumologista, que disse: é um quadro de pericardite com derramamento da água da pleura no coração. O caso era sério e fiquei internado uma semana no hospital, fiz uma punção, que nunca vou esquecer pelo tamanho da agulha e pela dor, pensei que ia morrer. Melhorei, mas fui internado novamente com uma recaída, quando recebi pela mão da minha mãe uma medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças, e que foi colocada no pijama do hospital. Muitas vezes durante o dia eu beijava-a e rezava: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! A partir da intervenção de Nossa Senhora das Graças melhorei e nunca mais tive nada no pulmão.
“Todas as pessoas que usarem a Medalha receberão grandes graças”.
 
FELIZES OS QUE REZAM O TERÇO                                
Felizes aqueles que rezam o terço: em família, em grupos, durante os seus trajectos, ou em qualquer momento disponível.
O Santo Rosário permite-nos percorrer os grandes momentos da obra salvífica de Cristo, acompanhados por nossa Mãe Maria, de quem tomamos o exemplo de "guardar todas estas coisas no coração".
"Além de ter como centro os Mistérios de Cristo, em conexão com a Trindade Santa e a vida de Nossa Senhora, o Rosário torna presentes as circunstâncias da nossa existência: alegrias, esperanças, angústias, inspirações, bem como dores e decepções."
O Rosário é "composto de quatro blocos de Mistérios, conforme o acréscimo, feito pelo Papa João Paulo II, com a edição da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae".
MISTÉRIOS GOZOSOS – "Os Mistérios da Esperança, também chamados Mistérios Gozosos, abrem o Rosário com o anúncio da Encarnação de Jesus, profetizada durante milhares de anos, ao longo da Antiga Aliança: 'Céus, gotejem lá de cima, e as nuvens chovam a justiça; que a terra se abra e produza a salvação, e junto com ela brote a justiça' (Is 45,8)".
Logo depois de Nossa Senhora ter concebido, por obra do Espírito Santo, a presença de Jesus suscita nela o impulso de visitar a sua prima Isabel". Esta "saúda-a, com devoção, como 'Mãe do meu Senhor'".
Medita-se, em seguida, sobre "a grande alegria da noite de Natal, porque nasceu para nós um Salvador, como fora anunciado aos pastores. E essa alegria transmite-se a todos os lares em que reine a paz". Já a respeito da apresentação de Jesus no templo, "naquele oferecimento ao Pai, cumpriu-se a profecia do Salmo: 'Eis que venho para fazer a vossa vontade, meu Deus. É o que me agrada' (Sl 39[40],8-9)".
MISTÉRIOS DOLOROSOS – Destacando os Mistérios Dolorosos, eles «meditam sobre a tristeza, a angústia, o sofrimento e a própria morte, realidades presentes na vida de cada ser humano. Sobre tudo isto o Rosário projecta a luz da Páscoa de Cristo". Na agonia do Horto das Oliveiras, no caminho do Calvário e na Cruz "está o nosso Irmão e Salvador, Aquele que nos amou primeiro, quando éramos ainda pecadores, e que continua a amar-nos (cf. Rm 5,8)".
MISTÉRIOS LUMINOSOS – Os próximos Mistérios, foram acrescentados por iniciativa do Papa João Paulo II - os Mistérios da Luz. "Eles espargem a luz de Cristo sobre as áreas da nossa vida que ainda se encontram em trevas".
"Contempla-se Jesus a ser baptizado; em Caná da Galileia vamos encontrar Nossa Senhora, a ajudar um neo-casal em dificuldades".
"Nos nossos dias, a família é um dos maiores problemas". "Mas Nossa Senhora está presente, atenta e cuidadosa, basta que a invoquemos".
Encontra-se ainda "Cristo a pregar o Evangelho, depois de quase 30 anos de silêncio, em Nazaré. Diante do Mistério da exaltação no Monte Tabor – Cristo que se transfigura – aprendemos a descobrir o seu Rosto nos nossos irmãos e irmãs, tantas vezes sofredores, angustiados, desanimados, desfigurados".
Chega-se então à Última Ceia, na qual Jesus institui a Eucaristia. «Neste Mistério devemos, sempre, deter-nos com especial atenção, porque a Eucaristia é Cristo presente, vivo e glorioso».
MISTÉRIOS GLORIOSOS – Fortalecidos pela Eucaristia, "podemos viver o presente com os olhos voltados para o nosso fim último, que contemplamos nos Mistérios Gloriosos". Estes apontam para nosso destino escatológico, que iremos enfrentar com a morte.
"Mas, como afirma São Paulo: 'Nem a morte, nem a vida, nem qualquer outra criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor' (Rm 8,38-39)".
"No momento final, é que mais precisamos da força de Cristo. Ele foi para o Céu para nos preparar um lugar, como Ele próprio afirmou. E para lá nos conduzirá, para que desfrutemos da contemplação da sua Face, na companhia de Maria, nossa Mãe, e da multidão dos santos e santas que nos antecederam e nos esperam".
 
ORAÇÃO DA NOITE
Maria, foste jovem como nós. Hoje vimos, Mãe da nossa juventude, pedir-Te coisas para nós: Não permitas que caiamos em falsas liberdades que só nos impedem de viver de cabeça erguida; não permitas que nos deixemos envenenar pelo egoísmo que nos cega aos outros e mata a solidariedade; não permitas que busquemos na vida apenas o prazer recusando todo o esforço por uma sociedade melhor.
Maria, foste jovem como nós. Ajuda-nos a crescer numa fé mais pessoal, a formar comunidades vivas e a empenhar-nos na nova criação. Maria, contigo daremos um sentido novo à nossa juventude.
 
Datas marianas a recordar                             
1 DE JANEIRO – Santa Maria Mãe de Deus
Dia mundial da paz. A mais antiga festa mariana era celebrada a 26 de Dezembro já no decurso do século V em Bizâncio como «memória da Genetriz de Deus». Em Roma é mudada para o 1.º de Janeiro, oitava do Natal, com o nome de Natalis Sanctae Mariae. O dia da Paz foi instituído por Paulo VI, em 1968.
2 DE FEVEREIRO – Apresentação do Senhor
A festa deriva de uma tradição do século IV e é introduzida na Igreja de Roma durante o século VII com o título Purificatio Sanctae Mariae (Purificação de Maria). O uso das velas acesas (candelária) parece que se deve atribuir a motivos contingentes: a procissão desde o Foro Romano até Santa Maria Maior realizava-se, de facto, de noite.
11 DE FEVEREIRO – Nossa Senhora de Lourdes
Nossa Senhora aparece dezoito vezes (de 11 de Fevereiro a 16 de Julho de 1858) a Bernardette Soubirous na gruta de Massabiele (Lourdes). A memória foi introduzida no calendário romano por Pio X, em 1907.
25 DE MARÇO – Anunciação do Senhor 
Foi introduzida em Roma por monges bizantinos no século VII e assumiu o título de «Anunciação de Maria». A data, que recai nove meses antes do Natal, exprime a referência ao nascimento do Salvador: celebra por isso mesmo o Verbo que Se torna «Filho de Maria» e a Virgem que Se torna «Mãe de Deus».
13 DE MAIO – Nossa Senhora de Fátima 
No ano de 1917, quando o mundo se debatia ainda nas violências e atrocidades da guerra, a Virgem Maria apareceu seis vezes em Fátima a três Pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco. Por meio deles, a Santa Mãe de Deus recomendou insistentemente aos homens a firmeza da fé e o espírito de oração, penitência e reparação. O culto de Nossa Senhora de Fátima, depois de ter sido aprovado pelo Bispo da diocese de Leiria e, mais tarde, confirmado pela Autoridade Apostólica, foi especialmente honrado com a peregrinação do Papa Paulo VI ao local das aparições no ano de 1967, e de João Paulo II no ano de 1982.
24 DE MAIO – Maria Auxiliadora dos Cristãos
No emaranhado suceder-se dos acontecimentos humanos, o povo cristão muitas vezes experimentou na sua história o auxílio concreto da Virgem Maria, sobretudo nos momentos particularmente difíceis da vida da Igreja. Daí nasceu o costume de invocar a Mãe de Deus também com o título de "Auxiliadora dos Cristãos". A data da festa foi fixada em 24 de Maio, porque foi neste dia que o Papa Pio VII, milagrosamente libertado da prisão, voltou para Roma, em 1814.
31 DE MAIO – Visitação de Nossa Senhora
Os Franciscanos, em 1263, introduziram esta festa fixando-a em 2 de Julho.
Bonifácio IX, em 1401, inseriu-a no calendário da Igreja universal. O novo ordenamento litúrgico colocou-a no lugar da festa de Maria Rainha, antecipando-a à solenidade que comemora o nascimento de João Baptista.
16 DE JULHO – Nossa Senhora do Carmo 
Foram os Carmelitas (surgidos durante o século XII no monte Carmelo, na Palestina) que introduziram nos finais do século XIV esta memória, depois acolhida, em 1726, no calendário romano.
5 DE AGOSTO – Dedicação da Basílica de Santa Maior
O Papa Libério (352-366) mandou construir uma basílica na colina Esquilino, em Roma; o Papa Sisto III, depois do concílio de Éfeso (431) que definiu a maternidade divina de Maria, dedicou-a à Virgem. A basílica de Santa Maria Maior é o mais importante templo mariano do Ocidente.
15 DE AGOSTO – Assunção da Virgem Santa Maria 
Esta solenidade deriva de uma liturgia local de Jerusalém, ligada a uma igreja em que se pensava que estivesse a sepultura de Maria. No século VI foi introduzida na liturgia bizantina e, um século depois, em Roma. A definição dogmática da assunção corpórea de Maria ao céu foi proclamada em 1950.
22 DE AGOSTO – Virgem Santa Maria, Rainha
Introduzida por Pio XII, em 1954, celebra-se a 31 de Maio. Depois foi transferida para a antiga oitava da Assunção.
8 DE SETEMBRO – Natividade da Virgem Santa Maria
A origem desta festa deve procurar-se no Oriente, onde se celebrava desde o século V a dedicação de uma igreja da natividade de Maria. Em Roma foi introduzida juntamente com a Apresentação do Senhor, a Anunciação e a Assunção, no século VII.
15 DE SETEMBRO – Nossa Senhora das Dores
A devoção às sete dores de Maria, surgida na Idade Média, deu origem a esta memória, que foi posteriormente difundida pelos Servos de Maria e alargada a toda a Igreja por Pio VII, em 1814.
Colocada logo a seguir à festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de Setembro), recorda a presença de Maria aos pés da Cruz.
7 DE OUTUBRO – Nossa Senhora do Rosário
Foi introduzida por Pio V em acção de graças pela vitória contra os turcos na batalha naval de Lepanto (7 de Outubro de 1571), e tornou-se festividade da Igreja universal, em 1716, por obra de Clemente XI.
21 DE NOVEMBRO – Apresentação da Virgem Santa Maria 
A festa era celebrada em todo o império bizantino em recordação da «ida de Maria ao templo», acontecimento de que fala o proto-evangelho de Tiago. A origem apócrifa desta festa retardou a sua extensão no Ocidente, onde começou a ser celebrada em Avinhão, no tempo do Papa Gregório IX, em 1373. Sisto V, em 1585, inseriu-a definitivamente no calendário romano.
8 DE DEZEMBRO – Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria
A primeira testemunha de uma festa da «conceição de Santa Ana, mãe da Genetriz de Deus», que se celebrava em Bizâncio a 9 de Dezembro, é o hinógrafo André de Creta, falecido em 740. Tendo chegado ao Ocidente, já no século IX era celebrada a 8 de Dezembro. Foi inserida no calendário romano por decisão de Sisto IV, em 1476. Em 1854 Pio IX proclamou o dogma da Conceição Imaculada da Bem-Aventurada Virgem Maria.
                                 
