Orações
As 3 orações mais "perigosas" que podes fazer
- 23-11-2019
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As 3 orações mais “perigosas” que podes fazer Cuidado com o que pedes; é que podes receber o que pedes… Em 2014, Matthew Wenke e sua esposa viram a sua filha Nora entrar num convento para seguir a vocação como religiosa. À medida que as portas se fechavam atrás da jovem, a família sabia que, se ela perseverasse, Nora nunca mais daria o ar da graça na casa deles. Isto porque, além de fazer os votos habituais – pobreza, castidade e obediência – as freiras passionistas fazem um quarto voto: o de clausura. Wenke, embora estivesse orgulhoso da sua filha e feliz pela alegria dela, precisava de um tempo para perceber tudo o que estava a acontecer, porque, como ele escreveu: “Quando rezei pelas vocações, não quis dizer que Deus poderia tirar a minha filha de mim”. Aí é que mora o perigo: “Tome cuidado com o que você pede; você pode ser atendido”. Frequentemente começamos as nossas orações, dizendo a primeira oração “perigosa”, que é: “seja feita a vossa vontade”. Mas queremos alcançar a graça que buscamos sem ter que encontrar a Cruz. Eu sei que faço isto sempre e digo: “querido Deus, ensina-me a ser uma pessoa melhor. Seja feita a tua vontade, mas não faças isto de maneira louca, que envolva algo trágico, ok? Não consigo lidar com isto”. Às vezes, as minhas orações seguem o estilo de Flannery O ‘Connor: “Senhor, nunca serei um santo, mas posso ser um mártir se eles me matarem rapidamente”. Queremos todas as bênçãos e, de preferência, com o menor sofrimento possível! Nós sempre pensamos: “por favor, não destruas a minha vida!” Esta é a segunda “oração perigosa”. Numa recente entrevista, uma jovem religiosa dominicana revelou que um orador, numa conferência de jovens católicos, tinha desafiado os participantes a fazer a seguinte oração: “Ó Deus, arruína a minha vida!” Ela topou o desafio. Mas, depois de fazer aquela oração audaciosa e perigosa, todo o seu mundo e as suas perspectivas mudaram. A terceira oração perigosa, porém, é a que o Pe. Brad Milunski, trouxe na sua homilia durante a Primeira Profissão da Ir. Frances Marie, do Coração Eucarístico de Jesus. Sim, esta é a filha de Matt Wenke, que está a viver na sua clausura. Na homilia, o Pe. Milunski admite que esta é uma oração corajosa: “Senhor, faz-me teu”: “Quando eu estava a começar o meu ministério paroquial, tive a sorte de estar perto dum convento de freiras em Nova Jersey. A madre superiora tornou-se minha directora espiritual e partilhou comigo um dia que, desde o início, a sua única oração a Deus era simplesmente isto: ‘Faz-me tua’. Devo confessar que voltei para o convento um pouco assustado com esta oração. Eu também estava um tanto aborrecido comigo mesmo por não conseguir fazer esta prece sem oferecer a Deus a minha lista de notas de rodapé. Eu dizia: ‘Faz-me teu, mas aqui estão as minhas sugestões, Senhor, sobre como podes fazer isso’. Talvez seja uma coisa de moleque, mas eu desconfio que não”. Eu mal tenho a coragem de dizer “a Sua vontade, não a minha”, embora eu saiba que eu tenho o controle de poucas coisas e acredite – com todo o meu coração, porque eu sou verdadeira filha de São Filipe Neri – que “todos os propósitos de Deus são para o bem; embora nem sempre possamos entender isto, podemos confiar nisto”. Eu acredito nisto porque eu vi, na minha vida, como as coisas que eram trágicas e sem sentido acabaram por servir um plano muito maior do que qualquer coisa que eu pudesse ter sonhado. Tomemos os exemplos de São Paulo e Santa Teresa de Calcutá. Eles, nalgum momento, fizeram as suas perigosas orações a Deus, dizendo: “Usa-me”. E acabaram por ser usados. Sigamos estes exemplos, mas somente se não tivermos medo destas “orações perigosas” e das suas bênçãos.