Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Meditar faz bem

A nossa existência pode interferir na alegria de Deus?

 “Tu és a alegria do Senhor Teu Deus” (Is 62,5)

Que verdade maravilhosa esta que o profeta Isaías nos comunica: “somos a alegria de Deus”. O grande padre da Igreja dos primeiros séculos, Santo Irineu, já tinha dito, por volta do ano 160, que “o homem é a glória de Deus”. Esta criatura tão frágil e tão grande é a glória e a alegria do Todo-poderoso. Como podemos ter certeza disto? Será que somos mesmo tão importantes para o Senhor? Será que a nossa existência pode, de facto, afectar a alegria d’Ele? Sim. Esta é a resposta. Vamos meditar:

São Paulo diz, na Carta aos Efésios, que “do alto do céu o Pai nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo e nos escolheu n’Ele antes da criação do mundo”. (Ef 1,3)

Não viemos ao mundo por acaso. O Senhor desejou-nos desde antes da criação do mundo; e sem “violentar” a liberdade dos nossos pais terrenos, Ele deu-nos a vida. Deus é o grande amigo da vida, Ele rejubila quando uma criança nasce, porque é mais uma criatura gerada à Sua imagem e semelhança, que vem a este mundo para o enriquecer. Lamentavelmente, perdemos esta percepção.

 “Não tenham medo da vida!”

O que mais vale no mundo é a vida, e nada tem tanto valor como uma criança. Por isso, a Igreja costuma dizer que o sorriso de uma criança vem do céu. Assim, entendemos por que a Igreja não quer um controle irracional da natalidade como acontece hoje em dia, onde a maioria dos países já não consegue repor a população, por isso começa a diminuir os seus habitantes. É a desvalorização da vida.

Disse Daniel Rops, um dos maiores historiadores católicos do século XX, que “um povo que não se quer reproduzir é um povo doente”. É verdade! Se a civilização despreza o maior valor – a vida –, se temos medo dela, então, há algo de muito errado com esta civilização, que já não está mais disposta a defender o que há de mais sagrado.

A frase que São João Paulo II mais repetiu aos casais, no Jubileu do Ano 2000, foi esta: “Não tenham medo da vida!” São Paulo continua a dizer-nos na Carta aos Efésios: “No seu amor predestinou-nos para sermos adoptados como filhos seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua livre vontade” (v. 5). Somos filhos de Deus, e somo-lo de facto! Diz também o Apóstolo São João:

 “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de facto” (1Jo 3,1). Ora, qual é a grande alegria dos pais? Não são os seus filhos? Então, o profeta Isaías está convencido em dizer: “Tu és a alegria do teu Deus.”

Celebrar a glória de Deus

Cada um de nós, tão pequenino, toca o coração de Deus. São Paulo também disse aos efésios que fomos criados “para celebrar a glória de Deus”:

 “Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um acto deliberado da sua vontade, para servirmos à celebração da sua glória” (vv. 11-12).

A vida do homem “celebra a glória de Deus”, porque é a sua mais bela criatura visível. Nada se lhe compara. A ninguém o Senhor deu inteligência, liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. A ninguém ele deu poder de voar no alto dos céus, de construir as belas catedrais, de tocar o “chão” da lua, de perscrutar as estrelas. O salmista já rezava admirado:

 “Que é o homem para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles? Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes. Destes-lhe poder sobre as obras das vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo” (Sl 8,5-6).

Somos filhos amados de Deus

Fomos criados por amor, como filhos amados, para reinar, neste mundo, em nome do Criador e dar-Lhe honra e glória pelo que somos e fazemos. Não podemos viver uma vida pequena, mesquinha, desvalorizada, desprezada, simplesmente porque o Criador não nos fez para isso. Ele nos quer grandes por dentro, não por fora.

São Paulo ainda repete, uma vez mais, aos efésios que Ele nos “adquiriu para o louvor da sua glória” (v. 14). A Beata Elisabete da Trindade fez desta verdade o lema da sua vida e assim se santificou. Ela fez de cada instante da sua vida, prisioneira no Carmelo, um acto de louvor a Deus.

Quando a humanidade experimentou o sabor horrendo do pecado e, em consequência, o sabor amargo da morte, Cristo prontificou-se a oferecer-se pelo nosso resgate das mãos cruéis do demónio. São Pedro explica como ninguém:

 “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição dos vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pd 1,18.19).

Fomos criados pelo amor e pelo poder de Deus, e fomos resgatados da morte pelo Seu amor, porque somos filhos d’Ele. Isto é, Deus fez por nós o que cada um está disposto a fazer pelo seu próprio filho.

A nossa alma é esposa do Altíssimo

 “Tu és a alegria do Senhor teu Deus” (Is 62,5). Esta é a razão pela qual Jesus deseja, ardentemente, ser recebido no nosso coração, na comunhão sacramental ou mesmo na espiritual, muitas vezes durante o dia.

O que o Amado mais deseja é estar em comunhão com a Sua amada. A nossa alma é esposa do Altíssimo. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que Cristo não desceu do Céu à Eucaristia para ficar numa âmbula de ouro, mas para viver no nosso coração. Portanto, o nosso coração é o refúgio do Coração de Jesus, é o travesseiro onde Ele pode reclinar a Sua cabeça. Daí, a importância de comungarmos com frequência e devoção, oferecendo ao Amado todo o nosso amor e a nossa adoração. Não esqueças nunca:

 “Tu és a alegria do Senhor teu Deus” (Is 62,5).

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