O TERÇO E O ANGELUS
Acho admirável o Rosário que desfiamos assim como se desfolha uma rosa, pétala por pétala. O Rosário está ao alcance do pobre e do rico, do sábio e do ignorante. O embalar das Ave-Marias, semelhante às ondas do mar, permite que todos tenham acesso aos sublimes momentos de contemplação.
Gosto muito do Ângelus, também. Nos nossos campos, antigamente, três vezes ao dia, os sinos tocavam, convidando o operário, o lavrador, o intelectual a interromper, por alguns segundos, o que estavam a fazer, erguendo-se acima dos negócios, dos assuntos do mundo, para se lembrar, do grande Negócio da história: a Encarnação, Deus feito homem. E a origem deste portento está no "Sim" de Maria.
 
O Terço                                  
O Terço era a terça parte do Rosário; agora é a quarta parte porque o Papa João Paulo II acrescentou mais um Terço ao Rosário, contemplando os mistérios “Luminosos” da Vida Pùblica de Jesus. Em cada terço contemplamos uma etapa da vida de Jesus e o mistério da nossa Salvação; por isso, o Terço é mais uma oração centrada em Cristo do que em Maria. Nossa Senhora reza conosco o Terço, contemplando também ela os mistérios da nossa salvação e intercedendo por nós. Por isso, é muito importante contemplar cada mistério do Terço.
O Terço é uma das devoções mais queridas de Nossa Senhora
Aparecendo em Fátima, ela pediu aos pastorzinhos: "Rezai o TERÇO todos os dias".
Oferecimento do Terço:
 Divino Jesus, nós Vos oferecemos este terço que vamos rezar, meditando nos mistérios da nossa redenção. Concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, as virtudes que nos são necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção. Oferecemos, particularmente, em desagravo dos pecados cometido contra o Santíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, pela paz do mundo, pela converção dos pecadores, pelas almas do Purgatório, pelas intenções do Santo Padre, pelo aumento e santificação do Clero, pela santificação das famílias, pelas Missões, pelos doentes, pelos agonizantes, por aqueles que pediram as nossas orações, por todas as nossas intenções particulares e por Portugal.
Mistérios Gozosos (segunda e quinta-feiras)
1 - No primeiro mistério contemplemos a Anunciação do Arcanjo São Gabriel a Nossa Senhora.
2 - No segundo mistério contemplemos a Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.
3 - No terceiro mistério contemplemos o Nascimento do Menino Jesus em Belém.
4 - No quarto mistério contemplemos a Apresentação do Menino Jesus no templo e a Purificação de Nossa Senhora.
5 - No quinto mistério contemplemos a Perda e o Encontro do Menino Jesus no templo.
Mistérios Dolorosos (terças e sextas-feiras )
1 - No primeiro mistério contemplemos a Agonia de Cristo Nosso Senhor, quando suou sangue no Horto.
2 - No segundo mistério contemplemos a Flagelação de Jesus Cristo atado à coluna.
3 - No terceiro mistério contemplemos a Coroação de espinho de Nosso Senhor.
4 - No quarto mistério contemplemos Jesus Cristo carregando a Cruz para o Calvário.
5 - No quinto mistério contemplemos a Crucificação e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Mistérios Gloriosos (quartas, sábados e domingos)
1 - No primeiro mistério contemplemos a Ressurreição de Cristo Nosso Senhor.
2 - No segundo mistério contemplemos a Ascenção de Nosso Senhor ao Céu.
3 - No terceiro mistério contemplemos a Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos com Maria Santíssima no Cenáculo em Jerusalém.
4 - No quarto mistério contemplemos a Assunção de Nossa Senhora ao Céu.
5 - No quinto mistério contemplemos a Coroação de Nossa Senhora no Céu como Rainha de todos os anjos e santos.
Mistérios Luminosos
1 - No primeiro mistério contemplemos o Baptismo de Jesus no rio Jordão.
2 - No segundo mistério contemplemos a Auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná.
3 - No terceiro mistério contemplemos o Anúncio do Reino de Deus.
4 - No quarto mistério contemplemos a Transfiguração de Jesus.
5 - No quinto mistério contemplemos a Instituição da Eucaristia.
O Terço toca o coração de Nossa Senhora e de Jesus, e é uma oração simples que o povo sabe e gosta de rezar, especialmente nas horas de dificuldades da vida. Nas aparições de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, ela pediu aos pastorinhos que rezassem muito o Terço e que pedissem isto a todos, pois, com o Terço, ela disse à Irmã Lúcia: “qualquer problema de ordem pessoal, familiar, nacional ou internacional, pode ser resolvido”. E disse também que a família que reza unida o Terço permanece unida sempre.
Todos os santos foram devotos do Terço e do Rosário. S. Domingos de Gusmão, por exemplo, para debelar a heresia dos cátaros, caminhava pela Europa rezando o Rosário; assim ele dizimou a heresia. Nossa Senhora promete a todos aqueles que rezarem o terço:
01. A Sua protecção especialíssima na vida
02. Uma morte feliz
03. A salvação eterna da sua alma
04. Não morrerão sem os sacramentos
05. Não serão flagelados pela miséria
06. Tudo obterão por meio do rosário
07. A devoção do rosário será sinal certo de salvação
08. Livrará do purgatório no dia em que morrerem os que rezarem o rosário
09. Terão uma grande glória no céu
10. Aos que propagarem a devoção do rosário, Maria Santíssima promete socorrer em todas as suas necessidades. (Promessas de Nossa Senhora ao Beato Alain de la Roche)
“O Terço é a minha oração predilecta. A todos, exorto, cordialmente, que o rezem”. (João Paulo II )
 
Nossa Senhora do Carmo                               
Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus; é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza:
"O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual".
Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf I Rs 18,20-45).
Estes profetas foram "participantes" da obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos; chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este por sua vez estava no dia 16 de Julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe:
 "Recebe, meu filho, este escapulário da tua ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Quem morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII escreveu: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte".
 
Como se deve amar a Ave Maria                               
Como se deve amar a Ave Maria…
 “Quem te ama, ó excelsa Maria:
Quando eu rezo a Ave Maria,
a corte celestial se regozija,
a Terra se perde em admiração,
eu esqueço o Mundo
e o meu coração transborda do amor de DEUS.
 
Quando eu rezo a Ave Maria;
todos os temores se dissipam
e as minhas paixões se apaziguam.
 
Se eu rezo a Ave Maria;
a devoção cresce dentro de mim
e desperta a contrição pelo pecado.
 
Quando eu rezo a Ave Maria,
a esperança fica forte no meu peito,
e o frescor da consolação
inunda a minha alma mais e mais,
porque eu rezo a Ave Maria.
 
O meu espírito regozija,
a tristeza vai embora
quando eu rezo a Ave Maria.
 
