Página Eucarística
A Minha Carne é verdadeira comida
- 29-05-2016
- Visualizações: 207
- Imprimir
- Enviar por email
A MINHA CARNE É VERDADEIRA COMIDA…
Muitas pessoas encontraram o Senhor Vivo nas suas vidas através da Sagrada Eucaristia. Se olharmos para a história, podemos ver pessoas notáveis que viveram apenas da Eucaristia como o seu pão diário.
Alguns nomes:
S. Nicolau de Flue da Suíça (1417-1487)
Nasceu no seio de uma boa família católica na Suíça. Era casado com Dorothy e tinham dez filhos. Aos cinquenta anos deidade ouviu uma voz interior que lhe disse: "Deixa tudo e segue-me. Deus cuidará de ti". Ele deixou tudo e todos, descalço, vestido com um roupão comprido de fabrico grosseiro, sem dinheironem provisões, segurando um terço na mão. Viveu num lugar solitário como um eremita. DURANTE DEZANOVE ANOS apenas comeu A SAGRADA EUCARISTIA que um sacerdote idoso lhe costumava dar diariamente durante a Missa.
As notícias espalharam-se por toda a parte e muitas pessoas corriam para ver este santo eremita. Surpreendidos pelo facto, as autoridades civis e eclesiáticas, revistaram a sua casa para verificarem se ele comia mais alguma coisa, mas não conseguiam encontrar nada de comestível no local onde ele vivia. É o padroeiro da Suíça. O Papa Pio XII canonizou-o em 1947.
Marta Robin de França 1902-1981
Marta Robin era uma simples camponesa francesa, nascida a 13 de Março de 1902, em Chateauneuf de Galaure, em França.
Enquanto participava num retiro em 1930, a Bem-Aventurada Virgem Maria apareceu-lhe e deu-lhe muitas mensagens e, a seguir às aparições recebeu os dons dos sofrimentos de Jesus: estigmas, insónias, perca de fome e sede. De dia e de noite sofria de dores por todo o corpo e sangrava de cinco chagas, mas sempre sofria isto com alegria no coração e um sorriso nos lábios.
Recebia centenas de visitantes no seu quarto todos os dias, a quem dava conselhos, encorajamentos e palavras de paz. As ofertas e presentes que lhe traziam, mandava-os distribuir pelos pobres. Durante CINQUENTA E UM ANOS viveu apenas DA SAGRADA EUCARISTA – SEM COMIDA, ÁGUA E SONO.
A sua vida era um milagre para muitas pessoas. Era uma mística e uma contemplativa. A última paixão ocorreu na sexta-feira de 6 de Fevereiro de 1981, quando Marta morreu. O seu funeral foi assistido por cinco Bispos, duzentos padres e milhares de pessoas, tendo a maior parte sido convertida por Marta. É a fundadora dos Lares de Caridade ("Foyer de Charité") em todo o mundo, para pregação e evangelização.
Catarina de Siena (1347-1380)
Catarina de Siena, viveu no século XIV, foi canonizada em 1641 e tornada doutora da Igreja em 1970. Viveu apenas com a Sagrada Eucaristia durante oito anos, sem comer e beber. Além disso, costumava ter êxtases do Sagrado Coração de Jesus, de onde ela costumava beber o Precioso Sangue de Cristo a jorrar com abundância do Seu lado. Embora não comesse nem bebesse nada a não ser o Corpo e Sangue de Cristo durante oito anos, era forte e activa na sua vida.
Alexandrina da Costa, de Portugal (1904-1955)
Era uma mística que teve inúmeros êxtases de toda a Paixão de Jesus. Um dia ouviu a voz do Senhor, dizer-lhe: "Não voltarás a comer, na terra. A tua comida será o Meu corpo, a tua bebida será o Meu sangue e a tua vida será a Minha vida... eu quero demonstrar ao mundo inteiro o poder da Eucaristia e o poder da Minha vida nas almas". A partir dessa altura, durante treze anos da sua vida, viveu apenas da Sagrada Eucaristia. Pouco antes da sua morte, olhando para o tabernáculo na Igreja, disse: "durante a minha vida, o meu desejo era estar em união com Jesus no Santíssimo Sacramento, e olhar para o tabernáculo tantas vezes quanto possível. Depois da minha morte, quero continuar a olhar para Ele, para olhar sempre fixamente para nosso Senhor, presente na Eucaristia”.
Louise Lateau da Bélgica (1850-1883)
Louise amou tão fervorosamente o Senhor na Eucaristia que teve vários êxtases e várias experiências místicas do amor de Deus. Durante a vida realizou muitos milagres. Tinha o estigma de Jesus Crucificado. A partir de Abril de 1871, deixou de comer, comia apenas a Sagrada Eucaristia. Além disso, não dormiu durante doze anos. Apesar do completo jejum, da insónia e da perda de sangue através das chagas, Louise era saudável e forte; gastava todo o seu tempo a cuidar dos doentes, dos pobres e dos fracos.
