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Jovens com Valor

De professor universitário a monge

De professor universitário a monge beneditino

Santiago Cantera estava feliz dando aulas na Universidade San Pablo-CEU, de Madrid. Pensava em se casar, mas notava por dentro um convite à entrega absoluta a Deus. E aderiu à vida monástica. Hoje ele é historiador, pesquisador, professor e porta-voz da comunidade beneditina da abadia da Santa Cruz do Vale dos Caídos, fundada nos anos 50 do século XX, com monges vindos da abadia de São Domingos de Silos.

- O que é que um jovem como tu faz num lugar destes?
P. Santiago Cantera: Entrei no mosteiro aos trinta anos, quando era professor na Universidade San Pablo-CEU, de Madrid. Estava feliz dando aulas, feliz com os colegas e na relação com os alunos. Tinha tudo o que podia desejar e estava a pensar em me casar, porque o casamento e os filhos atraíam-me muito. Estava aberto para esta vocação do casamento; tinha namorada.
Mas desde pequeno eu tinha percebido uma atracção muito grande pela vida monástica. Isto foi sempre latente no meu coração. Naquela altura eu tinha tudo o que podia desejar profissionalmente, mas também tinha uma sede imensa de Deus, que o mundo lá fora não me deixava saciar. Eu notava no meu espírito o chamamento de Deus, a vocação à vida monástica, a uma entrega absoluta a Ele.
Por um lado eu resistia, porque aquilo implicava renunciar a muita coisa que gostava e que tinha conseguido, além de projectos para o futuro, como formar uma família. Mas juntamente com esta resistência, tinha em mim um desejo misterioso de escutar aquela voz interior e aquilo fazia-me continuar a procurar. Retirava-me durante pequenas temporadas em algum mosteiro. Até que me orientei mais para a Cartuxa e fiz uma experiência. Um sacerdote recomendou-me exercícios espirituais: fiz o mês inaciano e a graça divina iluminou-me.
Aí começou o trecho final para esta abadia. Na vida beneditina no Vale dos Caídos eu encontrava a possibilidade de combinar uma vida monástica contemplativa com um certo apostolado na basílica, e através da escrita… ou em qualquer âmbito que a obediência me pudesse indicar.
- És doutor em História. Qual é a tua especialidade? Está pesquisando?
P. Santiago Cantera: Estudei Geografia e História na Universidade Complutense de Madrid e doutorei–me em História Medieval.
A tese tratou da ordem da Cartuxa na Espanha dos séculos XV e XVI: é lógico que o tema aumentou o meu amor por esta ordem e pela vida monástica em geral, e realmente a minha linha habitual de pesquisa foi neste rumo.
Fui professor na Universidade San Pablo-CEU, e também tinha dado algumas aulas como bolsista na Complutense, além de colaborar num projecto de pesquisa na Real Academia de História sobre o reinado de Henrique IV de Castela.
Depois trabalhei em várias outras vertentes e abri-me para as áreas do pensamento e do ensaio, ligado especialmente à Teologia da História e à Filosofia e História das Civilizações, assim como à Mariologia.
A última pesquisa que terminei recentemente é sobre o conceito de Espanha no Reino Visigodo de Toledo.

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