Porque a doçura desta suavíssima saudação é tão grande que não há termos adequados para a explicar devidamente e, depois de haver dito dela maravilhas, todavia ainda a achamos tão cheia de mistério e tão imensa que a sua profundidade é impossível de ser compreendida.
É curta em palavras, mas grande em mistérios. É mais doce que o mel e mais preciosa que o ouro. Devemos tê-la frequentemente no coração para a meditar e na boca para a rezar devotamente.” Beato Alano de La Roche
 
Novena da Medalha Milagrosa                                    
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós
A medalha milagrosa
Usar medalhas não é uma superstição. No Concílio de Trento, em 1563, a Igreja fixou o bom uso de medalhas, imagens, escapulários, lembrando aos cristãos que é preciso que fique bem claro que, quando veneramos as imagens de Cristo, da Virgem e dos Santos, não significa que colocamos a nossa fé nas imagens, mas que veneramos as pessoas que elas representam.
Não devemos considerar a medalha de Nossa Senhora das Graças um talismã ou um amuleto com poderes mágicos. Ela ajuda-nos a conservar o amor da Virgem vivo no nosso coração e no nosso espírito, estimulando-nos a demonstrar o nosso reconhecimento através da fé e de um comportamento digno de um filho de Nossa Senhora.
A mensagem da medalha é clara: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.” Ela revela-nos a Imaculada Conceição de Maria e a sua cooperação na salvação concedida por seu divino Filho, bem como a sua maternidade universal. (Do Devocionário a Nossa Senhora das Graças)
 
Novena da Medalha Milagrosa
Sinal da cruz
Acto de contrição
Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu. Por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido, e pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o Inferno.
Mas proponho firmemente, com o auxílio de Vossa divina graça e pela poderosa intercessão de Vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender.
Espero alcançar o perdão das minhas culpas, por Vossa infinita misericórdia. Assim seja.
Rezar três vezes: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”
1º dia – Primeira aparição
Contemplemos a Virgem Imaculada na sua primeira aparição a Santa Catarina Labouré.
A piedosa noviça, guiada pelo seu Anjo da Guarda, é apresentada à Imaculada Senhora. Consideremos a sua inefável alegria.
Seremos também felizes como Santa Catarina se trabalharmos com ardor na nossa santificação.
Gozaremos as delícias do Paraíso se nos privarmos dos gozos terrenos.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Oração final 
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso a vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha.
Ó puríssima Virgem Maria, pela vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me do vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça de (pede-se uma graça), que peço com toda a confiança. Amém.
2º dia – Lágrimas de Maria
Contemplemos Maria a chorar sobre as calamidades que viriam sobre o mundo, pensando que o Coração de seu filho seria ultrajado na cruz, escarnecido e os seus filhos predilectos perseguidos.
Confiemos na Virgem compassiva e também participaremos do fruto das suas lágrimas.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
3º dia – Protecção de Maria
Contemplemos Nossa Imaculada Mãe dizendo nas suas aparições a Santa Catarina: “Eu mesma estarei convosco: não vos perco de vista e vos concederei abundantes graças.”
Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa em todas as necessidades.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
4º dia – Segunda aparição
Estando Santa Catarina Labouré em oração, a 27 de Novembro de 1830, apareceu-lhe a Virgem Maria, formosíssima, esmagando a cabeça da serpente infernal.
Nesta aparição vemos o seu desejo imenso de nos proteger sempre contra o inimigo da nossa salvação. Invoquemos a Imaculada Mãe com confiança e amor!
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
5º dia – As mãos de Maria
Contemplemos hoje Maria desprendendo das suas mãos raios luminosos.
Estes raios, disse Ela, são a figura das graças “que derramo sobre todos aqueles que mas pedem e aos que trazem com fé a minha medalha”.
Não desperdicemos tantas graças! Peçamos com fervor, humildade e perseverança e Maria Imaculada no-las alcançará.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
6º dia – Terceira aparição
Contemplemos Maria aparecendo a Santa Catarina, radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas, mandando cunhar uma medalha e prometendo muitas graças a todos que a trouxerem com devoção e amor.
Guardemos fervorosamente a Santa Medalha, e como um escudo nos protegerá dos perigos.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”
Rezar a oração final
7º dia
Ó Virgem Milagrosa, Rainha Excelsa Imaculada Senhora, sede a minha advogada, o meu refúgio e asilo nesta Terra, a minha fortaleza e a defesa na vida e na morte, o meu consolo e a minha glória no Céu.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
8º dia
Ó Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa, fazei com que esses raios luminosos que irradiam das vossas mãos virginais iluminem a minha inteligência para melhor conhecer o bem e abram no meu coração vivos sentimentos de fé, esperança e caridade.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
9º dia
Ó Mãe Imaculada, fazei com que a cruz da vossa medalha brilhe sempre diante doa meus olhos, suavize as penas da vida presente e me conduza à vida eterna.
Rezar três Ave-Marias, seguida cada uma da invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Rezar a oração final
                 
"A VIRGEM MARIA": Soneto de Antero de Quental:
Num sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizível ansiedade,
É que eu vi Teu olhar de piedade,
E mais que piedade, de tristeza ...
 
Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade.
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na natureza.
 
Um místico sofrer, uma ventura,
Feita só de perdão, só de ternura,
E da paz da nossa hora derradeira.
 
Ó visão, visão triste e piedosa,
Fita-me assim calada, assim chorosa,
E deixa-me sonhar a vida inteira.
 
Alma de Maria, santificai-me!                     
Coração de Maria, inflamai-me!
Mãos de Maria, amparai-me!
Olhos imaculados de Maria, olhai-me!
Lábios de Maria, falai-me!
Dores de Maria, fortificai-me!
Ó doce Maria, atendei-me!
No Coração de Jesus, escondei-me!
Não permitais que de vós me afaste!
Dos meus inimigos defendei-me!
Na hora da morte chamai-me!
Levai me para Jesus, para convosco O louvar e amar para sempre!
 
A Consagração e os três inimigos da alma                             
A consagração a Jesus por Maria e os três inimigos da alma
A consagração a Jesus por Maria é auxílio extraordinário para vencer os três inimigos da alma: a carne, o mundo e o Demónio.
Todos nós temos que combater estes inimigos, primeiramente porque é dever de todos os católicos. Mas, lutar contra estes três inimigos da alma torna-se ainda mais importante quando nos queremos santificar, aproximar mais de Deus. Neste caso, a consagração a Jesus por Maria tem se mostrado na história da Igreja um auxílio de extraordinária eficácia para combater a carne, o mundo e o Demónio e elevar as almas ao Senhor. Esta eficácia é comprovada na vida de muitos santos, que se valeram desta consagração para combater estes três inimigos da alma e alcançar os altos cumes da santidade. Entre os mais conhecidos, podemos citar São João Bosco, Santa Teresinha do Menino Jesus, São Pio de Pietrelcina.
Não menos importante é São Luís Maria Grignion de Montfort, o grande apóstolo de Nossa Senhora, que transformou o legado de muitos santos e santas, que já viviam esta espiritualidade antes dele, no valiosíssimo tesouro que é o seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”. Este foi o livro de cabeceira do saudoso São João Paulo II, que tinha como “Todo Teu”, ou “Todo de Maria”. No seu testamento espiritual, intitulado “Totus Tuus ego sum”, que quer dizer “Todo Teu eu sou”, São João Paulo II escreveu seis vezes o seu lema: “Totus Tuus”. Numa dessas referências, expressou a sua profunda devoção a Jesus por Maria nestes termos: “Na vida e na morte Totus Tuus mediante a Imaculada”. O lema “Totus Tuus” é a expressão abreviada do princípio fundamental que Karol Wojtyła, ainda seminarista, assumiu para toda a sua vida e que o ajudou a perseverar até à morte: “Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria”.
O primeiro inimigo da nossa alma: a carne
O primeiro inimigo da nossa alma somos nós mesmos, a nossa própria carne. “As nossas melhores ações são ordinariamente manchadas e corrompidas pelo mau fundo que há em nós”. Por isso, “quando Deus infunde em nossa alma, corrompida pelo pecado original e atual, as graças e orvalhos celestes, ou o vinho delicioso do seu Amor, assim também os Seus dons são ordinariamente manchados e estragados pelo mau fermento e mau fundo que o pecado deixou em nós”.
Para adquirir a perfeição, que somente alcançamos pela nossa união com Jesus Cristo, devemos esvaziar-nos do que há de mau em nós. Este despojamento de nós mesmos só acontecerá se conhecermos bem, à luz do Espírito Santo, “o nosso fundo mau, a nossa incapacidade para qualquer bem útil à salvação, a nossa fraqueza em todas as coisas, a nossa permanente inconstância, a nossa indignidade de toda a graça, a nossa iniquidade em toda a parte”. Não foi sem razão que o Senhor mandou renunciar a nós mesmos, pois, se amamos a nossa alma, a perdemos, mas, se a odiamos, a salvamos.
Depois de reconhecermos o nosso fundo mau, “para nos despojar de nós mesmos, é preciso morrer todos os dias. Isto quer dizer que é preciso renunciar às operações das potências da nossa alma e dos sentidos do nosso corpo”. Renunciar as faculdades da alma significa desapegar-nos da inteligência, da memória e da vontade. A purificação destas dá-se através das três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Quanto à purificação dos sentidos, esta dá-se pela mortificação do olfato, da visão, da audição, do paladar e do tato. Como exemplos, podemos purificar: o olfato, deixando de usar perfumes ou usar os que não gostamos; a visão, abstendo-nos de assistir a filmes, novelas ou acessar conteúdos que transmitem sensualidade, violência, futilidade, mundanidade; a audição, evitando ouvir músicas do mundo, conversas tolas, piadas de mau gosto; o paladar, através de penitências e jejuns de alimentos e bebidas que gostamos e/ou de comer coisas que não gostamos; o tato, usando roupas ou calçados que não sejam tão confortáveis e macios, que causem um certo incómodo. Estas são medidas simples que fazem toda a diferença na vida espiritual.
A nossa luta contra a carne é ainda mais necessária na vida de oração. Temos um exemplo desta renúncia de nós mesmos na comunhão, como nos explica São Luís Maria: “Recorda-te que quanto mais deixares agir Maria na tua comunhão, mais Jesus será glorificado. E deixarás agir tanto mais Maria por Jesus e Jesus em Maria, quanto mais profundamente te humilhares e os escutares em paz e silêncio, sem procurar ver, gostar ou sentir. Pois o justo vive, em tudo, da fé, e particularmente na sagrada comunhão, que é um ato de fé”. Estas três operações: “ver, gostar e sentir” dizem respeito ao nosso corpo. Isto significa que quanto mais renunciamos aos nossos sentidos e também à nossa inteligência, memória e vontade, mais crescemos na fé, esperança e caridade e consequentemente mais nos aproximamos de Deus.
O segundo inimigo da nossa alma: o mundo 
O segundo inimigo da alma é o mundo, corrompido pelo pecado, no qual vivemos. O mundo quer nos escravizar de vários modos, através do materialismo, do dinheiro, do poder, do prazer, das paixões, da moda, do álcool, do fumo, das drogas, da televisão, da internet, da pornografia, do sexo fora do Matrimónio, do “politicamente correto”, das ideologias, das falsas religiões. O resultado de tudo o que o mundo oferece, com a falsa promessa de felicidade, é a confusão, o desespero, a frustração, a depressão, a neurose, a loucura, a degradação moral, as doenças, a escravidão, a violência, as guerras, o suicídio, a morte.
Pelas consequências, vemos que todas as coisas que o mundo nos oferece não nos darão felicidade. Ao contrário, nos farão cada vez mais infelizes e distantes de Deus. Por isso, devemos romper decididamente com o mundo. No entanto, o mundo “está, presentemente, tão corrompido, que se torna quase inevitável serem os corações religiosos manchados, senão pela sua lama, ao menos pela poeira. Assim, é quase um milagre conservar-se alguém firme no meio desta torrente impetuosa sem ser arrastado; andar neste mar tormentoso sem ser submergido ou pilhado pelos piratas e corsários; respirar este ar empestado sem lhe sentir as más consequências. É a Virgem, a única sempre fiel, sobre a qual a serpente jamais teve poder, quem faz este milagre a favor daqueles e daquelas que a servem da melhor maneira”.
A Virgem Santíssima obtém de Deus a fidelidade e a perseverança para todos os que se dedicam a ela. Por isso, a Mãe da Igreja pode ser comparada a uma âncora firme, que nos retém e impede que naufraguemos no meio do mar agitado deste mundo, onde tantos perecem por se não segurarem a esta âncora segura. “Nós ligamos as almas à Vossa esperança, como a uma âncora firme”, dizia São Boaventura. “Foi a Ela que os santos que se salvaram mais se amarraram e mais amarraram os outros, para perseverar na virtude. Felizes, pois, mil vezes felizes os cristãos que agora se agarram fiel e inteiramente a Maria, como a uma âncora firme”. Dessa forma, as tempestades deste mundo não nos fará naufragar, nem perder os seus tesouros celestes.
O terceiro inimigo da nossa alma: Satanás 
Este terceiro, não é somente Inimigo da nossa alma, mas também de todos os escravos e filhos de Nossa Senhora. Pois, desde o pecado de Adão e Eva, “Deus constituiu não somente uma inimizade, mas ‘inimizades’, não apenas entre Maria e o Demónio, mas também entre a descendência da Virgem Santa e a de Satanás”. Isto significa que Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e escravos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos de Satanás. “Os filhos de Belial, os escravos de Satanás, os amigos do mundo, até hoje perseguiram sempre, e perseguirão mais do que nunca, aqueles que pertencem à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú perseguiu Jacó, figuras dos réprobos e dos predestinados”.
Apesar desta perseguição infernal, não temos que temer, pois a humilde Virgem Maria sempre alcançará a vitória sobre este orgulhoso, e a vitória será tão grande que chegará a esmagar-lhe a cabeça, onde mora o seu orgulho. Nossa Senhora sempre descobrirá a sua malícia de serpente e nos mostrará as suas tramas infernais. Ela destruirá os seus conselhos e protegerá os seus servos fiéis contra as garras cruéis do Inimigo, até ao fim dos tempos.
O poder de Maria Santíssima sobre todos os demónios brilhará particularmente nos últimos tempos, nos quais “Satanás armará ciladas contra o seu calcanhar, ou seja, contra os humildes escravos e pobres filhos, que ela suscitará para lhe fazer guerra. Eles serão pequenos e pobres na opinião do mundo, humilhados perante todos, calcados e perseguidos como o calcanhar o é em relação aos outros membros do corpo. Mas, em troca, serão ricos da graça de Deus, que Maria lhes distribuirá abundantemente. Serão grandes e de elevada santidade diante de Deus, e superiores a toda a criatura pelo seu zelo ardente. Estarão tão fortemente apoiados no socorro divino que esmagarão, com a humildade do seu calcanhar e em união com Maria, a cabeça do Demónio, fazendo triunfar Jesus Cristo”.
 