Therese Neumann da Alemanha (1898-1962)
Era uma mulher santa que estava acamada com paralisia, devido a músculos inchados e, desde 1926, só ingeria líquidos e não sentia qualquer sensação de fome. Lentamente, a sua fome e sede diminuíram e a partir do Natal de 1926, não comeu nem bebeu nada, viveu apenas da Eucaristia durante trinta e cinco anos. Manteve sempre o seu peso apesar de não comer e não beber; a Sagrada Comunhão diária era a causa básica da sua sobrevivência. Muitas autoridades eclesiásticas, como bispos e cardeais tinham dúvidas quanto à sua autenticidade, mas ao visitá-la, todos testemunharam o amor heróico de Therese por Jesus na Eucaristia e o facto dela não comer comida alguma. Médicos clínicos e professores universitários de Eichstãtt e de outros sítios da Alemanha testemunharam esta vida miraculosa de Therese, que vivia apenas da Eucaristia.
Audrwy Santo, Worcester, Massachusetts, EUA
É uma experiência contemporânea de uma rapariga que vive apenas da Eucaristia. Audrey, de doze anos, teve uma lesão cerebral num acidente numa piscina e ficou sem poder andar nem falar. Há nove anos que vive apenas da Sagrada Comunhão, que recebe diariamente; não consegue comer qualquer comida sólida. O bispo local permitiu que o Santíssimo Sacramento ficasse guardado num tabernáculo no seu quarto. Audrey tem muitas aparições de Nossa Senhora, êxtases miraculosos e experiências da Sagrada Eucaristia. Por três ocasiões, uma hóstia consagrada, tirada do tabernáculo, pingou um líquido avermelhado que foi examinado independentemente por muitos médicos e que se verificou que era sangue humano. Uma vez, o próprio tabernáculo estava a sangrar. A Audrey tem estigmas. Muitas conversões ocorrem no seu quarto.
As seguintes pessoas também viveram apenas com a Sagrada Eucaristia, durante anos. A Sagrada Eucaristia não é apenas alimento espiritual para a alma, mas é também um substituto para a comida natural; as palavras do Senhor não deixam dúvidas:
"Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu... Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu... o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo... a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida" (Jo 6: 32, 35, 51, 55).
As pessoas referidas e a lista de pessoas abaixo mencionadas são verdadeiros testemunhos de que Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia é verdadeira comida everdadeira bebida.
Santa Ângela de Foligno (1245-1305) doze anos.
Santa Lidwina de Schiedam (Holanda -1380-1433) durante 38 anos.
Santa Catarina de Génova (1447-1510) durante vinte e três anos.
Bem-Aventurada Catarina de Racconigi (1486-1547), dez anos.
Domenica Narducci da Paradiso (1473-1553) durante 20 anos.
Cattherine Emmerich (Alemanha 1774-1824) doze anos.
Maria Furtner (Bayern-Alemanha-1819-1884), quarenta anos.
Domenica Lazzeri (Tyrol -1815-1848) durante catorze anos.
Juliana Engelbrecht (Alemanha -1835-1853) durante oito anos.
Marie-Julie Jahenny (Le Fraudais 1850-1941) durante 5 anos.
Hóstia: O que esta palavra sugere
Os cristãos adotaram a palavra hóstia
para se referir ao Cordeiro
Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em
procissão (na festa do Corpo de Deus), guardar a hóstia... As crianças às vezes
perguntam à catequista: "Quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?"
(Referem-se à primeira comunhão).
A palavra “hóstia” vem do latim. E em latim, "hóstia" é praticamente
sinónimo de "vítima". Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à
vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim)
chamavam "hóstia". Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão
inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam "hóstia". Ligada
à palavra "hóstia" está a palavra latina "hóstis", que
significa: "o inimigo". Daí vem a palavra "hostil"
(agressivo, ameaçador, inimigo), "hostilizar" (agredir, provocar,
ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma "hóstia".
Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contacto com a
cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra
"hóstia", exactamente para se referir à maior "vítima"
fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado.
Os cristãos adotaram a palavra "hóstia" para se referirem ao Cordeiro
imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial
eucarístico.
A palavra "hóstia" passa, pois, a significar a realidade que Cristo
mostrou na última ceia: "Isto é o meu corpo entregue... o meu sangue
derramado". O pão consagrado, portanto, é uma "hóstia", aliás, a
"hóstia" verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez
mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito pão e
vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei..., tomai e bebei...
Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido
profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra "hóstia"
na liturgia do cristianismo romano primitivo, e se fixou quase que só na
materialidade da "partícula circular de massa de pão ázimo que é
consagrada na missa". A tal ponto de acabamos por chamar
"hóstia" até mesmo às partículas ainda não consagradas!
Hóstia, é isto: a morte do Senhor e a sua ressurreição, a sua total entrega por
nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do
Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na
missa, toda a assembleia canta: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte,
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus".
Diante desta "hóstia", isto é, diante deste mistério, a gente
inclina-se em profunda reverência, ajoelha-se e mergulha em profunda
contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido
"como hóstia viva, santa, agradável a Deus" (Rm 12,1). Adorar a
"hóstia" significa render-se ao seu mistério para o viver no
dia-a-dia. E comungar a "hóstia" significa assimilar o seu mistério
na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si ao
serviço dos irmãos, hóstia.
Por isso o Concílio Vaticano II exortava à participação consciente, piedosa e activa
no "sacrossanto mistério da eucaristia", completa: "E aprendam a
oferecer-se a si próprios, oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do
sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como
Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que,
finalmente, Deus seja tudo em todos" (SC 48).