Namoro às escondidas
Que motivos alguém teria para viver um namoro às escondidas?
Quando estamos apaixonados, queremos que todos conheçam os motivos da nossa felicidade. Apesar disso, há quem namore há um tempo, mas prefere manter em segredo a nova experiência.
Poderiam ser muitas as justificativas para este tipo de relacionamento, desde a dificuldade de aceitação dos pais, as diferenças de idade e até mesmo o facto de um dos dois já viver uma relação com outra pessoa. Mas que motivos alguém teria para manter o namoro em segredo se a pessoa com quem se relaciona o faz feliz?
Um namoro secreto, apesar de todas as manobras que o casal precisará de fazer para viver os eus encontros, tem início, muitas vezes, na maneira avançada como aconteceu a primeira aproximação. Talvez, a liberdade que já existia na amizade ou nas conversas permitiram que os casais fossem além daquilo que estabelecia as fronteiras da amizade. Intimidade semelhante também pode acontecer entre chefes e secretárias, professores e alunos.
A convivência diária poderá facilitar tais laços se entre eles não forem estabelecidos limites, especialmente se há algum tipo de impedimento por parte de um deles.
Muitas pessoas, embora sejam completamente livres para assumir os seus relacionamentos, vivem como amantes do próprio namorado. Outras, por estarem a namorar alguém já comprometido, sujeitam-se às oportunidades oferecidas pelo vácuo dos encontros.
Ainda que o casal decida viver o namoro, em hipótese alguma o acordo entre eles permite revelar a verdade sobre a atual situação; mesmo que o tempo de convivência tenha demonstrado que o relacionamento está a ficar cada vez mais intenso.
Limitações de um namoro escondido
Um namoro iniciado nestas condições elimina todas as gostosas atividades que comumente vivem os apaixonados, tais como passear juntos, ser apresentado aos amigos e contar para o mundo, nas redes sociais, que está num relacionamento sério com fulano.
O doloroso pacto de silêncio entre os namorados força-os a viver como bons amigos. Diante dos conhecidos, a pessoa precisará de simular o comportamento de quem traz apenas um grande afeto por aquele que, na verdade, está apaixonado.
O peso de um namoro às escondidas faz com que os casais não possam atender ao telefone quando a chamada for do namorado, não permite que eles se falem quando a saudade bater à porta ou viver outras coisas comuns para a maioria dos apaixonados. Assim, esta experiência, que deveria ser um motivo de felicidade, acaba por se reduzir em breves e limitados encontros.
É verdade que o casal até poderia encontrar-se em lugares públicos, mas desde que o comportamento fosse apenas de pessoas “conhecidas”, ou seja, sem beijos, toques, afagos e outros carinhos pertinentes ao namoro.
Ser tratado como namorado quando convém
Há também aqueles que tratam a pessoa como namorada apenas quando lhe é conveniente. Na expectativa de oficializar o relacionamento, a pessoa mais apaixonada deixa passar os dias, meses ou anos, vivendo o “caso secreto” segundo a vontade do outro.
O relacionamento perece
O relacionamento sem vínculos para com o outro parece não ter futuro, pois, além de comprometer a auto-estima do namorado, há também a possibilidade de a pessoa se fechar para um verdadeiro e comprometido namoro. O grande risco para quem se vê envolvido neste tipo de união será de perceber que está a investir a sua vida num relacionamento instável, no qual mal consegue definir o verdadeiro estado de vida dentro deste tipo de relação.
Um verdadeiro relacionamento robustece a nossa auto-estima e traz-nos ânimo. Do contrário, qualquer outro tipo de namoro descomprometido traz somente preocupação e insegurança.