  Com se relacionar com Nossa Senhora no dia a dia                           
Como se relacionar com Nossa Senhora no dia a dia
A presença de Nossa Senhora revela-se no nosso dia a dia
 
Nossa Senhora quer participar no nosso dia a dia, auxiliando-nos e fortalecendo-nos na caminhada até Deus.
 
Auxílio dos cristãos
São Bernardo ensina-nos que “nos perigos, nas angústias e dúvidas devemos pensar em Maria, invocando-a”. São Boaventura afirma: “Jamais li que algum santo não tivesse sido devoto especial da Santíssima Virgem”. Na oração da Ladainha de Nossa Senhora, nós a chamamos de “auxílio dos cristãos”. Sim, ela o é! Nossa Senhora é Auxiliadora!
No Evangelho de João 19,26-27, vemos que “Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse a ela: ‘Mulher, eis o teu filho!’. Depois, disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’. A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu’”. O Papa Francisco, ao meditar essa leitura, fala-nos: “Temos uma Mãe que está conosco, que nos protege, acompanha e ajuda também nos tempos difíceis, nos maus momentos”.
Podemos encontrar um vasto conteúdo nos escritos dos Papas e Santos da Igreja, mostrando-nos a real maternidade de Maria; e a resposta de João às Palavras do Cristo na cruz nos mostra qual deve ser nossa postura ao acolher a Virgem Santa como Mãe: “A partir daquela hora, o discípulo a acolhe no que era seu”. Esse é o centro do relacionamento materno entre Maria e seus filhos, não somente crer na maternidade, mas trazer Nossa Senhora para perto, colocá-la a par dos acontecimentos e sentimentos que diariamente compõem nossa vida e, para isso, há um caminho eficaz: a oração.
Colo sublime
Seja o Rosário, o Ofício, a Ladainha ou uma ejaculatória que invoca a proteção da Santíssima Virgem, seja um momento longo ou um breve elevar da alma até o colo sublime da Mãe de Deus, o certo é que devemos seguir o exemplo de João e trazer Maria para tudo o que nos pertence. Apresentar a Maria nossos conflitos e medos, nossas vitórias e projetos e tê-la como Mãe é encontrar nela uma companheira para o dia a dia.
Muitas vezes, durante o meu dia, elevo meu coração a Maria. Além de rezar o Santo Terço, vou me colocando nas mãos dela no decorrer das horas e dos fatos ocorridos. Quando estou realizando algum trabalho, para o qual não tenho muito domínio, vou pedindo a Maria que venha em meu auxílio. Quando vivo uma situação difícil, busco nela um apoio.
Mostra-te, Mãe
Na Carta Encíclica Adiutricem Populi, o Papa Leão XIII fala de uma jaculatória simples, mas eficaz: “Mostra-te, Mãe”. Ele convida os cristãos a invocar Maria nos acontecimentos do dia e pedir a sua presença ou o seu conselho.
Maria, não somente quer nos acolher como filhos, como deseja nos acompanhar por toda nossa peregrinação aqui na terra rumo à morada eterna.
Nos acontecimentos duros da vida, nos momentos de solidão e dor, alegria e realização, clamemos essa simples oração que nos ensina o Santo Padre: “Mostra-te, Mãe”. Confiemos: aquela que acompanhou Jesus até o Calvário também nos acompanhara por todos caminhos.
 
Por que chamamos à Virgem Maria, nossa Senhora?                       

A Virgem Maria sempre foi chamada Nossa Senhora
O título de Senhor e Senhora, desde os primeiros séculos do Cristianismo, eram usados para os senhores de escravos, muito comum naquele tempo. Dentro deste contexto, a Virgem Maria disse ao anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1, 38).
“Jesus é o Senhor”, como disse São Paulo (Fl 2,11); é o Rei dos Reis; e Sua Mãe é Rainha por consequência. Por isso, a Igreja entendeu que deveria chamá-la Senhora. Os súbditos do Rei eram também servos da Rainha. Ora, se somos súbditos de Jesus, o somos também de Maria. A Ladainha Lauretana chama a Virgem Maria Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires, Rainha dos Confessores, Rainha da Virgens, Rainha dos Profetas. Ora, toda Rainha é Senhora no seu reino.
A Virgem Maria é a “cheia do Espírito Santo”, como a saudou sua prima Santa Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1,42). Ela é “a filha predileta de Deus”, diz o Concílio Vaticano II (LG n. 53), “aquela que, na Santa Igreja, ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (Lumen Gentium, n. 54).
São Bernardo, doutor da Igreja, o apaixonado cantor da Virgem Maria, no Sermão 47 diz: “Ave Maria, cheia de graça, porque é agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa da sua fecundidade; aos anjos, pela sua virgindade; a Deus pela sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu a sua humildade”.
São Tomas de Aquino afirmou: “A bem-aventurada Virgem Maria, pelo facto de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus”. Ela é Senhora!
 “A graça que adornou a Santíssima Virgem sobrepujou não só a de cada um em particular, mas a de todos os santos reunidos”, afirma Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja. Por isso ela cantou no Magnificat: “Desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…” (Lc 1,42). Ela é Senhora!
Maria é um “espelho especialíssimo de Deus”, diz São Tomás de Aquino: “Os outros santos são exemplos de virtudes particulares: um foi humilde, outro casto, outro misericordioso, e assim nos são oferecidos como exemplos de uma virtude. Mas a bem-aventurada Virgem é exemplo de todas as virtudes”, diz o santo.
São Bernardo e Santo António, doutores da Igreja, afirmam que, “para ser eleita e destinada à dignidade de Mãe de Deus, devia a Santíssima Virgem possuir uma perfeição tão grande e consumada que nela excedesse todas as outras criaturas”. Ela é Nossa Senhora!
 “Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Mt 23,12). Repetiu várias vezes o Senhor. Logo que Deus determinou fazer-se Homem para redimir o homem decaído e assim manifestar ao mundo Sua misericórdia infinita, certamente buscava entre todas as mulheres aquela que fosse a mais santa e humilde para ser Sua Mãe. Como diz o Livro dos Cânticos: “Há um sem número de virgens (a meu serviço), mas uma só é a minha pomba, a minha eleita” (Ct 6, 8-9).
Foi pela sua imensa humildade que Deus tanto exaltou Maria e a fez Sua Mãe, Rainha e Senhora nossa. E a própria Virgem diz no seu canto: “porque olhou para a humildade da sua serva” (Lc 1,48).
Foi esta “humildade” profunda e real que tanto encantou o coração de Deus, fez com que a elegesse a “bendita entre as mulheres”, Sua Mãe, nossa Mãe e Senhora.
                 
