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Espiritualidade

Como fazer para não perder a fé?

 

Como fazer para não perder a fé?  

O Senhor quer devolver-nos a fecundidade da fé que o sistema deste mundo e a tentação esterilizaram

Vejamos a história de Ana, mãe de Samuel: Cheia de amargura, Ana dirigiu ao Senhor a sua oração, chorando, entre abundantes lágrimas. Enquanto ela orava assim prolongadamente diante do Senhor, Eli observava a sua boca. Ana falava baixinho, consigo mesma. Somente os lábios se moviam. Não se podia ouvir a sua voz. Eli a tomou por bêbada. Eli lhe disse: Até quando estarás bêbada? Vai curar essa bebedeira. Ana lhe respondeu: Não bebi vinho, nem outra bebida inebriante. Estava apenas a abrir o meu coração diante do Senhor. Não trates a tua serva como se fosse uma vagabunda, porque foi o excesso de dor e de amargura que me fez falar até agora. Eli lhe respondeu: Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda o que lhe pediste (1Sm 1,10.12-17).

Muito pior do que a esterilidade física é a esterilidade da nossa fé. O pecado, o mundo e o demónio conseguiram fazer de nós, homens e mulheres, estéreis na fé e na confiança em Deus.

É preciso, como Ana, derramar o nosso coração diante do Senhor.

Infelizmente, somos homens e mulheres de pouca fé; gastamos poucas energias para pedir e logo desanimamos. Dizemos que é impossível e desistimos. O Senhor quer devolver-nos a fecundidade da fé que o sistema deste mundo e a tentação esterilizaram.

Rezamos poucoe até achamos que rezamos muito. É como numa corrida: o corredor precisa de ter força nas pernas não somente na descida; ele precisa continuar com firmeza e agilidade, no mesmo ritmo, também na subida. Vence aquele que não arrefece e conserva o ritmo até à chegada.

Todo o cristão precisa desta firmeza, porque o mundo tornou-se um deserto de fé e amor.

Depois do Pentecostes, os Apóstolos pregavam e as pessoas convertiam-se e recebiam o derramamento do Espírito Santo. O número de cristãos cresceu de tal forma que os Apóstolos não eram suficientes para os atender. Surgiram os diáconos, entre os quais Estevão.

O ardor e a força da convicção de Estevão eram tamanhos que abalaram as estruturas do sinédrio. Por causa disso, tinham muita raiva dele. Condenaram-no e martirizaram-no a pedradas, para que não pudesse mais falar. Saulo foi quem carregou o manto daqueles que o apedrejaram. A revanche de Deus foi muito maior: o que Estevão não disse, Paulo disse-o e fez.

Ninguém pode calar a nossa boca, a nossa fé nem a nossa eloquência em proclamar que Jesus Cristo é o Senhor. Nós, cristãos, precisamos de reagir.

Depois de terem sido presos, Pedro, João e os demais apóstolos foram proibidos de pregar em nome de Jesus e de realizar milagres. Ao voltarem para a comunidade, todos foram rezar. Em vez de ficarem temerosos diante da proibição, eles fizeram esta oração:

E agora, Senhor, está atento às suas ameaças, e concede aos teus servos que anunciem a tua Palavra com inteira segurança. Estende, pois, a mão para que se produzam curas, sinais e prodígios pelo nome de Jesus, teu santo servo (At 4,29-30).

É assim que o Senhor prepara os seus valentes guerreiros, os apóstolos de ontem e de hoje. Ontem eram Pedro, João, Estevão e Paulo. Hoje, somos tu e eu. O método é o mesmo: o Senhor põe diante de nós situações concretas, diante das quais precisamos de pôr a nossa fé em ação.

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