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Namorar

Namorar assim não é “radical demais”?

 Um casal, unido em santo Matrimónio, decidiu ser radical e cortar de vez os “beijos longos e exagerados” do seu relacionamento. O que eles descobriram, no fim de tudo, foi o verdadeiro amor.

Conta ele:

Quando comecei a namorar não entendia o que era castidade e pensava que era casto quem casava sem antes ter tido uma relação sexual. Comecei o meu namoro com um pensamento mais ou menos assim: farei tudo, menos sexo.

Posso dizer que foi quase isso que aconteceu, mas, fui percebendo que algo não estava certo. Lembro-me de ter a consciência pesada depois dos encontros que tínhamos. Com o tempo percebi que as carícias que aconteciam durante esses encontros não eram certas e que nos estavam a prejudicar. Mais: desagradavam a Deus. Resolvemos parar com elas e continuar apenas com os beijos, mas, os beijos que aconteciam eram longos e exagerados.

Durante esse tempo vi um vídeo, não me lembro ao certo qual era, e nele entendi que um pecado sexual não está, necessariamente, no acto físico que acontece entre os parceiros, mas sim no que os dois estão realmente a querer, na intenção que move o acto; se a intenção tem como centro o prazer, há um problema, há um pecado, porque de uma forma ou de outra tu acabas por utilizar a outra pessoa como um objecto para conseguires o prazer desejado.

Surgiram, então, algumas dúvidas na minha cabeça, por exemplo: “Qual a intenção que há em mim quando beijo a minha namorada? É por afecto? É para demonstrar carinho? É por prazer? Estes beijos fazem-nos bem?” Eu não podia negar que, nos beijos longos que aconteciam, o afecto cedo ou tarde perdia significado e o que restava era a busca do prazer. Pensei várias vezes em parar com este tipo de beijo por entender que estavam errados, a minha consciência incomodava-me, não sabia o que fazer, mas eu pensava que seria radical demais parar com eles.

No meio disto eu vi o vídeo “Quais as carícias permitidas no namoro?” Relacionei o que o seu conteúdo com as experiências que eu tive e percebi que eu estava a utilizar a minha namorada como um objecto de prazer. Eu não podia negar isso, esta era a verdade e ponto final. Assim, eu e ela conversámos sobre esta questão, decidimos parar com os beijos longos e fazer o que aprendemos no vídeo.

Vídeo: Que carícias são permitidas no namoro?"

https://www.youtube.com/watch?v=1tNsIC2T8mA

 

O resultado da mudança foi esplêndido. O amor, a vontade de ver o outro crescer, a admiração entre nós, tudo isto aumentou muito, passámos a ficar muito mais felizes. O tempo, antes utilizado para algo impróprio ao namoro, agora é utilizado para conversas francas, filmes sadios e troca de conhecimentos. O carinho e afecto, demonstrados nos pequenos detalhes, são mais significativos e importantes.

Hoje, temos a certeza de que queremos o melhor um para o outro, que o nosso relacionamento se traduz em companheirismo, em crescimento, em querer o melhor para o outro independentemente da satisfação pessoal. O sorriso no nosso rosto demonstra a felicidade e gratidão que sentimos. Podemos afirmar que, se pudéssemos, não hesitaríamos em voltar no tempo e namorar assim, regidos por um amor verdadeiro.

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