Eles estão a crescer... e agora?
Quando o meu filho mais velho chegou contou que na festa de aniversário do Paulinho, o Henrique finalmente arranjou coragem e pediu a Bruna em namoro, pensei: "Eles estão a crescer, e agora?" O meu filho continuou a conversa animadíssimo: "Mãe, o Henrique respirou fundo, olhou para a Bruna e disse: 'Bruna, eu amo-te!'" Eu pensei: "Como?! Como assim, ama?"
Perguntei-lhe rapidamente:
— "Tu queres dizer que estar juntos, brincar no recreio ou teclar pela Internet é uma maneira de amar, não é isso filho?"
— "É... eu acho que é", respondeu ele.
Namorar é conhecer a pessoa, é gostar de estar perto, de dançar e dar boas gargalhadas juntos. Fomos criados para formar uma família, para vivermos em comunidade. O namoro é o relacionamento que nos faz descobrir se somos parecidos e gostamos das mesmas coisas e, a partir das descobertas, dar um passo para o compromisso definitivo, isto é, o casamento. "Casamento é o namoro que deu certo". O que fazer para dar certo o namoro? Os jovens e adolescentes que crescem sem respeitar as etapas da vida, que não recebem em casa uma formação sobre os valores dos sentimentos, a importância do respeito para com o próximo, acabam por se perder muito mais do que aqueles que são criados num ambiente onde existe o diálogo, respeito e confiança.
Muitos acham bizarro falar de "namoro santo", de esperar o casamento para se relacionar sexualmente. Eles acreditam que isto é coisa do século passado, que hoje em dia é normal o relacionamento sexual durante o namoro, que assim é mais fácil saber se vai dar certo ou não o casamento.
Se a jovem, para provar que ama, precisa de violentar a sua intimidade e os seus sentimentos, a relação já está condenada a não dar certo! Se o jovem, para mostrar que é homem e que ama, precisa de propor o relacionamento sexual à namorada como prova de amor, a sentença deste relacionamento também já está concluída: insegurança e desconfiança para sempre!
Os nossos jovens precisam depressa de resgatar os valores morais, amar o sagrado, fazer a diferença num mundo onde reina o materialismo, onde o sentimento é descartável e as pessoas são expostas como um "pedaço de carne" num mercado sem valor e vulgar!
Achas difícil educar o teu filho, a tua filha para que sejam homens e mulheres novos? Eu também acho! Claro que não é fácil. Enquanto eu alimento os meus filhos com "o mel e a farinha" que fazem crescer o ser humano em estatura, sabedoria e graça diante dos olhos de Deus, ensinando-os a apreciar as qualidades das pessoas, a cumprir um compromisso e a ser fiel; o mundo oferece o "alimento envenenado e podre", que é a luxúria, o poder, o ter, o banal e o passageiro, o ficar sem nenhuma responsabilidade. Mas, nada me vai impedir de tentar fazer com que os meus filhos cresçam sendo respeitados e respeitando os sentimentos das pessoas. Que eles vivam muito bem cada etapa dos seus preciosos dias.
Quero, através do diálogo e da oração, vivenciar cada experiência nova com eles, alegrar-me e até perder o sono se for preciso, pensando naquela noite em que o meu filho de 9 anos dançou pela primeira vez.
Jesus, eu consagro os meus filhos ao Teu Sagrado Coração! Eu confio em Vós!