Página Eucarística
Senhor, dá-nos sempre deste pão!
- 11-01-2021
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Como tem sido a minha resposta ao dom inestimável que é a Eucaristia? Como tem sido o meu relacionamento com Jesus Eucarístico?
Vamos reflectir a partir daquilo que nos revela a Palavra de Deus:
Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes fartos. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nela Deus Pai imprimiu o seu sinal”. Perguntaram-lhe: “Que faremos para praticar as obras de Deus?” Respondeu-lhes Jesus: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou”. Perguntaram eles: “Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra? Os nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu” (Sl 77,24). Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”. Disseram-lhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão!” Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6,26-35).
Esta passagem bíblica acontece logo após Jesus ter multiplicado os pães e os peixes e ter saciado aquela multidão. Uma multidão que antes estava faminta e agora queria novamente saciar-se pelo pão material que Jesus tinha a oferecer. Percebemos, então, que Jesus está a formar aquela gente para qualificar o seu relacionamento com Deus. Nesta qualificação, o homem é instruído a buscar a Deus não por aquilo que Ele tem a oferecer, mas sim por aquilo que Ele é.
Precisamos de qualificar o nosso relacionamento com Cristo
E é exactamente isto que o Senhor quer realizar connosco: Ele quer qualificar o nosso relacionamento com Ele.
Se não nos alimentarmos, certamente morreremos. Precisamos de alimento. Portanto, o sinal do pão indica algo essencial para a nossa subsistência. Jesus, o Pão da Vida, vem-nos alimentar. A nossa alma necessita da Eucaristia para não definhar. Trata-se de uma questão de subsistência da alma!
A nossa fé não se pode deter tão somente nas obras de Deus, mas é necessário, cada vez mais, buscar Aquele que é o Senhor das obras.
Vejamos: quando Deus envia Moisés para libertar o seu povo, Ele faz isto para que o povo de Israel possa servi-Lo, ou seja, a libertação da escravidão e todos aqueles milagres realizados por Deus diante do faraó no Egipto, estiveram sempre em função do culto.
Deus realiza sempre as Suas obras. Mas elas devem-nos impulsionar a cultivarmos um olhar contemplativo. O mistério da Eucaristia pede isto de nós! Diante de Jesus Sacramentado, a nossa adoração, o nosso olhar contemplativo diante do Senhor, são respostas de amor que damos a Nosso Senhor.
Jesus, porque nos quer formar como adoradores, Ele mesmo se encarrega de infundir em nós uma profunda sede de estar na Sua presença. Acreditai nisto! Desejai isto! Desejai muito estar na presença de Jesus Sacramentado e sabei que, quando vos colocais diante da Eucaristia, estais a “dar-vos de volta” a Deus. Adorar a Jesus é devolver a Ele a glória que Lhe é devida e que, muitas vezes, nós usurpamos com as nossas vaidades e autossuficiência.
Maria, a mulher eucarística
Maria, a mulher eucarística, pode e quer ensinar-nos a sermos adoradores em espírito e em verdade. Nossa Senhora quer ensinar-nos a cultivarmos uma atitude interior, uma atitude eucarística. Somos chamados a esta atitude eucarística: ter consciência de que Jesus está presente nas espécies do pão e do vinho e dar-Lhe o nosso louvor e adoração.
Maria ensina-nos que adorar é “fazer-se sacrário”. Maria foi a portadora do Verbo por excelência. Ela foi o primeiro “sacrário vivo”. E trazer Jesus dentro de nós é também abraçar o sacrifício que isso comporta. Adorar é também unir os nossos sofrimentos ao sofrimento de Cristo na Sua Paixão e Morte na Cruz.
Meus irmãos, como somos bem-aventurados, pois participamos no banquete eucarístico! Isto é uma graça sem igual! Acolhamos o mistério da Eucaristia, o nosso maior tesouro, dando a este mistério uma resposta sincera e amorosa.