Maria, nossa única esperança.
Há dois modos de depositarmos a nossa esperança em alguém, segundo o consideramos como causa principal, ou como causa intermediária.
Aqueles que esperam algum favor real, esperam-no do rei, como soberano, e do ministro como intercessor. E quando o favor é obtido, é do rei, evidentemente, que o obtemos, mas por intermédio do ministro. Aquele, pois, que solicita e espera uma graça, pode dizer ao seu intercessor que ele é a sua esperança.
Deus deseja ardentemente enriquecer-nos com as suas graças; o seu coração quereria poder abrir-se todo, e atear nas almas este “fogo que veio trazer à terra e quereria ver aceso por toda a parte”.
Entretanto, como condição essencial, ele exige uma grande confiança da nossa parte. Ele nos dará, mas é preciso confiar inteiramente nEle.
E é para aumentar esta confiança, que Ele nos dá tudo o que pedimos à sua própria Mãe, como nossa advogada e nosso sustentáculo. Ela recebeu todo o poder para ser o nosso auxílio.
Aprouve-lhe exaltar assim essa incomparável criatura, que, aliás, o amou e serviu aqui na terra melhor que todos os homens e todos os anjos. Ele quer que ponhamos nEla a esperança da nossa salvação; que dEla esperemos todo o nosso bem.
É, pois, com toda a justiça que proclamamos Maria a nossa esperança, pois que esperamos obter por sua intercessão o que as nossas preces não bastariam para nos obter sozinhas. Nós lhe pedimos para que Ela supra pela sua dignidade o que nos falta.
Nossa única esperança
Portanto, depositar a nossa confiança em Maria e recorrer a Ela, não é desconfiar da misericórdia de Deus, mas temer por causa da nossa própria indignidade.
Eu sou, diz Maria, a “Mãe da santa esperança”.
Que outra coisa devemos esperar que a salvação da nossa alma? É destes bens que Maria é Mãe.
 “Ela é mesmo a nossa única esperança, diz Santo Afonso, porque na ordem atual da Providência ninguém se pode salvar senão por intercessão de Maria”.
Tal é, de facto, o plano de Deus que todas as suas misericórdias passem pelas mãos de sua santa Mãe.
Ele mesmo quis resgatar o género humano, mas colocou o resgate das nossas almas entre as mãos de Maria, para que dele disponha à vontade.
Por Ela veio Ele até nós, e Ele é a fonte e a causa de tudo. Mas é por Maria que Ele quer que nos venham os seus benefícios, todas as suas graças, e, sobretudo, todas as suas misericórdias.
 “Todo o bem nos vem por Ela, diz Santo Afonso, e é por Ela que nós somos preservados de todo o mal. Deus a constituiu o nosso recurso aqui na terra, o guia da nossa peregrinação, a força da nossa fraqueza, a riqueza da nossa pobreza, o fim do nosso cativeiro e a esperança da nossa salvação.
Ela é o nosso refúgio, a nossa vida, o nosso socorro, a nossa força e a nossa esperança”.
A bela oração que lhe dirige São João Crisóstomo: “Se vós, ó Maria, desde a eternidade foste predestinada à dignidade de Mãe de Deus, é para que os miseráveis, que não poderiam ser salvos segundo as leis da divina justiça, o fossem pela vossa doce misericórdia e a vossa poderosa intercessão”.
A grande função de Maria é afastar de sobre a cabeça dos pecadores os castigos de que os ameaça a cólera divina.
 “Antes de Maria, diz São Boaventura, ninguém havia que pudesse deste modo sustentar o braço vingador do Eterno. E ainda agora, ninguém mais do que Ela é capaz de deter o seu terrível gládio”.
 “A mediação de Maria, diz Santo Antonino, apazigua a ira do soberano Juiz, e faz descer sobre nós o perdão, apesar dos esforços do demónio, em um negócio tão importante para nós. É como que um processo entre Deus e o homem, e em que criatura alguma ousaria intervir”.
Podemos, pois, dizer com São Boaventura: “Tivesse o Senhor pronunciado contra mim a sentença de reprovação, eu sei que Ele não se pode recusar àquela que o ama e o procura de todo o seu coração. Eu o estreitarei entre os braços do meu amor; e, enquanto Ele não me tiver abençoado, não o deixarei ir; e, se Ele se retirar, deverá levar-me consigo”.
 “Como último recurso, eu me ocultarei em suas chagas, e aí ficarei. Desde então, ser-lhe-á impossível não me encontrar consigo.
E se o meu Redentor, por causa dos meus pecados, chegasse a me expulsar de perto dos seus sagrados pés de Maria, sua Mãe, e não me ergueria daí, enquanto Ela não me tivesse obtido o perdão. Pois esta terna Mãe de misericórdia não sabe, nem jamais soube recusar a sua compaixão às misérias dos homens, e repelir os infelizes que lhe vêm implorar socorro”.
Ó Maria, toda misericordiosa, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos, pois nós somos vossos e em vós depositamos toda a nossa esperança.
                                 
Consagra-te a Maria, Consagra-te a Maria todos os dias
A “Santa Maria”, a segunda parte da oração da ave-maria, é uma invenção da Igreja. E podemos afirmar que é uma bem-aventurada “invenção” da Igreja.
Como foi? Nestório, patriarca de Constantinopla, afirmava que Maria Santíssima não era Mãe de Deus, mas somente mãe da pessoa humana de Jesus Cristo. No Concílio de Éfeso, a maternidade da Santíssima Virgem e a unidade das duas naturezas numa só pessoa em Jesus Cristo foram definitivamente proclamadas: Jesus Deus e homem. São Cirilo, bispo de Alexandria e presidente do Concílio de Éfeso, defendeu esta verdade no cristianismo contra as investidas dos hereges no ano 431.
No dia do encerramento do Concílio, foi lido o decreto do Dogma da Maternidade Divina de Maria Santíssima. O papa Celestino I, que estava presente, emocionado e com lágrimas nos olhos, ajoelhou-se e respeitosamente saudou Nossa Senhora assim: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém!”
Todo o Concílio ouviu e respondeu com um grande “Amém!” Esta foi a origem da segunda parte da ave-maria. Foi ou não uma linda invenção? Ao anoitecer, levaram o resultado ao povo. Assim que o povo tomou conhecimento da conclusão do Concílio, saiu em procissão com velas, com tochas, pela cidade de Éfeso. O que mais o povo proclamou naquela noite foi: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora, e na hora da nossa morte”. Nunca mais deixou de unir a primeira parte da ave-maria à segunda.
Consagra-te a ela. Consagrar-se é colocar-se ao seu lado e entregar-se a ela. Ser como uma criança que se confia ao coração dela, que se lança nos seus braços, que se põe debaixo do seu manto. Como uma criança assustada, como um menino necessitado que corre para a mãe, que se lança no colo, que se lança no coração dela, que se põe debaixo do manto. Uma criança guardada, protegida. Que vence sob o manto dela.
Tem a certeza que vencerás! Realmente ela é a Auxiliadora dos Cristãos. A vitoriosa das batalhas de Deus. Na tua luta pessoal contra o pecado, na tua luta para seres cidadão do Céu, para te imunizares de todo o pecado, precisas dela como tua Mãe, tua protectora, tua advogada.
Consagra-te a Nossa Senhora e todos os dias, antes de deitar, ao pé da cama, reza três ave-marias e vais ver como ela te dará a vitória.
                 
