Jovens com Valor
Emocionante história de uma devota de S. Teresinha
- 09-06-2015
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A emocionante história de uma devota de Santa Teresinha:
Faleceu no Rio de Janeiro, em 27 de Junho de 1925, uma jovenzinha de 18 anos, flor delicada e bela da virtude que Santa Teresinha fez germinar. Chamava-se Laura Nogueira. Modelo de piedade, candura e modéstia, esta alma pura adiantou-se muito na via de Santa Teresinha.
Vítima de tuberculose, dias após a canonização da nossa santinha, recolheu-se Laurita ao leito de dores e sofrimentos, onde haviam de brilhar as suas virtudes.
Foi nesta doença que revelou todo o seu amor a Jesus: “Meu Jesus, repetia ela, eu Vos amo até à loucura. Meu Jesus, eu quero morrer num êxtase de amor! Meu Jesus, eu Vos ofereço todo o meu amor!
E quando as dores apertavam mais: “Jesus! Nunca me deleitei neste mundo e isto foi para mim de grande proveito”. Na humildade da sua alma, repetia: “Eu sou uma florzinha muito pequenina” (aludindo à flor, pela qual tinha uma predilecção toda especial, por ser muito mimosa e delicada).
Devotíssima de Santa Teresinha, costumava repetir: “Eu sou da legião das amiguinhas de Teresinha. Teresinha, leva-me a Maria, e Maria me levará a Jesus”.
Um dia, depois de ter recebido a Santa Comunhão, num transporte de amor, erguendo os braços e quase elevando-se da cama, prorrompeu: “Meu Jesus, eu Vos amo até à loucura!”
No mesmo dia em que entregou a sua bela alma a Deus, estando em estado comatoso, quase acordando de um sono, exclamou: “Meu Jesus, eu Vos amo tanto que hoje mesmo desejo ver-Vos no Céu!”
Nesse mesmo dia, perguntou-lhe o confessor que a assistia: o que pensas filhinha? “Penso no meu esposo Jesus”. Tendo-lhe o mesmo apresentado a mãe e a irmã, ela disse: “Minha Mãe é Maria Santíssima”.
E o teu esposo? Replicou o confessor? “É Jesus”. E a tua irmã? “É Teresinha”. E o teu irmão? Hesitou um instante, e o sacerdote adiantou: “É São Luís Gonzaga?” e ela disse: “Oh! Sim, é São Luís!”
Devotíssima de Nossa Senhora do Carmo, disse que desejava morrer no sábado, para não passar pelo purgatório, e quando chegou a manhã do dia 27, depois de ter recebido a Sagrada Comunhão, sem saber que era mesmo sábado, disse ao seu confessor: “Meu pai, é hoje que vou ao Céu. Sim ao Céu!”
E repetia: “Mãezinha, entrega a tua filhinha a Jesus!” Desejosa de entrar logo depois da morte no Céu, dizia: “Jesus, dai-me mais sofrimento porque depois da minha morte quero ir direitinha para o Céu”.
Chamou a sua querida irmã Carlinda e disse-lhe: minha irmã, escreve as jaculatórias que quero que repitas na hora da minha morte.
Atendendo ela ao pedido, Laurinha ditou:
“Jesus, eu Vos amo tanto que hoje mesmo desejo ver-Vos no Céu… Jesus, eu Vos amo tanto que só por amor abandono inteiramente o mundo… Jesus, eu Vos amo tanto que o meu desejo de ir para o Céu é somente para poder satisfazer a sede do vosso amor e a necessidade de amar infinitamente o infinito amor…
Jesus, eu Vos amo tanto, mas desejaria amar-Vos quanto mereceis… Jesus, eu quero morrer abrasada no vosso amor… Meu Jesus, eu Vos ofereço os meus sofrimentos pelos agonizantes, pelos pecadores e especialmente pela conversão dos espíritas, que estão afastados do caminho da verdadeira religião”.
Durante a sua longa agonia, repetia: “No Céu, serei a protectora dos agonizantes. Coitadinhos! Precisam tanto de quem interceda por eles! Quanto é bom ter religião e fé na hora da morte! Jesus, eu Vos agradeço”.
Horas antes do seu desenlace, ergueu os braços e, olhando para o Céu, num sorriso celestial, ficou extasiada por muito tempo, e murmurou: Vejo… O confessor perguntou-lhe: Quê vês, filhinha, vês Maria Santíssima? Disse que não.
Vês Jesus? “Sim, vejo Jesus. Oh! Que bonito é Jesus!” Quando já se aproximava o momento extremo, o Padre dizia-lhe: Laurinha, faze um acto de amor e dá um sinal com os olhos que estás amando a Jesus.
E ela com muito esforço mexia os olhos vidrados e os lábios áridos, cruzados os braços sobre o peito com o Crucifixo nas mãos, como uma vela consumida, deu, placidamente, o último suspiro e voou ao Céu, para cantar o eterno hino de amor ao seu Esposo querido.