Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

O Sofrimento

O inestimável trabalho dos enfermeiros e das enfermeiras

Em primeiro lugar dirijo-lhes o meu penhorado agradecimento, pelo que eles representam dentro de um hospital.
Para os doentes, os enfermeiros e as enfermeiras são fonte de segurança e reconforto; para os visitantes, são as intermediárias entre eles e a instituição, onde se encontra o seu ente querido. Com um sorriso acolhedor, um toque competente e gentil, são o rosto que humaniza qualquer internamento, sobretudo as mais penosas.
A circunstância da doença acomete o enfermo na sua dimensão física mas, também, na sua dimensão psicológica e espiritual, sobretudo quando a situação é grave e dolorosa.
Há quartos e enfermarias de onde saem gemidos pungentes... Então, verifica-se, frequentemente, o problema do desânimo, do pessimismo, da angústia. Nas UTI’s, principalmente, o doente vê-se isolado do convívio com outras pessoas, muitas vezes sob o efeito de diversos remédios. A doença atinge a família, o emprego do enfermo e, até, a sociedade, num quadro mais amplo. Tudo isto é angustiante.
A questão desdobra-se, inclusive, numa dúvida de cunho teológico e existencial: “Por que a doença atinge determinada pessoa (ou a mim mesmo)? Qual a razão para isto? Será que a doença é necessária, como um caminho de pedagogia, de correcção para o ser humano, ou ocorre, simplesmente, como um desgaste da natureza?” Quando o sofrimento atinge as crianças, inocentes que sofrem inconscientemente, as perguntas tornam-se inevitáveis, mesmo entre pessoas de fé.
Somente na Cruz de Cristo se encontra a resposta para este, que parece ser o maior dilema com o qual a humanidade se defronta: o sofrimento.
Na Cruz, o sofrimento transfigura-se em vitória, pois adquire carácter redentor. Além disso, os doentes são, para os que têm saúde, objecto da caridade, no seu sentido mais nobre de abnegação. O próprio Cristo se declara acolhido, na pessoa de cada doente: “Eu estava enfermo e me visitastes” (Mt 25,36).
Aqui entra a missão dos enfermeiros e das enfermeiras, que exige uma qualificação profissional, humana e, até mesmo, espiritual muito grande. Eles precisam ser peritos nas questões de saúde e, também, nos relacionamentos. No trato com os médicos, aos quais estão subordinadas, os enfermeiros e as enfermeiras aprendem a conciliar a observância de normas e deveres com a competência de iniciativa e liderança, que lhes é essencial nos momentos de crise e de actuação com todo o tipo de doentes.
Em relação aos enfermos, colocam-se ao seu lado, assistindo-os dia e noite, desenvolvendo uma certa empatia com eles, muito benéfica para a recuperação. Muitos actuam, inclusive, com tanta delicadeza e sensibilidade, que administram o tratamento necessário, sem importunar o paciente. Esta empatia brota da compaixão, isto é, leva a experimentar em si mesmo o sofrimento do outro. “Só pode ajudar o doente quem sofre com ele”, disse um médico cirurgião.
Para os familiares e amigos visitantes, os enfermeiros e as enfermeiras também oferecem algum socorro. Quantos não ficam inibidos diante da realidade da doença e da dor, com a qual não estão acostumados a lidar? Frequentemente, faltam-nos as palavras de consolo que gostaríamos de dizer, mas que calamos por medo, seja de mentir ao doente sobre a sua situação, seja de o alarmar. Então, os enfermeiros e as enfermeiras ocupam o nosso lugar, quando já não sabemos o que dizer.
Por tudo isto, é de desejar que os enfermeiros e as enfermeiras sejam pessoa que, pelo menos, creiam em Deus. Muito melhor, ainda, se professarem a fé verdadeira, pois, ao tocarem nos enfermos, eles saberão que estão a tocar na imagem do próprio Cristo: “Tudo o que fizestes ao menor destes meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25,40).
Aquilo que se faz de bem, e o serviço que se presta aos doentes, não passa sem recompensa diante de Deus.
A enfermagem é, verdadeiramente, uma missão de cunho humanitário, que requer altíssima qualificação, e tem o poder de melhorar a vida das pessoas e, consequentemente, tornar a sociedade mais humana.
Durante a noite, o mundo dorme. Mas há os que velam, alguns por hábitos noctívagos, outros por função profissional. Entre estes estão os enfermeiros e as enfermeiras, que, silenciosamente, se achegam ao leito dos doentes, respeitando o precioso sono que, muitas vezes, só chegou alta madrugada, depois de angústias e dores. Lá não estão os médicos. São eles que, como verdadeiros anjos, acompanham os sinais vitais, como respiração, batimentos cardíacos, pressão sanguínea, temperatura, e proporcionam todos os cuidados primários, que o paciente deve receber num hospital.
O Crucificado, que conheceu o mais profundo e terrível dos sofrimentos, para nos curar, salvar e redimir, os abençoe com abundância de graças, tornando a sua missão portadora da misericórdia divina.
 
 
 
 

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