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O que é o Santíssimo Sacramento?
- 15-05-2015
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O que é o Santíssimo Sacramento? - Monsenhor de Ségur
O que ensina a Igreja Católica sobre este grande mistério.
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A fé mostra que Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, querendo habitar na sua Igreja até ao fim do mundo e provar constantemente a fé dos seus fiéis, instituiu o sacramento da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, no Cenáculo, na cidade de Jerusalém, algumas horas antes de começar a sua dolorosa Paixão.
Ele tomou o pão ázimo (sem fermento), abençoou-o e, pela sua omnipotência, transformou-o na própria substância do seu corpo; depois tomou um cálice, que com vinho, abençoou-o e consagrou-o na substância do Seu Sangue divino;
De tal maneira que os apóstolos, ao receber o que Jesus lhes apresentou, receberam não pão e vinho, mas o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, o próprio Jesus Cristo, oculto sob as aparências do pão e do vinho.
A fé mostra que na hóstia consagrada, o Corpo do Salvador é vivo, todo inteiro, unido ao Seu Sangue, à sua alma e à Sua divindade; o mesmo se dá em cada partícula da Santa Hóstia: Jesus Cristo está realmente, substancialmente e corporalmente presente, como na Hóstia inteira.
Quando o sacerdote toma a Hóstia, ele não parte o Corpo do Senhor, mas somente o sinal sensível, a aparência do pão, que vela este Corpo divino e que o torna presente no altar.
No cálice, Jesus Cristo está igualmente presente, todo inteiro. O Seu Sangue adorável está ali, cheio de vida, unido ao Seu Corpo, à Sua alma e à Sua divindade.
Jesus Cristo está presente em cada gota de vinho consagrado, como em cada partícula da Santa Hóstia.
A Eucaristia é, pois, um Sacramento (um sinal exterior) que contém real e substancialmente Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus feito homem, sob as espécies do Pão e do Vinho.
O Sacramento da Eucaristia torna presente no meio de nós, ainda que velado ao nosso olhar, o nosso Divino Salvador, com o seu Corpo, seu Sangue, sua alma e sua divindade. Como é o mais augusto, o mais santo de todos os sacramentos, é chamado o Santíssimo Sacramento, o Sacramento por excelência.
Dá-se-lhe também o nome de Eucaristia; palavra que vem do grego e significa a graça por excelência. O Santíssimo Sacramento é, pois, o bom Deus; é Jesus Cristo que está corporalmente presente no meio dos cristãos.
Como outrora em Belém, em Nazaré, em Jerusalém, o Filho eterno de Deus, estava pela sua humanidade, realmente presente no meio dos homens; e, pelo Santíssimo Sacramento, Ele continua a habitar realmente no meio de nós.
Não o vemos, mas Ele está igualmente presente, como um homem está realmente presente numa habitação, mesmo estando escondido atrás de uma cortina.
O véu que na Eucaristia, nos oculta Jesus Cristo, são as espécies sacramentais, isto é, as aparências do pão e do vinho. Em Jerusalém, o véu que ocultava aos judeus a divindade do Salvador era a sua humanidade.
Os judeus deviam crer na divindade, que eles não viam, e que, no entanto, estava realmente presente: nós devemos crer igualmente naquilo que não vemos, isto é, na divindade e na humanidade de Jesus Cristo, ambas presentes sob o véu da Hóstia consagrada.
A Igreja ensina ainda que os sacerdotes, e somente eles, recebem de Deus, por meio do Sacramento da Ordem, o poder de consagrar, isto é, de mudar o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo.
Fazem-no numa cerimónia religiosa augustíssima que se chama Missa, à qual todos os cristãos estão obrigados a participar ao menos todos os sábados de tarde, ou domingos e em certas festas, sob pena de pecado mortal.
Durante a Missa, no momento solene da consagração ou elevação, o sacerdote, como outrora Jesus Cristo no Cenáculo, transforma o pão e o vinho no Corpo e no Sangue no Filho de Deus.
Esta mudança milagrosa chama-se transubstanciação, isto é, transformação da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor.
O sacerdote e os cristãos que estão preparados comungam, isto é, recebem o próprio Cristo, a fim de permanecer mais fiéis e de O amar mais.
Após a Santa Missa, o Santíssimo Sacramento é respeitosamente conservado sob a espécie do pão e guardado no sacrário. É assim nas nossas Igrejas, mesmo nos mais pobres vilarejos, o nosso grande Deus habita noite e dia no meio de nós.