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O astronauta que levou o Santíssimo Sacramento para o espaço
- 08-06-2022
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Na Estação Espacial Internacional, apesar de estar cheia de
equipamentos robóticos, há um ambiente especialmente procurado.
Trata-se da “Cúpula”, um pequeno módulo com sete janelas, de
onde os membros da tripulação podem apreciar espectaculares vistas panorâmicas
do nosso planeta.
O astronauta americano Michael S. Hopkins, “Mike”, coronel
católico, pertencente à Força Aérea, desejava ansiosamente ir à Cúpula, porque
o que via lá o deixava maravilhado.
“Quando tu vês a Terra daquela perspectiva e observas toda a
beleza natural que existe, é difícil não querer ficar lá e concluir que tem que
haver uma força suprema que criou tudo isto“, declarou.
E, para surpresa de muitos, em 2013, na Cúpula, Mike rezava
e… comungava!
Isto, graças a um acordo especial com a arquidiocese de
Galveston-Houston e a ajuda do pároco da igreja de Santa Maria Rainha em
Friendswood, Texas, o astronauta, que é fiel daquela paróquia, pôde levar
consigo uma píxide com seis hóstias consagradas.
Cada uma delas estava partida em quatro pedaços, de modo que
ele pudesse comungar uma vez em cada uma das 24 semanas da sua permanência na
Estação Espacial Internacional.
“Era extremamente importante para mim”, diz Mike, hoje com 47
anos de idade.
O astronauta cresceu numa área rural nos arredores de
Richland, Missouri, filho de pais metodistas. Pouco antes de viajar para o
espaço, após aprender o Catecismo, Mike tornou-se católico.
A sua conversão, segundo ele, foi motivada não só porque a
sua esposa e as duas filhas adolescentes são católicas, mas porque “eu sentia
que faltava algo na minha vida”.
Mike fez duas caminhadas espaciais para trocar uma bomba do
módulo, junto com o colega Rick Mastracchio.
Antes de sair da estação, comungou o corpo de Jesus.
“O nível de estresse nestas actividades pode ser muito alto”,
continua ele, em conversa com a agência Catholic News Service. “Saber que Jesus
estava lá comigo, no vazio do espaço, era importante para mim”.
Mike relata que as práticas de fé na estação espacial são
comuns, especialmente entre os astronautas católicos, e que existe respeito por
elas.
“Os meus colegas sabiam que eu tinha a Eucaristia comigo”,
reforça ele.
“Eu coordenava-me com o meu comandante russo. Ele sabia o que
era. Todos sabiam, mas eu não fazia alarde. Eles respeitavam a minha fé e o meu
desejo de vivê-la, mesmo lá, na órbita espacial”.
Na Noite de Natal de 1968, o astronauta americano Frank
Borman, a bordo da Apolo 8 em órbita em torno da Lua, leu ao vivo pela
televisão o livro do Génesis.
Em 1994, os astronautas Sid Gutiérrez, Thomas Jones y Kevin
Chilton rezaram juntos no Shuttle, voando a 125 milhas por cima do Oceano
Pacífico.
O astronauta Mike Massimino, no ano 2000, quis-se confessar
antes de partir. Além do mais, levou consigo uma bandeira da Cidade do
Vaticano, a qual, de regresso à Terra, entregou ao Papa João Paulo II, reinante
nesse momento.
A Sagrada Eucaristia, os Sacramentos e os símbolos católicos,
em graus diversos que vão do divino ao humano, têm um valor tal que inspiraram
todas as formas de devotamento imagináveis (e inimagináveis) ao longo dos
séculos.
Diante destas manifestações de fé, o que dizer dos que
pretendem justificar a distribuição da Eucaristia a quem não está em condições
de recebê-la, com grave profanação, sacrilégio e desrespeito?