- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
- Quando em todo o Universo,
na mais alta noite da História,
se fazia um grave e profundo Silêncio,
chegada a plenitude dos tempos,
a Palavra de Deus fez-se ouvir, em balbucios de Menino.
O Verbo fez-se Carne, no seio da Virgem Maria.
E José, calado e vergado, diante do Mistério admirável,
chamou ao Presépio a criação inteira,
em adoração aos pés do Filho de Deus:
a árvore da vida, erguida e colorida,
o boi e o burro, em repasto sereno,
o lobo e o cordeiro, a comer e a dormir juntos.
E, num beijo doce de ternura,
disse, ainda sem falar, o pobre Menino:
Amo-te Homem. Amo-te Mundo.
- E naquela manjedoura,
estava Aquele que nos havia de alimentar com o Pão dos Anjos.
E era o Pão da nossa Vida.
O Pão da Vida de Deus,
desfeito em pedaços de ternura,
em migalhas de amor,
que sobravam e caíam
em abundância sobre a Terra fria
do chão de Belém.
- E Belém era a Casa do Pão:
Do Pão da Paz e do Perdão.
Abrigo seguro da Família,
Templo Santo, do Amor divino.
- Oh Meu Menino Jesus,
abençoa este Pão sobre a Mesa,
pão já bendito em Belém
e consagrado por ti em Corpo da Vida
na cidade santa de Jerusalém.
E dá-nos a graça da alegria,
pelo dom deste vinho,
transformado em Caná,
em fonte de alegria,
que dura para a vida eterna.
- Reunimo-nos, em teu nome, Menino Jesus.
Parabéns à tua Mãe, pela fé desta noite.
E Paz a José pelo silêncio desta Hora.
Sagrada Família, fora de Casa, em Belém,
dá-nos a graça da tua visita.
Já não é sem tempo.
E chegou a hora de vires a nossa Casa. Vem.
A mesa está pronta para todos vós. Ámen.
PAI NOSSO. AVE MARIA. GLÓRIA