Depois daquele Sim...
Como foi importante, para a vida dos cristãos de todos os tempos, o dia em que Maria Santíssima deu o seu Sim! O diálogo da “Anunciação do Anjo a Maria” não deve ter durado mais do que cinco minutos dos nossos relógios, no entanto, a sua repercussão ultrapassa o tempo cronológico, chegando até à eternidade.
O Anjo, que deve ter chegado apreensivo, voltou para o Céu radiante de alegria. A “viagem de volta” provavelmente foi feita em segundos, para prestar contas a Deus do resultado da sua missão, que, aliás, foi bem sucedida, porque ele sabia o suficiente para deixar Maria esclarecida sobre as suas perguntas. E ainda “provou-lhe” com a notícia da gravidez de Isabel, que “para Deus nada é impossível”. (Lc 1, 37)
Depois daquele Sim, uma atmosfera de expectativa tomou conta de todos os que esperavam o cumprimento da Promessa de Salvação.
Depois daquele Sim, vimos o rosto humano de Deus, no colo de Maria e no meio da multidão sedenta de afecto, de ajuda e misericordiosa compreensão.
Depois daquele Sim, milhões de outros foram solicitados à Virgem, e Ela, consciente do primeiro, soube ser fiel aos demais, com espírito humilde, alegre e pleno de fé. Depois daquele Sim, a dor passou a ter sentido redentor, o amor, a levar o nome de salvação, de interesse, resgate, de nova oportunidade, perdão e recompensa.
Depois daquele Sim, o Verbo tornou-se a Palavra pronunciada e o Corpo oferecido na quinta-feira santa, como alimento de salvação para todos e sinal da nova e eterna Aliança entre Deus e a humanidade.
Depois daquele Sim, a esperança voltou, e os gestos de amor pelos outros encontram ressonância no amor do Filho de Deus, por nós. Depois daquele Sim, temos a Eucaristia como lugar de presença, fonte de graças e nutriente de vida eterna.
Precisamos de reconhecer que, depois daquele Sim, a vida ganhou sentido, e Maria, além de ser a Mãe de Deus feito homem, é também a mãe que vela e cuida de nós, com ternura maternal.
Obrigada, Mãe-Maria, pelo sim e constante protecção!
 
+ Os que ensinam e divulgam os louvores de Maria 
brilharão como estrelas 
por toda a eternidade. (cf Dan 12,3)
                                 
A “Ave Maria”, salva um salteador
Na recitação diária de uma “Ave Maria”, a salvação de um bandido.
Um salteador tinha construído uma fortaleza à margem de um caminho, e despojava sem piedade todos os que por ali passavam; mas recitava todos os dias a Ave Maria, sem que nenhum impedimento o fizesse faltar.
 Um dia passou um santo monge, e os companheiros do bandido viram-se no dever de o despojar: mas o homem de Deus pediu-lhes para ser conduzido junto ao chefe, dizendo que tinha um segredo a comunicar-lhe. Levado à presença do salteador, pediu-lhe que reunisse todos os habitantes da fortaleza, a fim de lhes pregar a palavra de Deus. Mas, quando foram reunidos, o religioso disse: “Não estão todos aqui, falta alguém!” E como se lhe dizia que ninguém faltava: “Procurai bem – repetia ele – vereis que falta alguém!”
Então um dos bandidos disse: “De fato, um dos criados não está aqui!”
E o monge acrescentou: “É precisamente ele que espero”.
      Mandaram procurá lo, mas, à vista do homem de Deus, ele rolou com olhos aterrorizados, debatia se como um louco, e recusava aproximar se.
       E o homem de Deus disse-lhe: “Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo conjuro te a dizer quem és e por que vieste aqui!”
       Respondeu o criado: “Já que sou forçado a falar, sabei que não sou um homem, mas um demónio, que, sob forma humana, mora há catorze anos junto deste bandido. O nosso chefe enviou me junto dele para espreitar o dia em que ele negligenciasse recitar a Ave Maria; porque, neste dia, ele nos pertenceria, e tinha ordem de estrangulá lo no campo. Porém, esta única oração quotidiana impedia o de cair em nosso poder. Debalde o espreitei: nem uma só vez ele faltou a recitá la”.
O bandido, estupefacto, caiu aos pés do homem de Deus, pediu-lhe perdão, e converteu se desde então a uma vida digna.
 
EIS A SERVA DO SENHOR…
Senhor, cada novo dia, celebro a Tua presença e recordo Maria, respondendo ao anjo de forma consciente e cheia de fé. O Seu “Eis aqui a serva do Senhor” é-me colocado nos lábios, pelo menos três vezes ao dia.
“Eis aqui a serva do Senhor” repete ela aos meus ouvidos e ao meu coração.
Como é bom estar unido a esta Mãe que se faz serva!
Como é bom recordar o seu carinho,
A sua solicitude, a sua iniciativa, o seu serviço, o seu silêncio!
Vejo-a no meu caminho,
convidando-me sempre a uma entrega maior a Deus.
Ensina-me o verdadeiro caminho, o caminho da fidelidade íntegra ao Senhor.
Inspira-me como amar o Senhor, como Tê-lo presente, como guardar a sua
Palavra. Ensina-me a buscar as coisas do alto e a acolher o mistério de Deus.
Ela está sempre a apontar para Jesus, para o bem, para a vida eterna.
Do seu Coração jorra um forte raio de graças sobre cada um de nós, seus filhos.
Senhor, que esta Mãe me ajude, em cada novo dia, a crer no Senhor,
a acolhê-Lo no meu coração e a qualificar o meu “Sim”.
Roga por nós, ó Mãe!
Ilumine-nos a tua claridade!
Incendeie-nos a tua caridade!
Fortaleça-nos a tua segurança!
Abençoa-nos, ó cheia de GRAÇA!
Ave Maria! Botão do qual floresce a vida que não tem fim!
Ave Maria! Preciosa coroa da excelsa castidade!
Ave Maria! Imagem fulgurante da Ressurreição!
Ave Maria! Só Tu és igual à condição dos Anjos!
Ave Maria! Árvore de luminosos frutos, alimento dos fiéis!
Ave Maria! Árvore de frondosa frescura, abrigo de multidões!
Ave Maria! Do Teu seio foi nascido o Salvador dos errantes!
Ave Maria! Tu deste aos pobres cativos um libertador!
Ave Maria! Advogada que nos defende diante do Juiz equitativo!
Ave Maria! És a reconciliação de tantos pecadores!
Ave Maria! Manto que revestes os despidos pela desgraça!
Ave Maria! Ternura que ultrapassas todos os gestos de amor!
Nobel de Medicina e agnóstico rende-se a Nossa Senhora                             
Nobel de Medicina e agnóstico rende-se a Nossa Senhora: "os milagres de Lourdes são inexplicáveis"
Danila Castelli é uma mulher italiana que sofria de grave hipertensão e, após visitar Lourdes em 1989, ficou completamente curada. Este caso ficou conhecido como o milagre oficial número 69 a ser reconhecido pela Igreja Católica neste santuário mariano desde a aparição da Virgem à jovem Santa Bernardete, em 1858.
Desde aquela data registaram-se mais de 7.000 curas "inexplicáveis" em Lourdes, embora apenas umas dezenas tenham sido consideradas milagre, tendo em conta as rigorosas condições estabelecidas para o estudo de cada caso.
No entanto, o debate sobre as aparições e curas em Lourdes dura há décadas, e o desprezo e as críticas dos ateus mais beligerantes contrastam com o respeito e consideração de profissionais de reconhecido prestígio, face a um fenómeno religioso que não deixa ninguém indiferente. Como exemplo, cite-se o Prémio Nobel da Medicina, e Prémio Príncipe de Astúrias, Luc Montagnier. Este médico francês tornou-se famoso por ter descoberto o vírus do HIV bem como outros importantes contributos para a ciência.
É de extremo interesse conhecer a opinião deste reconhecido cientista, e ex-director do Instituto Pasteur, acerca de Lourdes, um lugar que exige ter uma enorme fé. Esta opinião ficou registada no livro que recolhe os diálogos entre Montagnier e o monge cisterciense Michel Niassaut, sob o título Le Moine et le Nobel.
“Não há por que negar nada.”
Num momento específico, a conversa virou para as curas inexplicáveis em Lourdes. Que opinião teria um Nobel da Medicina e não-crente sobre o assunto? A sua resposta significaria um exemplo de coerência para o mundo da ciência. “Quando um fenómeno é inexplicável, se realmente existe, não há necessidade de negar nada”, afirmou peremptoriamente Luc Montagnier. E continuando neste sentido, o Nobel da Medicina assegurou que “nos milagres de Lourdes há algo inexplicável”.
Além disso, Montagnier critica a conduta de alguns dos seus colegas, e diz neste livro que “muitos cientistas cometem o erro de rejeitar o que não entendem. Não gosto desta atitude. Frequentemente cito a frase do astrofísico Carl Sagan: A Ausência de prova não é prova de ausência”.
“Os Milagres são inexplicáveis”. Neste sentido, acrescentou, “relativamente aos milagres de Lourdes que estudei, creio que realmente se trata de algo inexplicável (…) Não consigo entender estes milagres mas reconheço que há curas que não estão previstas no estado actual da ciência”.
   Como descobridor do Virus do HIV, Montagnier teve uma enorme relevância na segunda metade do século XX e, apesar das críticas tradicionais do mundo anticatólico referentes ao posição da Igreja face à Sida, este cientista louva o papel do mundo católico face a estes dramas. “Colaboração com a Igreja” De facto, relata que “o meu colega dos Estados Unidos da América, Robert Gallo, teve uma audiência com o Papa (João Paulo II), tentando perceber qual o modo em que seria possível aumentar a nossa colaboração com as equipas que trabalham na sombra nas missões Católicas em África. Ali tratam-se pessoas infectadas com Sida e faz-se prevenção contra a propagação do vírus”. Este importante, e muitas vezes esquecido, trabalho, é muito destacado por este Prémio Nóbel. “As ordens religiosas cristãs têm um papel muito positivo no cuidado dos doentes. Reconheço que, no âmbito da atenção hospitalar, a Igreja foi pioneira”. O trabalho vital da Igreja contra a Sida “Pude contactar de perto, ao longo destes largos anos de investigação sobre a Sida, e sobretudo ao princípio, com pacientes condenados a uma morte inevitável. Frequentemente, a fé e proximidade da Igreja ajudaram-nos a fazer frente à doença, e com que cada doente não se sentisse abandonado. Foi por esta experiência que sempre reconheci a contribuição pioneira e inestimável da Igreja no campo da atenção hospitalar”, afirmou o cientista francês. A estima do agnóstico Montagnier pela Igreja é grande. Inclusivamente ofereceu-se, e ajudou João Paulo II, a travar o avanço de Parkinson de que sofria. Na sua opinião, se os valores cristãos prevalecessem no mundo, o planeta ganharia imenso. “Há 2000 milhões de cristãos, de entre os quais 1100 são católicos. Os seus bons sentimentos fazem-se presentes” mas não são os que governam o mundo. Seria bom, considera, que o amor ao próximo conduzisse o mundo. A relação de outro prémio Nobel com Lourdes No entanto, Montagnier não é o único Prémio Nobel em relação com Lourdes. Muito mais longe foi Alexis Carrel, Nobel de Medicina em 1912. De facto, a sua relação com estas curas levou-o, inclusivamente, à conversão ao catolicismo. Em 1903 Carrel era um jovem médico ateu. Quando um colega que iria acompanhar como médico a um grupo de peregrinos a Lourdes não pode ir, pediu-lhe que fosse ele a substituí-lo. Aceitou ir somente para comprovar pessoalmente a falsidade dos milagres que se atribuíam naquele lugar. Mas ali, justamente, assistiu pessoalmente a um deles, facto que transformou a sua vida. Visitou uma mulher tuberculosa moribunda. Observou e analisou todos os sintomas. Sem sombra de dúvida, morreria em breve.  O Milagre produziu-se diante dos seus olhos. Saiu das piscinas e tudo tinha desaparecido. Este facto produziu a sua conversão, que narrou num livro que originou um escândalo para o naturalismo céptico dominante naquele tempo em França.
 
Virgem Maria, esperança nossa                                  
Ó Virgem Maria, esperança nossa, salve!
O significado da invocação “Esperança nossa, salve”, da tradicional oração à Virgem Maria, chamada “Salve Rainha”.
Na oração “Salve Rainha”, com toda a Igreja, saudamos a Santíssima Virgem Maria: “Esperança nossa, salve”. No entanto, os hereges do nosso tempo não suportam que saudemos e chamemos à Virgem Maria “nossa esperança”. Eles dizem que só Deus é nossa esperança, e que Ele amaldiçoa quem põe a confiança nas criaturas. Para convencer as pessoas da sua opinião, quase sempre usam as Sagradas Escrituras, com a conhecida frase do profeta Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem” (Jr 17, 5); ou a passagem das Bodas de Caná, dizendo que o próprio Jesus Cristo teria maltratado a Mãe, chamando-lhe “Mulher” (Jo 2, 4). Neste caso, teria Jesus pecado por desobediência ao preceito: “Honra teu pai e tua mãe” (Ex 20, 12), um dos Dez Mandamentos da Lei de Deus?
O significado da invocação: “Esperança nossa, salve”, da tradicional oração mariana “Salve Rainha”.
Valendo-se de uma interpretação equivocada, dizem: Maria é uma simples criatura, uma mulher qualquer. Depois, perguntam: como é que uma criatura pode ser a nossa esperança? Isto é o que dizem os hereges. “Entretanto quer a Santa Igreja que cada dia todos os eclesiásticos e todos os religiosos em voz alta, e em nome de todos os fiéis, invoquem e chamem a Maria com este nome de esperança nossa”. A Igreja Católica proclama que a Bem-aventurada Virgem Maria é sinal de esperança e de consolação para nós, novo povo de Deus, que peregrina sobre a Terra: “a Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (cf. 2 Pd 3, 10)”.
Como a Virgem Maria pode ser nossa esperança? 
O Doutor Angélico, Santo Tomás de Aquino, diz que podemos pôr a nossa esperança numa pessoa de dois modos, como causa principal ou como causa mediante, ou seja, que exerce uma mediação. Um súbdito que deseja obter do rei uma graça, pode alcançá-la directamente dele, como soberano senhor, ou obtê-la através do seu ministro ou protegido, como intercessor. No último caso, a graça concedida veio do rei, mas por intermédio do seu mediador. Por isso, quem alcança esta graça, com razão, chama o seu intercessor sua esperança.
Deus, o Rei dos Céus, é infinitamente bom e deseja enriquecer-nos com as suas abundantes graças. No entanto, porque para que estas sejam derramadas é necessária a confiança da nossa parte, Jesus Cristo deu-nos a sua própria Mãe por advogada e intercessora, para aumentar a nossa fé. Além disso, concedeu-lhe plenos poderes para ser nosso auxílio em todas as nossas necessidades. Por nos ter concedido tão grandes favores, o Senhor quer que coloquemos na Santíssima Virgem a esperança da nossa salvação e de todo o nosso bem.
Sem dúvida, são amaldiçoados por Deus, como diz o profeta Jeremias, aqueles que põem a esperança e confiança somente nas criaturas: “Maldito o homem que confia no homem” (Jr 17, 5). Pois, este é o modo de agir dos pecadores que, em troca da amizade e dos favores dos “amigos”, não se incomodam em ofender Deus. Todavia, somos abençoados por Deus e somos-lhe agradáveis se esperamos na Santíssima Virgem, a tão poderosa Mãe de Deus, para alcançarmos as graças e a salvação eterna. Pois, Deus quer que honremos a Virgem de Nazaré, a excelsa criatura, que neste mundo O amou e honrou mais do que todos os anjos e homens juntos.
A esperança em Deus e na Santíssima Virgem
Com muita razão chamamos à Virgem Maria esperança nossa, pois esperamos obter, pela sua intercessão, o que não alcançaríamos só com as nossas orações. Invocamos Nossa Senhora para que a dignidade da intercessora supra a nossa falta de méritos. Desta forma, compreendemos que invocar a Santíssima Virgem com tal esperança não é desconfiar da misericórdia de Deus, mas temer pela nossa própria miséria e indignidade.
A Igreja tem motivos suficientes para aplicar a Nossa Senhora as palavras do Eclesiástico: “Sou a mãe do puro amor, do temor [de Deus], da ciência e da santa esperança, em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude” (Eclo 24, 24-25). A Virgem Maria é a Mãe da santa esperança, Mãe que faz nascer em nós, não a esperança vã dos bens transitórios desta vida, mas a santa esperança dos bens grandiosos e eternos da vida bem-aventurada no Reino dos Céus.
Santo Efrém tinha o costume de saudar a Mãe de Deus com as seguintes palavras: “Salve, esperança da minha alma, […] salve, ó segura salvação dos cristãos, auxílio dos pecadores, defesa dos fiéis, salvação do mundo”. Estas saudações parecem destoar dos ensinamentos de São Boaventura, que dizia: “depois de Deus, outra esperança não temos senão Maria e por isso a invoca ‘como única esperança nossa depois de Deus’”. No entanto, esta é também a convicção de Santo Efrém, que neste sentido reflecte sobre a Providência divina, segundo a qual Deus determinou que todos os que são salvos, o sejam por meio da Santíssima Virgem. Tão grande era a sua confiança na Mãe da Igreja, que assim a invocava: “Senhora, não deixeis de nos guardar e de proteger sob o vosso manto, já que depois de Deus não temos outra esperança senão a vós”. A Virgem Maria é o nosso único refúgio, socorro e asilo. São Bernardo parece dar-nos o motivo de toda a confiança que a Igreja sempre depositou na Santa Mãe de Deus, quando diz: “Considerai, ó homens, o desígnio de Deus, desígnio cuja finalidade é dispensar-nos mais profundamente a sua misericórdia. Querendo ele remir o género humano, depositou o preço inteiro da redenção nas mãos de Maria para que o reparta à sua vontade”.
                                 
Quereis oferecer-vos a Deus?  
Por que é que o oferecimento a Deus se identifica com a reparação e a consagração ao Imaculado Coração de Maria.
Há 100 anos, Nossa Senhora do Rosário perguntou aos três Pastorinhos de Fátima e continua a perguntar a cada um de nós: “Quereis oferecer-vos a Deus?”
Segundo as palavras da Virgem Maria, em Fátima, a reparação das blasfêmias contra o Seu Coração Imaculado é idêntica à entrega do homem a Deus em sacrifício para a salvação dos homens. Por isso, o homem não pode prestar ao Coração Imaculado de Maria outra reparação que não seja a entrega total de si próprio a Deus, em sacrifício de adoração; nisto consiste exatamente a reparação das injúrias dos homens contra o Coração Imaculado de Maria, porque estas atingem diretamente o próprio Deus através de Maria.
Por que é que o oferecimento a Deus se identifica com a reparação e a consagração ao Imaculado Coração de Maria?
Consagração, reparação e santificação são a mesma realidade; realizam-se na adoração pelo oferecimento do próprio eu ao Deus-Amor. Consagrar-se a Deus é obrigatoriamente reparar e deixar-se santificar interior e exteriormente, em todas as dimensões da personalidade.
A consagração a Deus e a Maria pela purificação dos corações 
O homem só poderá realizar esta consagração a Deus, em atenção à consagração especial ao Coração Imaculado de Maria, pela purificação do coração, partindo de dentro, consentindo na ação do Espírito Santo, pela purificação de todo o seu ser. Esta consagração requer a purificação de qualquer mancha interior e a intenção de procurar, na sua vida, a docilidade à ação de Deus.
A consagração ao Coração Imaculado de Maria deve partir de dentro, do íntimo do coração, para que a pessoa humana seja purificada de toda a mancha. De outro modo, a consagração não passaria de mera fórmula vazia e hipócrita. Uma consagração especial a Deus e ao Coração Imaculado de Maria será também, ao mesmo tempo, reparação ao Coração Imaculado de Maria, principalmente pelas blasfêmias cometidas contra este Coração.
Portanto, nunca poderá haver reparação e consagração ao Coração Imaculado de Maria, se não houver reparação e consagração ao próprio Deus. Ela consiste na entrega total e sem reservas a Deus no sacrifício redentor de Jesus Cristo e será, ao mesmo tempo, reparação e santificação. A reparação e consagração ao Coração Imaculado de Maria trará, ao mesmo tempo, a purificação do próprio coração e a transformação interior de todo o ser.
Tendo presente o lugar de Maria no desígnio divino da salvação, a reparação e consagração do homem a Deus, a sua entrega no sacrifício de adoração, é também reparação e consagração ao Imaculado Coração de Maria. É necessário e urgente insistir junto dos homens, principalmente dos cristãos, que a consagração a Deus, na adoração, deve penetrar toda a vida e transformá-la num culto divino do mistério de Cristo como espelho imaculado que brilha no Coração Imaculado de Maria; e que Deus, por Maria, quer mostrar o Seu Amor aos homens e aproximá-los d’Ele. Nisto consiste a Mensagem de Fátima: em primeiro lugar, na purificação do coração e na aceitação do perdão de Deus para todas as faltas no mais íntimo de si próprio.
 
