Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Histórias lindas

Um médico reza ao receber bananas e bolachas da esposa de um paciente com cancro

 O médico católico João Carlos Resende Trindade publicou um testemunho emocionante no seu perfil no Instagram.

Ele narra que teve um dia difícil, com vários atendimentos a pacientes com cancro. Na correria, não conseguiu parar um minuto – nem para comer. Mas, na penúltima consulta do dia agitado, um gesto da esposa de um paciente tocou-o profundamente.

O doutor, com humildade e gratidão, reconheceu Deus num gesto grandiosamente simples, mas que lhe proporcionou o que ele mais precisava naquele momento. Como não acreditar que foi Ele?

Conta o médico: “Hoje foi um daqueles dias que mal deu tempo de respirar entre uma consulta e outra. Um cancro da mama que respondia, um cancro de pulmão que progredia, um sarcoma descontrolado e tantos casos que pareciam desafiar a minha velocidade de pensar. Quase não deu tempo de comer algo e sequer ir ao WC parecia ser possível. Nestes dias difíceis, sempre espero algo que vai acontecer e me mostrar o sentido de tudo. E assim foi! Na penúltima consulta do dia, diante de um paciente com o rosto marcado pelo sofrimento e pelo cansaço do tratamento, algo parecia diferente. Era uma consulta difícil e eu já não esperava muita resposta com o tratamento. O cancro espalhava-se em grande parte da perna esquerda do paciente e dali para que aquilo se tornasse algo consideravelmente doloroso não demoraria muito. Constrangia a forma simples daquele homem, que nada parecia entender a gravidade do seu quadro. Acolhi, comuniquei a programação, marquei exames e prescrevi mais quimioterapia. Ao lado do paciente, percebi que a sua esposa mexia apressadamente retirando algo da sua bolsa. Era um pacote de bolachas! Olhei para aquela cena e fingi não ter percebido, mas fiquei curioso com aquilo. No fim da consulta, agradecendo por agora ela ter entendido sobre a doença do marido, entregou-me o pacote de bolachas com notável firmeza.

– Doutor, trouxe para o senhor.

– Ah! Muito obrigado. Eu amo bolachas e isso vai me ajudar porque não tive tempo de parar para comer, hoje.

Quis mostrar àquela mulher a grandeza daquele seu acto. Voltando-se para uma sacola surrada, a senhora sorria retirando duas pequenas bananas e colocando sobre a minha mesa, disse:

– O doutor precisa de se alimentar bem.

Meu Deus! Ali o meu dia parou por alguns segundos e em silêncio, eu rezei. O cheiro doce daquelas frutas encheu o pequeno consultório e, muito mais do que eu possa ter oferecido, aquela mulher multiplicou milagrosamente a gratidão num pequeno pacote de bolachas e duas bananas. Ela não disfarçava no seu olhar a satisfação que estava a ter de me oferecer algo.

Eu reconheço que Deus não se cansa de me mostrar que está sempre do meu lado. Ao sair do consultório, pensei: ganhámos eu e ela o dia.”

Regressar