Histórias lindas
É impossível! A minha hora de morrer ainda não chegou!
- 26-05-2009
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Um Bispo escocês percorria, sozinho e a pé, as montanhas da sua diocese. Quando se encontrava entre as árvores frondosas da floresta, a noite surpreendeu-o, e perdeu-se. Após voltas e voltas, numa longa procura, encontrou, finalmente, uma choupana onde residia uma pobre família. Os seus bravos moradores receberam-no, sem saber de quem se tratava, pois o estranho trajava costume civil, sob longa e pesada capa.
O Bispo, por sua vez, ignorava quem eram os seus anfitriões. Seriam católicos? Seriam protestantes? Não havia nenhum indício que pudesse esclarecer tal dúvida. Entretanto, após alguns momentos de mútua reserva e discrição, o Bispo notou que grande tristeza oprimia aquelas pobres pessoas.
Cheio de coragem, disse-lhes: "Vocês foram muito gentis e bons para comigo, mas sinto que estão muito tristes."
- Infelizmente, o senhor tem razão – respondeu a mãe que parecia estar à espera desta pergunta para desabafar. - Naquele quarto, ao lado, o nosso velho pai está a morrer. E o que mais nos aflige, é que ele pretende viver ainda, e recusa-se, obstinadamente, a preparar-se para a morte.
- Posso vê-lo? - pergunta, emocionado e surpreso, o Bispo. - Naturalmente, respondeu a mulher, com aquela confiança própria das pessoas aflitas. E acompanhou o hóspede ao quartinho onde se encontrava o enfermo.
O Bispo deparou-se com um velho, reduzido às portas da morte. Parecia que a morte só precisava de mais um passo para o atingir. À primeira alusão feita pelo Bispo, a respeito daqueles últimos momentos de vida do enfermo, este último, parecendo retomar todo o seu vigor, respondeu-lhe com firmeza: "Não, a minha hora ainda não chegou." E era esta a sua resposta a todas as reflexões que se lhe apresentavam, na intenção de o persuadir a preparar-se para o momento final.
- Mas, enfim, disse-lhe o Bispo, diga-me por que motivo o senhor acha que será curado.
O moribundo respondeu-lhe:
- O senhor é católico?
- Sim, sou católico – respondeu o Prelado.
- Neste caso – disse o enfermo – vou dizer-lhe porque é que ainda não chegou a minha hora de morrer. Eu também sou católico. Desde a minha primeira Comunhão, até hoje, nunca deixei de pedir à Virgem Santa, a graça de não me deixar morrer sem ter um padre junto ao meu leito de morte, e o senhor acha que a minha Mãe do Céu deixaria de me atender? É impossível! A minha hora de morrer ainda não chegou.
- Meu filho - exclamou o Bispo, profundamente tocado, no seu coração - meu filho, você foi atendido. Este que está a falar consigo, é mais do que um Padre; é o seu Bispo. Foi a Virgem Santíssima quem me enviou aqui, fazendo com que eu me perdesse na floresta, e isto para abençoar e colher o seu último suspiro.
E, abrindo a capa, fez brilhar, aos olhos do enfermo, a sua cruz pastoral. O doente, extasiado de alegria, exclamou:
- Ó Maria, ó minha boa Mãe; eu vos agradeço.
Em seguida, voltando-se para o Bispo, pediu-lhe:
- Ouça a minha Confissão; agora eu sei que vou morrer.
Pouco depois, purificado pela última vez, faleceu cheio de alegria e confiança
O Bispo, por sua vez, ignorava quem eram os seus anfitriões. Seriam católicos? Seriam protestantes? Não havia nenhum indício que pudesse esclarecer tal dúvida. Entretanto, após alguns momentos de mútua reserva e discrição, o Bispo notou que grande tristeza oprimia aquelas pobres pessoas.
Cheio de coragem, disse-lhes: "Vocês foram muito gentis e bons para comigo, mas sinto que estão muito tristes."
- Infelizmente, o senhor tem razão – respondeu a mãe que parecia estar à espera desta pergunta para desabafar. - Naquele quarto, ao lado, o nosso velho pai está a morrer. E o que mais nos aflige, é que ele pretende viver ainda, e recusa-se, obstinadamente, a preparar-se para a morte.
- Posso vê-lo? - pergunta, emocionado e surpreso, o Bispo. - Naturalmente, respondeu a mulher, com aquela confiança própria das pessoas aflitas. E acompanhou o hóspede ao quartinho onde se encontrava o enfermo.
O Bispo deparou-se com um velho, reduzido às portas da morte. Parecia que a morte só precisava de mais um passo para o atingir. À primeira alusão feita pelo Bispo, a respeito daqueles últimos momentos de vida do enfermo, este último, parecendo retomar todo o seu vigor, respondeu-lhe com firmeza: "Não, a minha hora ainda não chegou." E era esta a sua resposta a todas as reflexões que se lhe apresentavam, na intenção de o persuadir a preparar-se para o momento final.
- Mas, enfim, disse-lhe o Bispo, diga-me por que motivo o senhor acha que será curado.
O moribundo respondeu-lhe:
- O senhor é católico?
- Sim, sou católico – respondeu o Prelado.
- Neste caso – disse o enfermo – vou dizer-lhe porque é que ainda não chegou a minha hora de morrer. Eu também sou católico. Desde a minha primeira Comunhão, até hoje, nunca deixei de pedir à Virgem Santa, a graça de não me deixar morrer sem ter um padre junto ao meu leito de morte, e o senhor acha que a minha Mãe do Céu deixaria de me atender? É impossível! A minha hora de morrer ainda não chegou.
- Meu filho - exclamou o Bispo, profundamente tocado, no seu coração - meu filho, você foi atendido. Este que está a falar consigo, é mais do que um Padre; é o seu Bispo. Foi a Virgem Santíssima quem me enviou aqui, fazendo com que eu me perdesse na floresta, e isto para abençoar e colher o seu último suspiro.
E, abrindo a capa, fez brilhar, aos olhos do enfermo, a sua cruz pastoral. O doente, extasiado de alegria, exclamou:
- Ó Maria, ó minha boa Mãe; eu vos agradeço.
Em seguida, voltando-se para o Bispo, pediu-lhe:
- Ouça a minha Confissão; agora eu sei que vou morrer.
Pouco depois, purificado pela última vez, faleceu cheio de alegria e confiança