Namorar
Será que tenho vocação para o matrimónio?
- 27-07-2017
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É natural que, para alcançar o conhecimento de si mesmo, o ser humano passe por processos. Colher do coração de Deus qual é a nossa identidade, quem somos, qual missão temos nesta vida, onde Deus quer que estejamos e no que nossos dons, podem ajudar a humanidade não é possível de uma hora para a outra. Precisamos de uma caminhada processual, de descobertas que se conectam, complementam-se e confirmam-se nos factos ordinários da vida e no decorrer de um tempo, formando em nós a maturidade, a intimidade com o Senhor, e, daí então, consequentemente, dando-nos a consciência de si mesmo.
Uma certeza, é que ninguém veio a este mundo por acaso; todos temos um específico para cumprir (cf. Eclo 39, 21 – CNBB). Existe, para cada um de nós, um plano de salvação e uma missão para contribuirmos com a ação de atrair outras almas para Cristo. Sim, tu, independente do que fazes, de onde fazes, és chamado à santidade própria e a colaborar para a salvação de outras pessoas.
Espiritualidade e humanidade
– A nossa espiritualidade: A vida de oração e as práticas de piedade devem nos mostrar o sentido maior de tudo, a revelação de Deus sobre coisas invisíveis aos olhos humanos. “Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28).
– A nossa humanidade:
Os dons, as habilidades os interesses e as aptidões que temos começarão a demonstrar a nossa vocação por meio das nossas vontades e pensamentos. Por exemplo: Quando vemos a história de um jogador de futebol, vemos que ele se encantou com tudo o que envolve esse desporto desde pequeno e, com certeza, era a sua brincadeira preferida. Um padre encantava-se com as coisas do altar de forma muito maior que os seus amigos desde antes do seminário. Na vontade que tinha de manusear os objetos sagrados, imaginar-se fazendo a homilia e, talvez, ao participar na Missa, detinha-se com pensamentos do tipo: “Eu no lugar deste padre, faria isto e aquilo…”, via os seus traços de vocação.
Dons
– Tu percebes em ti a inclinação para ter amor, afeição, atenção e cuidado com uma pessoa, em especial os esposos e os filhos que virão?
Habilidades – Tu interessas-te por tarefas que dizem de uma vida de casado como percebe aptidão e bem-estar em realizar serviços de casa? Gostas de reunião de família, tens interesse na missão da família na sociedade, gostas de estar, brincar e ensinar as crianças com as quais, hoje, tu tens contacto?
Interesse – Quando vês uma casa, um imóvel ou quando vês um eletrodoméstico, uma mobília, tu imaginas-te a projetar o teu lar ou a usar estes objetos? Quando vês uma roupa de criança na vitrine ou roupa do outro sexo na loja, tu imaginas-te a presentear os teus filhos e o teu cônjuge? Quando aprendes algo ou alcanças uma realização, tu imaginas-te a oferecer o fruto disso ou o teu melhor para a tua futura família?
São em coisas assim, simples, que vamos percebendo a nossa vocação. Deus não é incoerente. Se Ele nos pede algo, é porque, antes, já depositou em nós toda a bagagem de que precisamos. Não penses que o Senhor nos permite ter um forte desejo por uma vocação e nos chama a outra coisa.
Também, não deixes o medo definir as tuas escolhas, pois a tua vocação é mais forte do que tudo o que tu tenhas presenciado de infelicidade.
Um casamento só não traz felicidade e sentido de vida quando vivido fora do amor do Senhor. “No amor não há temor”. Até podemos passar por tempos de dúvida, mas tem calma, vive o processo e tudo em ti se revelará.
Deus abençoe o teu discernimento!