Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Espiritualidade

Precisamos de dar frutos bons

Precisamos de ser bons! Precisamos de dar frutos bons!

 “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda a árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas.” (Lc 6,43-44)

Jesus diz: “nem todo aquele que me diz ´Senhor, Senhor´, vai entrar no reino dos céus”. Isto quer dizer que há pessoas ruins que O adoram, que O procuram, pessoas ruins que dizem: “Jesus, eu te adoro, Tu és o meu Senhor”. E há pessoas boas que dizem a mesma coisa… Tu estás incluído onde? Naqueles que dizem que adoram Jesus, que rezam o terço, mas que, quando chegam a casa, os que moram conosco dizem: “a víbora chegou”?

Precisamos de dar frutos bons!

A minha vida com Deus deve gerar frutos bons! Se participo na missa, se rezo o terço, se comungo, quando chego a casa as pessoas deveriam dizer: “que bom que já chegaste, tu fazes tanta falta”. Temos que viver o que o Senhor quer que vivamos.

Olhai estes dois homens: um é de igreja e o outro não é. Na Jornada Mundial da Juventude deste ano, o Papa Francisco foi à Polónia e visitou o campo de concentração de Auschwitz. Entrou no campo em silêncio, sentou-se, abaixou a cabeça e começou a rezar. E ficou um bom tempo a rezar. Depois, levantou-se, continuou a caminhada, e entrou numa sala escura, onde São Maximiliano Kolbe morreu de fome. Ele chegou, sentou-se na cadeira e, mais uma vez, ficou ali parado a rezar. Antes de sair escreveu num caderno de memórias: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”.

O que aconteceu naquele lugar? Um homem, chamado Hitler, deu frutos maus. Na cabeça dele, Hitler achava que tinha que formar uma raça pura. Por isso mandou matar tanta gente, os judeus, os polacos e tantos que também sofreram. Diz-se que foram 6 milhões de pessoas que morreram ali! Morreram de fome, assadas, lançadas ao fogo, outras eram enterradas vivas… que fruto, meu Deus, que fruto ruim! Quanta maldade feita! Não o vou julgar, mas dizer: quanto fruto ruim! Muitas pessoas até hoje são marcadas por tudo isto e foi por elas que o Papa Francisco rezou, por tantas pessoas que sofreram lá, que morreram lá. Um fruto ruim.

Agora vou falar de um outro homem: São Francisco. Totalmente o inverso de Hitler. Se um mata, o outro recupera. São Francisco viveu numa sociedade onde havia leprosos, pessoas que eram deixadas de lado, esquecidas. O próprio Francisco tinha nojo, tinha medo de apanhar a lepra. E, num ato de superação, ele vai além da repugnância e beija o leproso. A partir de então, ele começa a cuidar dos leprosos, a cuidar das feridas, cuidar da saúde, ía por Assis pedindo esmola para dar de comer e beber aos leprosos. Deu frutos bons! Jesus diz que pelo fruto se conhece a árvore, pois nem todo que diz ´Senhor, Senhor´ entrará no Reino dos céus…

Que frutos tu tens dado?

A quem estás a fazer o bem? E pergunto a mim também: “que fruto eu estou a dar como sacerdote”? Quantas vezes a maldade, dentro de mim, impera. Eu, que celebro missa, que rezo o terço todos os dias, que leio a Sagrada Escritura, mas que tantas vezes dou frutos ruins.

Decide-te a ser bom

Madre Teresa de Calcutá passou a vida fazendo o bem. São João Paulo II também. Se eles conseguiram, por que é que não podes conseguir também? Eles eram todos iguais a nós, todos filhos de Deus. Mas veio um dia que eles decidiram: “eu quero ser bom, quero fazer coisas boas”.

Um avô disse um dia ao seu neto: “dentro de nós há dois homens, um bom e um mau. No fim da vida, qual dos dois vai ganhar?” E eu pergunto: no fim, quem é que vai ganhar? É simples: vai ganhar aquele que tu mais alimentares! Se deres de comer ao homem mau que tens dentro de ti, ele vai ficar forte e o homem bom vai morrer. Então, preciso de alimentar o homem bom dentro de mim para que o mau morra. Tu estás a alimentar quem?

Dê bondade, dê amor, mesmo que não recebas nada em troca, faz a tua parte. Ao menos quando morreres, as pessoas vão dizer a verdade: “era um homem bom”.

Uma história: Um homem vinha dentro de um Ferrari, feliz por mostrar a toda a gente que tinha um carro maravilhoso. De repente, uma pedra bate e amassa a lateral do carro. Parou o carro, sai enfurecido e, ao avistar um garoto, corre e pega o garoto pelos colarinhos, dizendo: “tu amassaste o meu carro, é caríssimo! Olha o que fizeste!” O miúdo apontou para o lado e disse: aquele ali no chão é meu irmão. Ele anda de cadeira de rodas e sou eu quem o leva para todos os lugares. Mas ele é muito pesado e eu acabei por o deitar ao chão. Todo o carro que passava, eu chamava para me tentar ajudar, mas ninguém me dava atenção. Foi então que eu peguei numa pedra e atirei ao seu carro, para fazer você parar e nos ajudar”. O homem largou o garoto, foi até junto do irmão dele, levantou-o do chão, colocou-o na cadeira de rodas, deu um abraço aos dois e foi embora no seu carro. Este homem nunca mandou tirar a parte amassada do seu carro, para que se lembrasse de pensar mais no outro e não apenas em si próprio.

Vamos ser bons? Vamos ser santos? É claro que tu até vais à missa e rezas o terço, mas nem todo aquele que diz ´Senhor, Senhor´, entrará no Reino dos céus, só os bons… esses sim entrarão! Eu quero ser santo.

Que árvore és tu? Que árvore sou eu? Só Deus sabe. Mas o que posso dizer, é que não está a ser fácil deixar o homem ruim que há em mim com fome, para que ele morra. E eu preciso de alimentar apenas o homem bom, eu preciso. Eu preciso!

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