Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

O Sofrimento

Por que é que Deus permite o sofrimento

O sofrimento de Cristo por nós.

Nosso Senhor sofreu por nós. Nunca nos devemos esquecer disto.

Do ponto de vista natural, pode-se dizer que o sofrimento decorre da própria natureza do homem.

Todo o ser dotado de sensibilidade está sujeito à dor, assim como à alegria. Quando os objectos ou as pessoas estão em harmonia com a sua sensibilidade, ela experimenta prazer;

Quando, ao contrário, ferem essa sensibilidade, ele sofre. É possível, portanto, sofrer sem culpa própria.

Mas a fé ensina que o sofrimento entrou no mundo por causa do pecado. Por um acto de bondade infinita e essencialmente gratuita, Deus tinha preservado o homem da dor. 

Criado em lugar de delícias, ele devia, se fosse fiel a Deus, passar deste Paraíso terrestre directamente para o Céu, para nele gozar por toda a eternidade, de uma felicidade sem sombras.

O pecado de Adão, transmitido aos seus descendentes, veio transtornar este belo plano.

Com o pecado, a dor e a morte entraram no mundo, não somente como uma consequência natural da sensibilidade, mas também como um castigo pelo pecado.

Era justo: pois, tendo o homem pecado por um amor desordenado ao prazer, para satisfazer o seu orgulho e a sua sensualidade, era bom que ele sofresse para expiar a sua falta, e;

Para se sentir mais inclinado a evitar toda a transgressão, vendo que há uma justiça imanente e que o culpado é punido pelo seu pecado.

Assim, o sofrimento que parece ser um mal, torna-se um bem na ordem moral, uma reparação e um preventivo contra novas transgressões.

Esta ideia torna-se mais clara com o grande mérito da Redenção.

Para reparar a ofensa infinita cometida contra Deus pelos nossos primeiros pais e pela sua posteridade,

O Filho de Deus consente em fazer-se homem, e tornar-se o representante da Humanidade culpada;

Em assumir sobre si o peso das nossas iniquidades, em expiá-las durante trinta e três anos de sofrimentos e, sobretudo, pela imolação no Calvário.

Assim, o sofrimento é reabilitado, enobrecido e divinizado. Já não é somente um castigo, mas um acto de obediência aceite voluntária e generosamente por amor;

Um acto que, na pessoa de Jesus Cristo, tem um valor infinito.

Por ele, Jesus glorifica a Deus muito mais do que o pecado que O tinha ofendido, e coloca o homem, sob vários pontos de vista, a um estado superior ao de Adão inocente.

Este acto tem para nós, portanto, as mais felizes consequências. Associando o nosso sofrimento aos seus, Nosso Senhor lhe confere um valor incomensurável.

Eles tornam-se, não um castigo, mas uma reparação: nós tínhamos pecado por desobediência e por egoísmo;

Ao sofrer com Jesus e pelas suas intenções, reparamos a nossa falha por um acto de obediência e de amor.

Mas, além disso, utilizamos o sofrimento para progredir na santidade: cada dor pacientemente suportada por amor a Jesus aproxima-nos de Deus e aumenta o nosso amor por Ele.

E aumenta, ao mesmo tempo, a glória que nos caberá no Céu:

Como afirma São Paulo, as nossas tribulações são breves e fáceis de suportar, em comparação com a glória imensa e eterna que receberemos em recompensa!

Por isso o apóstolo se alegra nas suas enfermidades e se gloria nas suas tribulações, feliz por uni-las às de Cristo Jesus e completar assim a Sua Paixão, para o maior bem da Igreja e das almas.

Milhões de santos, caminhando nas pegadas do Mestre, sofreram e sofrem com alegria; dentre eles, muitos se ofereceram como vítimas, à Justiça divina para expiar as suas faltas e as dos outros; ao Amor, para serem consumidos pela Divina Caridade, para viver e morrer como mártires e assim ter uma parte maior na eterna visão e no eterno amor.

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