O Carnaval
Festa popular tradicional e histórica
- 10-02-2009
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Carnaval: dois caminhos, uma escolha
Uma escolha que cada um de nós deverá fazer
Como passar o Carnaval? Para onde ir? Onde ficar? O que fazer?
Normalmente, dois grupos tomam caminhos bem opostos. O primeiro dá vazão à carne e cai na folia, aproveita para passear, assiste aos desfiles, come, bebe, diverte-se segundo os desejos próprios da carne. O outro grupo costuma tomar um rumo bem oposto: deixa tudo e retira-se para encontros e retiros espirituais. Participa de retiros abertos ou fechados. Dedica-se a estar com o Senhor: ouvindo a Palavra, louvando-O e adorando-O.
Para este grupo, aplica-se e torna-se realidade esta Palavra de Neemias: “Não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força” (Ne 8,10). Trata-se, porém, de uma festa e de uma alegria bem diferentes daquelas que o mundo oferece. Nos retiros espirituais não há preocupações de maior. O único contágio que geralmente acontece com este grupo é o da alegria. Uma alegria que só o Senhor Deus pode oferecer.
Há dois caminhos totalmente opostos. Mas, tu podes escolher apenas um deles. Jesus lembrou: “Não podeis servir a dois senhores” (Mt 6, 24).
Uma escolha que cada um de nós deverá fazer, sabendo que: “Os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que queríeis” (Gl 5,17). Cada caminho leva a um destino e um final diferentes. Por isso, Jesus nos preveniu:
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7,13-14).
Tu, qual dos dois caminhos escolherás?
Cristo disse e nos alertou sobre as festas que o mundo oferece: um dia, elas seriam parecidas com o que já aconteceu na face da terra, nos tempos de Noé: “Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos” (Lc 17, 26 – 27). É importante que estejamos bem atentos e procuremos fazer como Maria “que escolheu a melhor parte” (cf. Lc 10, 42): ficou aos pés de Jesus.
O efeito de cada uma das escolhas aparecerá claramente na Quarta-feira de Cinzas. Todos podem até estar cansados; mas, o estado de ânimo será bem diferente. Enquanto uns estarão curtindo a ressaca e o vazio; outros estarão com o coração exultante da alegria do Senhor. Sejamos espertos: escolhamos a melhor parte, como Jesus afirmou: “Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada” (Lc 10, 42).
E quando acabar o Carnaval, o que fica?
Eu também já pulei e brinquei no Carnaval. Mas eu não fazia mal às pessoas, era só para me divertir, e acredito que exista muita gente assim. Em busca da verdadeira alegria.
Quando encontrei o Rei do meu Carnaval, Jesus de Nazaré, descobri qual era a verdadeira alegria. A verdadeira alegria é um fruto interior, fruto do Espírito Santo, que não precisa de condicionamentos externos para encher o meu coração, ela é constante e não depende de música, de bebidas, muito menos de usar pessoas para que ela aumente em mim. A verdadeira alegria em mim dá sentido ao que eu sou e ao que eu faço.
A alegria, não deixa peso, remorso ou dúvidas, muito menos se satisfaz com o que me destrói, é um estado de espírito, de alma, que extravasa para o corpo, para as pessoas e dá o verdadeiro sentido do que eu busco: A ETERNA ALEGRIA!
Ela está em mim, mesmo nos momentos de dor e sofrimento, eu não preciso de me fantasiar, nem mover o mundo para experimentar a verdadeira alegria. Hoje deitei fora a mortalha e a máscara da euforia, para dar lugar a vestir-me do homem novo, renovado, pois o amor de Deus me conquistou e hoje sou feliz: “e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”.(Efésios 4,24).
Nesta hora também eu te faço uma pergunta: euforia ou alegria, tu podes escolher!
“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!”(Fil 4,4).
Não te esqueças que Deus te ama e é sempre tempo de recomeçar!
Quatro passos para viver bem o Carnaval
O Carnaval é uma festa popular mas, para os cristãos, é um tempo de purificação e de preparação para a Quaresma.
O que significa o Carnaval para nós cristãos?
Carnaval é o tempo que antecede a Quaresma, que é um período de preparação para a Páscoa. É uma festa pagã, mas foi santificada pela graça de Cristo dentro da Igreja. É assumida como a preparação para a Quaresma.
Para viver bem o período do Carnaval são necessários quatro passos:
Para viver bem o período do Carnaval são necessários quatro passos:
- a alegria verdadeira, que vem do Espírito de Deus; - a prudência, pois "Tudo me é permitido, mas nem tudo me convêm" (I Coríntios 6, 12); - o saber fazer as escolhas certas, porque muita gente vai convidá-lo ao pecado no Carnaval; - e encher o tanque do carro e arrumar a mala, colocar o combustível certo, que é Deus. Arrumar as malas é colocar coisas boas dentro de nós como a alegria, amigos, a Bíblia... Isto é importante porque vamos entrar num combate espiritual – que é a Quaresma – e precisamos de estar preparados para receber bem Jesus Ressuscitado na Páscoa.
Prazer é a satisfação da carne; alegria é a satisfação da alma
Ceder à tentação da carne ou aguentar firme em Jesus? É muito mais compensador para a alma ser firme e perseverante em Deus.
Há uma diferença entre o prazer e a alegria: prazer é a satisfação da carne; e alegria é a satisfação da alma. O prazer, quando passa, deixa gosto de morte; e a alegria deixa o gosto de vida. Há prazeres que são bons desde que não desvirtues as coisas; é muito bom sentar-se à mesa e alimentar-se bem; conversar com os amigos também é um prazer lícito.
O mal é o abuso daquilo que é bom. Se nós abusamos do bem, se abusamos da comida, da bebida, tudo isso se torna um mal.
A Igreja ensina os sete pecados capitais: gula, avareza, luxúria, ira, melancolia, preguiça, vaidade, orgulho. São vícios que nos levam à morte. Por outro lado, há sete virtudes que podem combater estes pecados. Contra a soberba, a humildade; contra a ganância, o desprendimento; contra a luxúria, a castidade; contra a gula, o autocontrole; contra a preguiça, a vontade de trabalhar; contra a ira, a paciência. Nos pecados nós encontramos o caminho da morte; nas virtudes encontramos o caminho da paz”.