O Demónio existe
O diabo existe, o Reiki atrai-o e há coisas piores
- 24-01-2023
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Os Padres Bronchalo, Silva e Domenech em Red de Redes, num capítulo sobre o diabo e os exorcismos
O diabo existe? Seguindo o Catecismo da Igreja, os sacerdotes da Internet Jesús Silva, Patxi Bronchalo e Antonio María Domenech têm a certeza de que sim, mas não param por aí. Com o objectivo de ajudar e esclarecer, Silva, Bronchalo e Domenec dedicam ao tema o novo capítulo de Red de Redes.
Aqui reunimos as principais conclusões do episódio:
1) O diabo existe: ele tem mente e vontade
A primeira pergunta é sobre a própria existência do diabo. Está lá ou é apenas um conceito, ou uma espécie de energia negativa?
Os três sacerdotes dizem que ele tem uma mente, personalidade. É um ser pessoal. "Existe e tem liberdade, actividade, intenções, métodos", lembra Domenech.
Os sacerdotes recordam o Catecismo: o diabo é uma criatura, um anjo caído. Silva lembra que aquele que chamamos "diabo" é geralmente Satanás, que é o "líder", mas que há um certo número de demónios: anjos que viraram as costas a Deus. E o que isso significa? Eles apontam que a queda de Satanás é ter dito a Deus: "Eu não servirei", e que isso corrompeu a sua essência. "O diabo odeia a nossa felicidade", observa Domenech, e Bronchalo adverte: "O que ele quer é vossa destruição, a vossa condenação".
"O diabo odeia a Deus, as criaturas e a si mesmo, e quer arrastar todos os seres possíveis para a condenação, para ferir o coração de Deus", insiste Silva, para quem é importante falar sobre o diabo, mas deixando claro que ele não é o protagonista.
"O protagonista é Jesus Cristo, que derrota o diabo", diz ele. "Falamos do diabo", acrescenta ele, "para conhecer e entender o inimigo, para ser capaz de derrotar e resistir".
2) Bruxaria ou Reiki abrem a porta para a ação diabólica
Os sacerdotes detalham que há três maneiras pelas quais o diabo pode nos afectar: possessão, opressão e tentação, e eles passam a detalhar cada uma delas, começando com as mais cinematográficas. "Numa possessão, uma pessoa abre alguma porta da sua liberdade ao diabo e ela entra no seu corpo e domina-o", detalha Silva.
E como é que essas portas se abrem? Silva dá alguns exemplos: através do atanismo, bruxaria, reiki, terapias de invocação de energias cósmicas... "Toda a bruxaria ou terapias desse tipo são tentativas de influenciar e manipular o sobrenatural; é o oposto da relação que os cristãos têm com o sobrenatural, que é dizer a Deus 'Seja feita a Tua vontade'", diz Bronchalo.
Silva conclui: "Só podemos orar, que é pedir; qualquer coisa que vá além pode abrir uma porta ao inimigo."
Os três clérigos detalham alguns sintomas de possessão – inquietação, um ódio especial ao sagrado – mas insistem que não devemos ficar obcecados em procurá-los. "Sabe-se se uma pessoa está possuída num exorcismo, onde o padre – devidamente delegado pelo bispo – repreende o diabo com uma oração litúrgica", explica Silva, e diz que muitas vezes é preciso mais de um exorcismo para remover o diabo, mas que, no final, é um processo que – na sua experiência – sempre levou a uma conversão maior da pessoa que passa por ele.
3) Exorcismo e oração de libertação não são a mesma coisa
A segunda maneira de agir do diabo é a opressão, que é quando ele não possui o corpo, mas o assombra. "É uma situação em que tu és mais influenciado pelo diabo do que o resto: é mais do que uma tentação, às vezes parece que foste tirado da tua liberdade, ou não sabes o que estás a fazer", explica Domenech.
Silva também distingue entre opressão - quando o diabo está ao teu redor -, obsessão - que tem a ver com maus pensamentos, e que vai além do psicológico - e infestação, que é quando um demónio possui um lugar ou uma coisa.
O padre ressalta que estes tipos de casos podem exigir uma oração de libertação, o que não é o mesmo que exorcismos.
Numa oração de libertação, fala-se ao diabo ou repreende-o, mas fala-se a Deus: implora-se a Deus que liberte essa pessoa do Maligno – como é pedido no Pai-Nosso. Além disso, um exorcismo requer um ministério concreto, enquanto uma oração de libertação pode ser feita por qualquer sacerdote (ou mesmo por qualquer leigo: todos podem suplicar a Deus).
4) Tentação, a coisa mais perigosa
"Parece que a pior coisa é a posse, mas na realidade a coisa mais perigosa é a tentação, porque é a obra do diabo que normalmente afecta a todos nós", diz Bronchalo. Silva acrescenta que a tentação pode levar ao pecado, e o pecado sem arrependimento, à condenação.
Mas quem tentou o diabo? Os três sacerdotes acrescentam que a tentação diabólica não é a única causa do pecado: também posso pecar pelo mundo – o incitamento dos outros, do meio social – ou porque me deixo levar por mim mesmo.
"E cuidado para não fazer as pazes com o pecado, porque vai além: o diabo no Génesis aparece como uma serpente e no Apocalipse ele já é um dragão", adverte Bronchalo.
Para resistir à tentação, acrescentam, é preciso conhecer "os truques do inimigo". A primeira é que procura atacar o ponto mais fraco; a segunda, que age com insistência para alcançar o seu objetivo – e devemos dizer "não" desde o início –, e a terceira, que age escondendo as suas intenções e sem querer vir à luz.
"A tentação, explicada ao confessor, já está vencida", diz Domenech.
5) O diabo é "um mentiroso profundo"
Bronchalo pede para ter muito cuidado com frases como "é que o diabo disse a tal exorcista que..." Tenha muito cuidado, porque o diabo é um mentiroso profundo, e tudo o que ele diz deve ser questionado", diz Bronchalo.
"E tenha cuidado, porque muitas das suas mentiras – como no Génesis – estão cercadas de verdade: quanto mais verdade uma mentira tem, mais dano ela faz", acrescenta Domenech