O coração do homem como habitação de Deus
É necessário dar atenção ao significado desta referência ao Coração de Maria e aprofundar o conteúdo deste Coração. Nossa Senhora quer chamar a atenção dos homens para a revelação de Deus, conduzi-los ao significado e conteúdo da palavra “coração” que a Sagrada Escritura nos indica.
O coração é o centro da pessoa, o mais íntimo de todo o seu ser; por isso, Maria insiste na espontaneidade da relação de toda a pessoa humana com Deus. Aqui, nesta intimidade, que não se encontre nada nem ninguém; aqui não pode haver outra criatura entre Deus e o homem. A partir deste centro, porém, será tudo límpido, transparente, iluminado por Deus que brilha no coração do homem. É Ele o juiz dos seus pensamentos, sentimentos, intenções; a Deus nada está oculto. É Ele a agir livremente em toda a vida do homem, em todo o seu ser e agir. O coração do homem é a sede (“Sitz“), o domicílio da Aliança Divina, o lugar onde Deus habita.
A Lei de Deus escrita nas tábuas de pedra com o Seu próprio dedo é o sinal daquela Lei que, pelo Espírito, foi escrita na tábua viva do coração humano. Por isso, a raiz da fé está no coração, porque o homem crê com o coração e a partir deste centro realiza a sua relação com Deus, põe em Deus toda a sua confiança, realiza com coração sincero e fiel a sua adoração na fé ao Deus zeloso que junto de Si não tolera ídolos; um coração que junto de Deus não tem olhos para ídolos criados; um coração que não mistura a adoração do Deus vivo com os deuses mortos, nem os põe à frente ou entre si e Deus, com o pretexto de mediação para o seu culto; um coração sincero que, acima de qualquer criatura, se entrega direta e totalmente a Deus.
“Coração” significa, na Sagrada Escritura, em primeiro lugar, necessidade absoluta de veracidade, de íntima sinceridade diante de Deus até as últimas profundezas. Antes de tudo, fica sublinhada a libertação de qualquer hipocrisia: o coração puro, livre de qualquer mistura de pensamentos, desejos, intenções impuras que se dirijam às criaturas ou a Deus. É a liberdade no seu ser e na sua vida, a liberdade da virgindade, a liberdade do Espírito de Cristo. Ele lê o que há de mais íntimo nos corações, nos pensamentos escondidos, e leva o olhar dos homens para o interior, para o próprio coração; julga e pronuncia-se segundo o interior do homem.
O coração humano e a necessidade de interioridade Portanto, se Maria revela e faz compreender ao homem do nosso tempo o seu próprio Coração Imaculado, também pode exigir o recolhimento do homem na interioridade do seu coração, no sentido em que este se oriente primeiramente para o seu interior e não para o exterior. Maria indica-lhe que o grande perigo consiste, hoje, na alienação, porque o olhar humano geralmente procura a direção invertida. O recolhimento deve ser feito voluntária e amorosamente, porque o homem não pode orientar-se, ao mesmo tempo, para Deus por direções opostas.
O trabalho apostólico, como atividade exterior, deve brotar da interioridade. Se o homem tomar outro caminho, separa-se de Deus. Por isso, Cristo diz, com tanta insistência, que em primeiro lugar se deve aspirar e procurar o Reino de Deus e que tudo o mais será dado por acréscimo. Este Reino de Deus encontra-se no interior de cada homem, no seu coração onde Deus habita pelo seu Espírito. Quanto mais se voltar para as coisas terrenas, tanto mais se afastará de Deus, mais enfraquece a consciência da proximidade de Deus, mais se afasta da luz, do olhar de Deus; a consciência do pecado atenua-se e Deus torna-se cada vez mais ausente. Consequentemente, já não saberá nem sentirá o que é, na realidade, o pecado. Já terá mais dificuldade em encontrar-se com Deus, unir-se a Ele, porque d’Ele se distanciará cada vez mais. Por isso, o mandamento da adoração é o primeiro e não o segundo ou o último.
O recolhimento do coração, a delicadeza da relação interior com Deus e a união com Ele indicam necessariamente a exclusividade do coração indiviso, sincero, verdadeiro, franco, fiel. Se faltar o fundamento da interioridade e a delicadeza da adoração, aumentarão as falsificações. O serviço do culto divino reduzir-se-á ao exterior das cerimónias. Muitas vezes os meios profanos da atividade apostólica são pretextos para se tornar escravo dos seus desejos mundanos, como a ambição de honra e poder – o pecado de Adão – ou outros desejos e cobiças que se lhe seguirão…
 
A adoração como reparação das ofensas contra Deus e Maria
Em Fátima, o Anjo da Paz e a Santíssima Virgem, por meio de três crianças, convidam toda a humanidade a adorar a Deus, a reparar as ofensas cometidas contra Ele e contra o Coração Imaculado de Maria e a colaborar na salvação dos pecadores que não O adoram, n’Ele não esperam e não O amam, pedindo perdão para todos.
Só poderemos colaborar neste pedido da Mensagem de Fátima se vivermos unidos a Jesus, nosso Salvador; e a medida da nossa colaboração depende da medida da nossa entrega a Ele. Separados de Jesus não conseguiremos fazer nada, mesmo nada.
Nossa Senhora espera a nossa colaboração para salvar as almas que se encontram em perigo de se afundarem no pecado e de se perderem eternamente. Para isso, pede a ajuda de almas que se ofereçam a Deus, de almas em cujo coração vive o próprio Jesus. Para colaborar na salvação das almas, nada é tão importante como a união íntima com Jesus, que veio ao nosso mundo com a mesma ordem do Pai: salvar as almas do mundo inteiro e reparar as ofensas cometidas contra Deus.
O caminho para a união com Jesus é o caminho do recolhimento e da oração; é sempre um dom da graça e, ao mesmo tempo, uma resposta decidida da parte de quem reza, supondo sempre um esforço. Os grandes orantes da Antiga Aliança antes de Cristo, bem como a Mãe de Deus e os Santos, com Ele, ensinam-nos que a oração exige um “combate espiritual” na vida do cristão. Pela oração, une-se a alma com Jesus e o progresso na oração marca o progresso da reparação.
Jesus Cristo é a videira e chama sarmentos aos que estão de certo modo enxertados n’Ele pelo amor, já participantes da Sua mesma natureza pela comunicação do Espírito Santo. É um facto que o Espírito de Cristo nos une a Ele. Por isso, diz Jesus: “Sem Mim nada podeis fazer”. As palavras do Anjo e de Maria, em Fátima, advertem os homens, com insistência, para a conversão, para a reparação dos muitos pecados deste mundo ateu, mais precisamente para a reparação em lugar dos outros, para obter a salvação dos pecadores e para reparar não unicamente a Deus e Jesus Cristo, mas também o Coração Imaculado de Maria.
A reparação e a súplica pela conversão dos Pecadores 
Na primeira aparição do Anjo, em 1916, os Pastorinhos aprenderam, com Ele, a rezar esta oração de reparação. E Lúcia explica: “E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras: – Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Depois, erguendo-se, disse: Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas. As suas palavras gravaram-se de tal forma na nossa mente, que jamais nos esquecemos. E, desde aí, passávamos largo tempo assim prostrados repetindo-as, às vezes, até cair cansados”.
E Nossa Senhora, logo na 1ª Aparição fez-lhes este convite: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos Pecadores?” Em Julho: “Sacrificai vos pelos pecadores e dizei muitas vezes […]: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”. Em Agosto: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.
 
A Oração mais antiga                          
 A mais antiga prece mariana evidencia a crença num grande mistério da nossa fé: a Maternidade Divina de Maria.
É esta: "À vossa protecção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!".
Rezada e propagada antes mesmo que a Ave-Maria, esta prece leva-nos a reflectir sobre a grandeza de um mistério que ultrapassa os séculos. Esta é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Encontrada num fragmento de papiro em 1927, no Egipto, remonta ao século III.
Tem uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos (“Estamos na provação” e “Livrai-nos de todo o perigo”) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Mãe de Deus. Este título é o mais importante e belo da Virgem Santíssima. Já no século II era dirigido a Maria e foi objecto de definição conciliar em Éfeso, em 431. O texto primitivo, do qual derivam as diversas variações litúrgicas é o seguinte: “Sob a asa da vossa misericórdia nós nos refugiamos, Theotókos; não recuses os nossos pedidos nas necessidades e salva-nos do perigo: somente pura, somente bendita”. Aliás, o texto original desta oração dirigida a Maria Santíssima, invocada como Theotókos (em português, Mãe de Deus), está guardado na biblioteca John Ryland, de Manchester, na Inglaterra, que o adquiriu no Egipto, em 1917, num pequeno papiro de 18 x 9,4cm, catalogado como Ryl.III, 470. O seu conteúdo foi identificado em 1939.
É ponto assente que a piedade mariana desde remotas épocas existe no povo de Deus, pondo em relevo a figura maternal de Maria.


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