Por saúde mental, podemos entender uma boa sensação de bem-estar emocional, de relacionamentos positivos nos diversos ambientes em que vivemos, de usar as nossas capacidades pessoais e o nosso potencial em favor dos nossos objectivos, bem como conseguimos lidar com os desafios da vida.

Saúde mental: quem cuida da mente cuida da vida

Nós temos uma grande preocupação com o nosso físico: com o peso a mais ou a menos, com os músculos, com a nossa aparência e as roupas que vestimos, com o cabelo com esta ou aquela cor, com aquilo que conquistamos de forma material – casa, carro, bens diversos –, mas, muitas vezes, negligenciamos a importância do nosso bem-estar emocional. Vamos acumulando hábitos negativos, que vão se tornando vícios, que, aos poucos, prejudicam a nossa saúde emocional.

É necessário quebrar uma barreira imensa relacionada com o que pensamos sobre o tema “saúde mental”. Ainda hoje, é muito comum entender a distância que existe entre a realidade e a necessidade de agir efectivamente com acções de saúde pública, de psicoeducação, ou seja, de educar as questões relacionadas às emoções e, especialmente, rasgar com o preconceito efectivo com relação àqueles que sofrem com problemas emocionais.

Cuidado e prevenção

Ainda temos muito que avançar em relação ao cuidado com a saúde mental. Já algum dia paraste para pensar como não é fácil assumir quando necessitamos de um acompanhamento psicológico e psiquiátrico? E ainda, quanto os serviços de saúde necessitam de ampliar a sua rede de atendimentos? Como temos medo quando a doença psíquica acontece connosco?

Os cuidados com a saúde mental podem e devem ser preventivos, ou seja, podemos no dia a dia, adoptar algumas atitudes que auxiliarão, e muito, no nosso bem-estar.

Olhar para o nosso dia a dia é um dos caminhos: como tem sido a tua vida? Consegues organizar  os teus horários,  a tua vida financeira, a tua alimentação? Parecem coisa sem importância, mas estes são caminhos importantes para que uma vida emocional saudável.

Sentimentos

Outra coisa importante é falar sobre os teus sentimentos: parece que conseguimos falar sobre muitas coisas, mas falar sobre os nossos estados emocionais ainda é uma barreira. Reconhecer os nossos sentimentos e emoções bem como a dos nossos amigos é muito importante. Por vezes, temos dificuldade para olhar o outro e reconhecer as suas falas e os seus gestos.

Procura ter bons amigos com quem possas conversar, partilhar sobre a vida, fazer actividades juntos. Especialmente se vives sozinho numa cidade, afastado da família, uma rede de amizades pode ser um bom caminho.

Mudança de hábitos

A organização dos horários é outra atitude bastante importante: como tens dividido o teu dia? Há um excesso de tarefas? Consegue inserir a prática de uma actividade física, por mais simples que seja? Ter tempo para se dedicar não apenas ao trabalho é muito importante.

Faz um equilíbrio no uso do tempo para as redes sociais. Vive as redes reais, mantém contacto com o mundo fora das paredes de tua casa. Olha mais nos olhos, abraça, presta mais atenção ao teu redor. Avançamos imensamente na área tecnológica, mas, proporcionalmente, parece que regredimos nos relacionamentos interpessoais. Quando saímos do nosso mundo, daquele cantinho fechado, conseguimos ampliar o nosso olhar e, até mesmo, pedir ajuda. Não tenhas medo de assumir um mal-estar emocional.

Vamos agir? Precisamos de quebrar certos conceitos e preconceitos a respeito da vivência das emoções. Vamos conhecer um pouco mais, entender quais os motivos que levam tantas pessoas a perderem o sentido para a sua vida. Problemas das mais diversas naturezas podem colaborar com o nosso mal-estar emocional e isto pode sim, ser melhorado, quando aceitamos aquela dificuldade e vamos ao encontro daquelas que nos podem ajudar.

É a partir da qualidade na nossa saúde mental que teremos uma caminhada saudável em todas as áreas da nossa vida, portanto, “quem cuida da mente cuida da vida”.