O QUE É O PRÉ-NAMORO?
O pré-namoro não tem nada a ver com o trocar beijos e abraços, durante semanas ou meses, sem assumir um compromisso sério entre as partes nem entre os seus amigos. Também não é ter um amigo que te seja mais especial que os outros, embora tu o consideres somente amigo; só que ele acaba por se apaixonar por ti. Então, para não perder a amizade ou por proposta dele, vós combinais discernir o que fazer por meio de um pré-namoro. Mas isso só vai servir para desgastar a amizade.
Para que haja um pré-namoro, é necessário que as duas pessoas se sintam apaixonadas uma pela outra e declarem essa paixão. Mas, em vez de iniciar imediatamente um namoro, o casal faz um acordo e esperam para adentrar num “nível” maior de diálogo e convívio. Um diz ao outro os seus sentimentos e vê se é recíproco. Se o for, daí propõem este caminho.
Acredita! Tu podes ter uma amizade com uma pessoa há muito tempo, mas quando começar a sugir uma atração recíproca, o nível de cumplicidade e envolvimento aumentará. Sabendo que se gostam, as conversas aprofundam-se e as coisas que fazem juntos têm maior significado.
Mas para quê tudo isto? Não basta o sentimento! Quem de nós nunca foi enganado pelas próprias emoções, pelo menos uma vez na vida? Ninguém quer começar um relacionamento que pode não dar certo. Se as diferenças forem muito grandes e os planos desiguais demais? E se a pessoa for diferente de tudo o que viste até agora? Para diminuir estas dúvidas é que se trilha o pré-namoro, pois ele ajuda a saber se o sentimento é só “fogo de palha”, algo vindo das carências, ou se é algo que pode perdurar e se transformar em namoro.
Como agir no pré-namoro? O que fazer com a outra pessoa e o que dizer às famílias e aos amigos?
Como ainda não é namoro, então o casal mantém o que é próprio de amigos e não de namorados.
Eles conversam, conversam muito. Continuam a encontrar-se, a sair juntos, exatamente para se conhecerem mais, para falarem dos seus sentimentos, das impressões que têm um do outro.
Conhece a história de vida do teu amado, ajuda-o nos seus afazeres no dia a dia, percebe as reações dele, a sua índole, o seu temperamento e caráter. Assim, o casal passa pela fase da pura paixão e até se decepciona um com o outro. Isto dá-lhes mais condições de decidir não só sobre o sentimento, mas também racionalmente. Será mesmo que compensa namorar com ele?
Ah, vós podeis frequentar a casa um do outro e dizer aos familiares: “Estou a gostar e a pensar em namorar com esta pessoa, mas preferimos conhecer-nos melhor”.
Quanto tempo deve durar o pré-namoro? É relativo o tempo que cada casal pode viver esta experiência. Uns combinam um determinado número de meses, seja quatro ou cinco, por exemplo; outros simplesmente começam a pré-namorar até sentirem que dá para namorar ou não.
O importante é chegarem à conclusão de que conseguem tomar uma decisão, mesmo tendo algumas decepções um com o outro devido a tudo o que conheceram, seja de bom ou ruim.
E é necessário mesmo trilhar o pré-namoro? Algumas pessoas, ao lerem este artigo, vão se questionar: “Se um declara ao outro os seus sentimentos, eles vão aguentar continuar a sair sem nenhuma demostração de afeto como namorados? Não acho que seja preciso esta privação”.
Não, não é obrigatório! Não é uma nova lei de namoro cristão. Aliás, se, por exemplo, a menina propuser o pré-namoro ao rapaz e ele achar desnecessário, que ele se sinta livre para dizer que não quer pré-namorar; e ela também seja livre para acolher a opção dele ou não.
O pré-namoro é somente uma forma de proteger o sagrado que há em ti. A verdadeira prova de amor é aquela que mostra o sacrifício próprio pelo amado, sem pedir que ele dê de si.