Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Orações

Santas Chagas de Cristo

A Devoção às Santas Chagas de Cristo em Portugal

No Martirológio Romano, livro litúrgico oficial da Igreja, lê-se no dia 13 de Fevereiro o seguinte: «A Festa dais Cinco Chagas de Nosso Senhor, as quais o reino de Portugal escolheu desde os seus princípios para insígnia real».
E no Breviário, livro igualmente oficial da Igreja, lê-se no próprio de Portugal a nota explicativa que vem no princípio do ofício em honra das Cinco Chagas do Senhor, agora mudada para o dia 7 de Fevereiro:
«O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na Cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses desde o começo da nacionalidade... Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo».
O grande impulsionador da devoção às Chagas do Senhor foi S. Bernardo, que, como sabemos, era primo do nosso primeiro rei D. Afonso Henriques. Tendo mandado para Portugal os seus monges para o Mosteiro de Alcobaça, dali se propagou por todo o Pais esta devoção tão radicada na alma portuguesa. As 5 Chagas de Cristo, impressas na bandeira nacional até aos dias de hoje, o que a torna sagrada, presidiram e presidem a todos os acontecimentos da Pátria, quer os de desventura para lhes dar esperança, quer os de glória para nos incitar à acção de graças.
Além da devoção pública e oficial da Nação portuguesa, fomentamos ainda esta devoção na nossa piedade privada.
Uma religiosa do Mosteiro da Visitação, falecida em odor de Santidade, em Charnbery, na França, em 21 de Março de 1907, assegurava ter-lhe Nosso Senhor ensinado duas invocações em honra das Cinco Chagas, ligadas a várias promessas de graças a quem as fizesse.
Estas duas invocações foram indulgenciadas pela Santa Sé no tempo de Pio XI, pela Sagrada Penitenciária em 16 de Janeiro de 1924, o que quer dizer que, embora não se comprometendo com a declaração da autenticidade das aparições, quis mostrar não haver erro teológico nestas invocações às Santas Chagas e isto basta para a piedade privada de cada um.

As invocações são estas:

«PAI ETERNO, EU VOS OFEREÇO AS CHAGAS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO PARA CURAR AS CHAGAS DAS NOSSAS ALMAS»; e «MEU JESUS, PERDÃO E MISERICÓRDIA PELOS MÉRITOS DAS VOSSAS SANTAS CHAGAS».

Jesus teria dito: «O Meu Pai compraz-se no oferecimento das minhas Santas Chagas... oferecer-Lhas é oferecer-Lhe a Sua Glória, é oferecer o Céu ao Céu; as minhas Chagas sustêm o mundo; das minhas Chagas saem frutos de santidade; as minhas Chagas repararão as vossas: em qualquer desgosto, qualquer sofrimento, recorrei logo às minhas Chagas que a dor será suavizada; deve-se recorrer às minhas Chagas em favor dos doentes; oferece-mas muitas vezes pelos pecadores, porque eu tenho fome das almas. O pecador que disser a oração seguinte: “Pai Eterno, eu Vos ofereço as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo para curar as chagas das nossas almas» - obterá a sua conversão. As Santas Chagas são o tesouro dos tesouros para as almas do purgatório; é necessário recorrer sem cessar às minhas Chagas para o triunfo da Igreja; concederei tudo o que me pedirem pela invocação das minhas Santas Chagas.
À Santa Igreja competirá declarar a autenticidade destas revelações, mas privadamente, na nossa piedade particular, podemos usar destas jaculatórias e até, para maior facilidade, agrupá-las, passando-as pelas contas do nosso Terço. Como piedade privada, pois nas igrejas, em público, as orações que se façam têm de obedecer às normas e à aprovação oficial da competente autoridade eclesiástica.

Nas contas grandes, em vez do Pai-Nosso, diremos: «Pai Eterno, eu Vos ofereço as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo para curar as chagas das nossas almas»; e nas pequeninas, em vez da Avé-Maria, diremos: «Meu Jesus, perdão e misericórdia pelos méritos das Vossas Santas Chagas». Terminamos este conjunto de jaculatórias dizendo três vezes: «Pai Eterno, eu Vos ofereço as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo para curar as chagas das nossas almas».

Podemos ainda marcar para cada dezena uma intenção ou intenções: a primeira, por exemplo, seria: em reparação dos pecados do mundo, especialmente de Portugal e para obter a sua salvação; a segunda, pela conversão dos pecadores, especialmente os da nossa família e outros que queiramos recomendar a Deus; a terceira, pelas almas do Purgatório; a quarta, pelos agonizantes e moribundos, especialmente os daquele dia e daquela noite; a quinta, pelo Santo Padre, pelos nossos Bispos, Sacerdotes e almas consagradas a Deus e pelas nossas intenções particulares.

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