Relação sexual pré-matrimonial
Vários são os factores que servem de estímulo para os casais
É um grande desafio para a juventude viver a castidade até ao matrimónio, a chamada "castidade da juventude".
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a castidade "significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal". É uma vivência que, aliada à ordenação dos desejos, torna-nos sempre mais semelhantes a Cristo, conduzindo-nos a uma busca pela santidade de maneira responsável.
Entretanto, a castidade é um grande desafio para os casais de noivos no tempo que antecede o matrimónio, pois vários são os factores que servem de estímulo à prática da relação sexual antes do casamento numa sociedade super-erotizada.
Neste contexto, no qual o jovem vive a sua sexualidade, eles são incentivados a todo o momento, e por diversos meios, à busca do prazer a qualquer preço, resultando na prática de relações sexuais pré-matrimoniais, também conhecida como fornicação.
Há os que buscam o sexo por "aventura" ou uma relação sexual "ocasional", tipo de envolvimento que ocorre quando o jovem, na busca pelo prazer, numa simples experiência pessoal e prazerosa, faz da outra pessoa um objecto de satisfação momentânea. Trata-se daqueles encontros que, de modo geral, acontecem em bailes, festas, na rua ou mesmo em casas de prostituição.
Há também a relação sexual entre namorados que ocorre quando o casal inicia um relacionamento heterossexual com algumas características singulares (conhecimento mútuo, amizade, respeito, carinho), mas, apesar disso, encontram-se num estágio de superficialidade, pois desconhecem a linguagem do amor. Como nos casos citados anteriormente, trata-se de um modo de satisfação momentânea, uma busca irresponsável pelo prazer, pois ainda não existe um compromisso amadurecido.
Outra forma de praticar o acto sexual que vai totalmente contra os preceitos da Igreja, está presente na relação sexual "extra-matrimonial": o adultério.
A relação sexual vivida num amor autêntico é entrega pessoal total e definitiva, por isso precisa de ser acompanhada do compromisso definitivo selado diante de Deus e da comunidade.
Qualquer que seja o propósito dos que se envolvem em relações sexuais prematuras, ainda que realizadas com sinceridade e fidelidade, por si só, não é o meio mais adequado para garantir a relação interpessoal verdadeiramente honesta entre um homem e uma mulher e para os proteger contra os devaneios, as fantasias e os caprichos das paixões. Portanto, a Igreja convida os noivos a viver a castidade na continência. "Nessa provação, eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus" (CIC 56).
Torna-se cada dia mais necessário e urgente que as famílias cristãs católicas dêem testemunho de respeito, de fidelidade, de amor, de carinho e do verdadeiro valor do matrimónio e da família. Assim, serão exemplos de um amor verdadeiro e honesto.
(Trecho do livro: "Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam").